sexta-feira, 10 de abril de 2009

Filme de Qualidade


Houve um tempo em que para ver um filme de qualidade tínhamos que ir ao Quarteto. Mas um dia o Quarteto mudou e num outro dia o Quarteto parou. Nessa altura um outro cinema já nos oferecia esses filmes de qualidade. Filmes que mais não são que uma espécie de resistência aquilo que Hollywood nos mostra. Filmes que mais não são que rupturas com a filmografia oficial, filmes que nos arranham, que nos abanam e que, por vezes, temos dificuldade em entender, mas são sempre filmes que valem a pena, mais que não fosse porque nos mostram outros caminhos, outros olhares, outras sensibilidades e nos permitem saber que não precisamos de nos estupidificar para podermos olhar o cinema.
Esses filmes, hoje, podem ser vistos no King. King que já foi Vox , numa altura em que Lisboa tinha salas de cinema, numa altura em que a rua era animada, tinha vida, em que Lisboa se podia ver e viver, numa altura em que as salas de cinema eram apenas uma extensão daquilo que estava cá fora.
Bom fim de semana!
E Boa Páscoa!

2 comentários:

Rui disse...

Olá, Francisco, desde ontem

O grande Zé enviou-me o endereço deste teu espaço, que não tinha aqui no PC das Olaias.
Uma visita rápida hoje, para consultas mais atentas e demoradas quando o tempo melhorar. O teu texto sobre o Cinema e sobre o cinema em Lisboa recordou-me um facto recente que não sei se ontem (reforçado com gin e um bom vinho, ou seja, etilicamente intacto) referi, numa altura em que o cinema vinha ao baile. Facto esse que merece ser partilhado: da última vez que fui ao King, o facto mais relevante foi encontrar o Senhor que durante anos esteve no bar do Quarteto - penso que se chama Salvador, ou talvez esta seja a sugestão que me fica do seu esforço para salvar aquele cinema, com abaixo-assinados e outros esforços que nem sei. Seja como for, foi assim que o tratei e ele não me corrigiu, e sei que nos reconhecemos sem precisar de mencionar lugares. Está com óptimo aspecto, por sinal, e agora vai ao King ver cinema. O filme da ocasião (Tempo de Verão, com a Binoche num papel bastante secundário mas figura de cartaz) não me deixou grandes lembranças, mas fiquei bem contente por ter estado nos "bastidores" do King nesse dia.
E por aqui me fico, com um abraço
Rui
Nota: Caso queiras, tens o Max Fridmann à tua disposição, entre outros que te possam interessar.

Pan disse...

Obrigado Rui, pelo comentário e pela(s)visita(s)!
Volta sempre.