sexta-feira, 17 de abril de 2009

...pela noite...


Deixam-se levar pelo caminho que se vai abrindo à sua frente. Sem destino definido, sem horário estabelecido. Ao sabor do vento que passa, da estrela que espreita. A música que se ouve embala-lhes a vontade de continuar. A descoberta de uma nova rua traz o sabor da novidade, a ausência de sinais torna cada equina num novo porto de abrigo, onde se pode zarpar para outra viagem. As horas não passam naqueles momentos em que a cidade parece dormir, mas os espreita, sorrateira, por detrás de cada fresta entreaberta.
Ao longe o cheiro a maresia vai cobrindo a ténue luz que se desprende da madrugada. O sol vai surgindo quase envergonhado por vir esgotar aquela noite que parecia perfeita.
Fecham os olhos e recolhem-se então… procurando que a estrela não os apanhe na desprevenida ingenuidade dos crédulos.

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