quinta-feira, 27 de abril de 2006

Tilt?...


Tilt, bónus, bola extra, flippers... certamente palavras estranhas para os jovens de hoje. Já para os jovens da minha idade seguramente que lhes trará algumas recordações. Uma moeda de cinco escudos e muito jogo de mãos, ou melhor de dedos. Um dedo de cada mão pousado nos botões laterais das máquinas de flippers, máquinas cheias de luzinhas, de bips aqui e ali e de muitas "ajudas" à bola que lá dentro circulava, às vezes essas ajudas provocavam o inevitável tilt e uma cabazada de verdadeiro vernáculo saía pela boca fora, inevitável!
Mas eram momentos bem passados e quando fazíamos bónus, então sentíamo-nos como naquela canção dos saudosos Táxi: "Ele é o ás dos flippers..."

quarta-feira, 26 de abril de 2006

Abril...


Hoje, dia 26 de Abril de 2006, e constantando o estado a que o nosso país chegou, continua a apetecer dizer:

25 DE ABRIL SEMPRE!!!!

segunda-feira, 24 de abril de 2006

Ler... Sempre!


Ontem comemorou-se o Dia do Livro. Mais uma daquelas datas que devia ser celebrada todos os dias, ainda para mais num país; como infelizmente é o nosso; onde cerca de 90% das pessoas não tem hábitos de leitura regular, a média mais baixa da União Europeia! Também dentro da União somos o país que tem a maior média de aparelhos de televisão por habitação! Triste constatação esta, em que se substitui a leitura pelo estupidificante visionamento de imagens. Pode-se até fazer as duas coisas, mas o livro também é entretenimento, cultura, distracção, instrução e enriquece-nos muito mais e depois somos nós que escolhemos o que queremos ler e com os livros a nossa imaginação cresce e solta-se. E nem sequer é preciso comando à distância!
Sabe-me bem fazer parte dos 10% que gostam de ler!

quarta-feira, 19 de abril de 2006

Nove de cada dez estrelas...


A publicidade sempre foi uma forte "arma" na venda de ideias e produtos . Com o passar dos anos esta "arma" refinou-se, em todos os seus níveis de apresentação. Imagem fixa, mensagem radiofónica e sobretudo a imagem em movimento.
Fazem-se até, desde há alguns anos, festivais onde são premiados os melhores filmes, as mais imaginativas mensagens. A publicidade passou a ser também uma arte, uma arte de manipulação, é certo, mas que fez com que todos nós acabassemos por gostar de ver e admirar os bons trabalhos publicitários. E numerosas são as vezes em que captamos frases publicitárias e as utilizamos amiúde, no nosso quotidiano. Sem dificuldade nos lembramos de várias situações em que isso acontece.
Neste caso e ao contrário do que diz o outro "falam, falam e eu não os vejo fazer nada!", em publicidade, todos os dias os vemos fazer coisas novas.

terça-feira, 18 de abril de 2006

"Jogatanas"


Ao jogar com os meus filhos, às cartas, aos puzzles, lembrei-me que quando era criança, havia muitos jogos de tabuleiro que faziam as minhas delicias e que todos eles, invariavelmente, tinham a mesma marca: Majora. Marca fundada em 1939 por Mário Oliveira e que ainda hoje existe e continua a fabricar, entre outras coisas, muitos jogos "à antiga". Jogos que divertiam sem termos que estar em frente a um computador ou ao aparelho de televisão.
Jogos como o da Glória, o Assalto ao Castelo, o Sobe e Desce, o Fórmula Um, com carrinhos pequeninos feitos de plástico, por exemplo.
Jogos que nos ocupavam, divertidamente, o tempo, horas lúdicas de prazer, renovado de cada vez que seguravamos na caixa e nos deixavamos entreter com dados e tabuleiros de cartão, sem viciarmos os olhos nalgum visor nocivo.
Brinquemos pois...

quarta-feira, 12 de abril de 2006

Supremo...em quê????

Retirado do jornal Público, edição de hoje :

«O Supremo Tribunal de Justiça considerou como "lícito" e "aceitável" o comportamento da responsável de um lar de crianças com deficiências mentais, acusada de maus tratos a vários menores.»

Que país é este em que o SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA se compraz com atitudes destas???
Que podemos esperar dum país em que se advogam os maus tratos a crianças???
Que futuro estará reservado para um país, em que os "mais doutos" juízes, consentem e aprovam que se bata, castigue e amarre crianças, em instituições que as deviam proteger?
E que dizer se se juntar a isto, a realidade concreta, de serem essas crianças portadoras de "deficiências mentais"?
Quem quer viver num país destes?
Ah Portugal, Portugal, porque te fazem tanto mal?
Já agora, que tal se atirarmos ovos podres às cabeças dos juízes? Talvez, neste país de Carnaval, ninguém leve a mal...

O Génio do Mal?


Ontem falei do melhor amigo de Tintin e nosso também, mas nas “Aventuras”, o arqui-rival está, igualmente, presente. ROBERTO RASTAPOPOULOS, personagem que a principio deu a sensação de ser amistoso, revelou-se, mais tarde, como o pior dos inimigos.
Surgiu pela primeira vez em Os Charutos do Faraó, como produtor cinematográfico a quem Tintin “estraga” uma cena do filme por engano. Aí revela-se muito compreensivo, para na aventura seguinte surgir como o verdadeiro chefe do bando traficante de ópio, a seita de Kih-Osk, que Tintin pensava ter morrido. Mostra-se assim em O Loto Azul, a verdadeira personalidade de Rastapopoulos, um fora da lei sem escrúpulos e implacável, que não olha a nenhum meio para alcançar os seus objectivos. É por excelência o “príncipe” dos bandidos e o mais ferrenho dos rivais de Tintin.
Surge mais tarde em O Carvão no Porão, travestido de Marquês Di Gorgonzola, dono de muitas empresas e que se dedica ao tráfico de escravos negros que, de África, se dirigem em peregrinação a Meca. Como seu lugar-tenente aparece-nos Allan Thompson, pelo que é suposto que este personagem trabalhe para este “chefão” ao longo de toda a série, talvez com a excepção (ou não) de O Caranguejo das Tenazes de Ouro.
A sua última e porventura mais ridicularizada aparição é no penúltimo volume, acabado, da série, Vôo 714 para Sidney, onde se transforma em raptor do multimilionário Laszlos Carreidas e, inadvertidamente, dos três personagens principais, Tintin, Haddock e Tournesol.
Vestindo uma fantasia grotesca de cow-boy de salão, Rastapopoulos irá desaparecer juntamente com os seus cúmplices, de onde se destaca mais uma vez, Allan Thompson, no interior de um OVNI, de onde não mais sairá. Este seu desaparecimento definitivo deve-se somente, cremos nós, à morte de Hergé, que irá concluir apenas mais um álbum, Tintin e os Pícaros, porque, por aquilo que nos é dado a ver na aventura inacabada “L’alph-art”, Rastapopoulos iria certamente voltar a aparecer.
Rastapopoulos encarna o INIMIGO, aquele que é realmente mau, o próprio crime. Qualquer que seja a motivação, o objectivo e a forma, o conteúdo é sempre o mesmo, a personificação do mal. É, aliás, ele próprio que se afirma como o “génio do mal”, em plena disputa com aquele personagem ambíguo que dá pelo nome de Laszlos Carreidas, que, embora do lado dos “amigos”, não se pode, verdadeiramente, considerar como tal, pois ele próprio se auto – intitula “o verdadeiro génio do mal”.

terça-feira, 11 de abril de 2006

Tonerre de Brest!!!!


MIL MILHÕES DE RAIOS E TROVÕES ! ! !
TONERRE DE BREST ! ! !

Com uma garrafa de Loch Lomond na mão; o eterno cachimbo na boca; camisola de lã de gola alta, azul escura, âncora estampada no peito; calças e casaco pretos; chapéu de oficial marinheiro, capitão da marinha mercante de longo curso, já retirado.
Cabelos e barbas negros, ele é o mais impulsivo, o mais amigo, o mais divertido !
Surge pela primeira vez no mar, no interior dum navio - o Karaboudjan - de quem é o capitão, mas que na realidade é comandado por Allan Thompson, o seu imediato, senhor de poucos escrúpulos e cúmplice, com os restantes elementos da tripulação, no tráfico de estupefacientes.
A partir desse álbum - O Caranguejo das Tenazes de Ouro -, surge sempre ao lado de Tintin.
Pelos mares gelados do Pólo Norte; procurando os pergaminhos que um seu antepassado - o Cavaleiro François de Hadoque - redigiu; em busca de um tesouro perdido no Atlântico; investigando uma doença estranha que afecta vários exploradores dum túmulo Inca; calcorreando a selva peruana em busca dum templo perdido; salvando o seu amigo nas areias do deserto arábico; preparando e efectuando uma viagem à Lua; procurando libertar um amigo raptado por uma potência da Europa Central; perdendo-se no Mar Vermelho; subindo os Himalaias; suportando uma "imensa" cantora de ópera no interior da intimidade da sua própria residência; raptado e preso numa ilha do longínquo Pacífico e finalmente de volta à selva Sul-Americana, envolvendo-se numa revolução palaciana durante o Carnaval.
São as suas características que dão uma verdadeira vertente cómica à série, sem ele estas não teriam, certamente, metade da sua graça. Por outro lado é igualmente dele que sai a faceta mais humana de todos os personagens, será, digamos assim, o personagem mais real, aquele mais próximo de cada um de nós, muitas vezes a voz da consciência, tonitruante, é certo, avassalador nos seus ditos, claro; mas dono de um coração maior que o mundo!
É assim Archibald Haddock, o nosso caro Capitão!

quarta-feira, 5 de abril de 2006


A propósito do jogo de futebol que hoje o meu Benfica disputa com o Barcelona, lembrei-me da minha primeira, e na verdade única, visita à cidade condal. Já passaram alguns anitos, foi ainda antes dos Jogos Olímpicos que aí se realizaram. Muitas obras decorriam naquela altura, lembro-me de visitar o estádio olímpico que estava a ser remodelado.
Mas desta cidade recordo sobretudo o ambiente, um ambiente extraordinário de vida, cor, luz e animação.
A imponente Praça da Catalunha, as magníficas Ramblas, o Bairro Gótico fascinante, a arquitectura de Gaudi, com o seu fantástico Parque Guel e a Catedral da Sagrada Família, que é, talvez, a obra mais surpreendente que alguma vez visitei (e onde descobri que tinha vertigens), a fonte luminosa da Praça de Espanha, com os seus bailados aquáticos, e toda a vitalidade catalã, tão presente, tão forte e inesquecível.
Fiquei a gostar muito de Barcelona, mas hoje espero que viva uma noite menos boa, que o blau grana fique mais baço e que o rojo se torne mais vivo!
Moltes Gràcies Barcelona!

terça-feira, 4 de abril de 2006

Boas novas musicais


É oficial! Neil Hannon, e os seus The Divine Comedy, têm aprazado para o próximo dia 19 de Junho, o lançamento do seu novo trabalho. Intitulado Victory for the Comic Muse, retoma, quase por inteiro, o título do primeiro, e algo renegado, álbum da banda. A ver (e a ouvir) vamos, se os sons aí difundidos se retomam também aqui.
Este trabalho foi gravado em Dezembro último e foram utilizadas técnicas "arcaicas". O som dos vários instrumentos foi captado em simultâneo e ao vivo. Esperamos ansiosamente que os próximos dois meses sejam breves.
Saudemos pois esta óptima boa nova musical