terça-feira, 14 de abril de 2009

Persepolis


Às vezes temos tendência para ser preconceituosos, egocêntricos, cegos diria eu.
Tomamos por bom aquilo que alguns media nos querem transmitir, sem utilizarmos o crivo do bom senso, sem nos darmos ao trabalho de espreitar para lá daquilo que parece, erroneamente, certo. E assim caminhamos no meio dum rebanho pejado de insensibilidades, sem nos preocuparmos em aquilatar se estamos no rebanho certo.
Vem isto a propósito da imagem que nos é passada sobre o Irão e sobretudo sobre os iranianos. Temos esta tendência de os incluirmos numa miríade de terroristas, de fundamentalistas, de pessoas imerecedoras do nosso respeito. Nada de mais errado! Não só estamos a confundir a nuvem por juno, como estamos a embarcar num erro muito comum, o do desconhecimento do outro, do desrespeito pelo próximo, estamos a cair na ignorância mais ignóbil, aquela que nós próprios criamos.
E, às vezes, é tão fácil combater essa tendência. Neste caso do Irão basta estarmos um pouco mais atentos e, por exemplo, pegarmos num livro brilhante chamado Persepolis (que também já deu filme de animação), onde Marjane Satrapi nos elucida e nos comove, ao mesmo tempo que nos oferece uma verdadeira imagem do seu Irão que, acredito, é o verdadeiro.
Imperdível!

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