quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

All is quiet on New Year's Day



Votos para que o novo ano comece calmo e continue tranquilo, mesmo sabendo que as expectativas nos levam para outro lados...

PEPE e LUPE

Chegou então uma noite em que Pepe, finalmente, cumpriu o que me havia dito e voltou.
Nessa noite Lupe não cantou, nem dançou.
Fitaram-se demoradamente e eu, que estava lá, juro que vi aqueles olhos escuros ficarem claros, quase brancos e depois fecharem-se e assim ficarem pela noite fora.
Houve danças sim e cantorias também. Mas Lupe e Pepe quedaram-se sentados um em frente ao outro, de olhos fechados, mas todos os que lá estávamos sabíamos que se estavam a ver. Mais que isso, que se estavam a conhecer, como só duas almas imortais podem fazer. Viam-se com os olhos da alma que, dizem, são os que melhor vêem.
Quando aquela noite acabou todos pensámos que não mais veríamos Lupe, que o seu encanto tinha acabado para nós e chorámos, chorámos tanto que há quem jure que um pequeno lago se formou logo ali.
Não o vimos, nenhum de nós o viu, tínhamos os olhos inchados de tanto chorar e estávamos cegos por uma dor inaudita, que não fugia, que não fingia.
Saímos um a um e nesse dia ninguém mais nos viu.
Voltámos na noite seguinte, sem esperança, sem vontade, mas não sabíamos outros caminhos, a nossa vida eram aquelas noites, a doce voz de Lupe e a sua dança feiticeira.
Sentámo-nos à volta do tablado e aí ficámos, olhos postos no vazio, alma vazia de tanto sofrer.
Quando a esperança nos parecia sem retorno, ouvimos, lá fora, uma suave melodia, uma voz que conhecíamos tão bem, mas mais distante, não tão quente como era seu costume, quase um lamento e sentimos um forte cheiro apimentado e adocicado.
Saímos para a rua e nada vimos, mas aquele odor inebriante e aquele som mágico continuavam a pairar à nossa volta. A noite estava escura, tão escura como os olhos de Pepe, mas lá no alto brilhavam estrelas, tantas estrelas como nos olhos de Lupe. E assim ficámos, até que a noite nos fez ceder e soubemos qual era o nosso destino, percebemos que não havia remissão possível.
Então cada um de nós cumpriu o seu fadário, porque só assim sabíamos ser possível reencontrar Lupe, continuar a apreciar a sua dança e a inebriarmo-nos com o seu canto.
E à medida que os nossos olhos se iam fechando, encontrámo-nos todos lá, naquela capela perdida no meio de um deserto ardente, onde um cheiro apimentado e doce tudo inundava.
E um a um fomos entrando naquele espaço diminuto, onde um calor que parecia insuportável nos inundava, mas onde sabíamos ir encontrar os nossos desejos, colmatar as nossas necessidades, viver felizes para sempre.
E esperámos que a noite chegasse ao fim.

***

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Glória(s)



Éramos todos tão novos aqui e estávamos lá...

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Bom ano novo



BONS CAMINHOS EM 2011!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Graças a Deus é sexta feira

Bom fim de semana e Feliz Natal

OH, OH, OH

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Graças a Deus é sexta feira

Do melhor que se faz na Bélgica (para além das batatas fritas, das moules e da cerveja),(e já agora dos chocolates e do Tintin)


Bom fim de semana!

Anthony Bourdain


Uma quantidade apreciável de gastronomias variadas, várias colheradas de etnografia comparada, uma dose q.b. de non-sense, uma pitada generosa de inconformismo e eis um programa de televisão que é mais que uma simples salada russa de sabores do mundo.
A ver e a apreciar alarvemente!

Provem e verão que não há melhor.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Wiki quê?


Tanto barulho por causa do Wikileaks, mas afinal nós já sabíamos dessas coisas todas, ou pelo menos podíamos adivinhá-las, bastava estar atento a John Le Carré, Robert Ludlum, Graham Greene, Frederick Forsyth, Tom Clancy, Ian Fleming e alguns outros.
Eles já nos tinham mostrado como as coisas eram e se faziam

Pepe e LUPE

Lupe gostava de dançar.
Lupe dançava todas as noites. Não por obrigação, mas porque era assim que se sentia bem, era essa a sua natureza. Desprendia a alma e deixava-se ir, vogando não se sabe bem por onde, escutando os sons que a orquestra tocava, mas estando muito acima deles. Lupe era um pássaro à solta, uma liberdade conquistada. Nessas alturas Lupe não existia apenas, era mais que um corpo e uma alma, mais que sangue e carne, que espírito e matéria, nessas alturas Lupe estava para lá do tangível.
Conheci-a numa dessas noites, em que vogava acima dos mortais. Todos os que ali estavam presentes a sentiam de maneira diferente e todos por ela ficavam encantados.
Quando assim era sentíamos o seu vestido esvoaçar perto das nossas cabeças e a brisa que cada volteio levantava, era quase uma bênção naquelas noites de um calor inclemente.
Lupe também gostava de cantar.
Lupe cantava todas as noites. Não por dever. Mas porque era assim que tinha que ser, era desse modo que a sua natureza se espelhava. Fechava os olhos e soltava as amarras duma voz única, inconfundível. Da sua garganta saltavam momentos de pura magia, delícias sem igual. E não importavam as palavras, nunca importaram as palavras. Era apenas o som, um som como não havia outro igual.
Na noite em que a conheci também cantou. E o encanto era geral.
Todos nós ali ficámos, petrificados, com a boca aberta e os olhos fixos, ouvindo cada nota, bebendo sofregamente cada trinado, sabendo que só depois disso poderíamos ter descanso. Nunca completo, porque tínhamos ficado enfeitiçados e quem já ficou enfeitiçado sabe que nunca há descanso até que o feitiço se quebre. Mas todos nós também sabíamos que não queríamos quebrar aquele feitiço.
Quando acabava, Lupe abria os olhos e voltava a ser uma rapariga normal. Nós não!
E ela despedia-se de cada um com um sorriso e um leve pestanejar de olhos. Aqueles olhos profundos, mais fundos que uma noite escura de lua nova e com um brilho que só podia ser iluminado pelas estrelas.
De manhã, quando finalmente acordávamos, sabíamos que a luz daqueles olhos nos acompanharia todo o dia e que, quando a noite regressasse, uma nova brisa nos iria limpar o suor do rosto e a poeira dos olhos, preparando-os para um novo olhar de Lupe.


***

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Graças a Deus é sexta feira

Um verdadeiro clássico para o fim de semana.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

PEPE e Lupe

No dia em que conheci Pepe, o ar era denso, quase palpável, pesado. Escaldava.
Vi-o chegar, devagar, como se o mundo o esperasse, como se nada acontecesse enquanto ele não chegasse. Pepe caminhava arrastando os pés. O barulho que fazia lembrava uma pá escavando um terreno duro, impenetrável. Estava vestido com uma roupa velha, suja, coberta por um pó espesso, ocre. Os seus cabelos negros, imensos, estavam igualmente sujos, cheios da poeira dalgum lugar inóspito de onde vinha.
Quando se chegou mais perto de mim, um cheiro intenso cobriu-me por completo. Nunca tinha sentido nada igual. Não era o mais agradável, mas também não era repulsivo e eu senti-me atraído por ele. Nunca soube como descrevê-lo convenientemente, mas a sensação com que fiquei era de algo forte, apimentado e doce ao mesmo tempo.
Perguntou-me se tinha fome. Na verdade não tinha. O calor fazia-me muita sede mas nunca fome.
Ele resolveu comer. Era aquela hora em que comia sempre. Quando abriu a pequena sacola onde trazia o seu almoço, experimentei, de novo, aquela sensação. De lá saiu um cheiro doce e acre ao mesmo tempo, muito condimentado. Se alguma vez comesse aquilo, pensei, arderia por dentro até ao fim dos meus dias. Curiosamente, tive a certeza que aquela sempre tinha sido a refeição de Pepe.
Depois de comer Pepe levantou-se devagar e sorriu. Fechou calmamente a sua sacola e desceu um chapéu enorme, que trazia preso ao pescoço, sobre os seus olhos. Uns olhos negros e profundos. Pareciam dois pedaços de carvão queimado. Embora, por vezes, fosse possível ver-lhes um brilho fugaz, fugaz mas intenso, como se o sol ali se tivesse mostrado por breves instantes.
Depois voltou pelo mesmo caminho por onde viera e, sem se virar, disse-me que iria voltar mais cedo do que poderiam esperar. Afirmou ter percebido que por ali precisavam dele.
Enigmático acrescentou, diz-lhes para esperarem por mim.

***

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Uma noite (perfeita) com Neil Hannon


Para todos aqueles que não tiveram oportunidade de se maravilhar com o concerto de Neil Hannon (The Divine Comedy), podem aproveitar e ir aqui, está on line só até dia 15.
Vão! Rápido!

Histórias com Música (32)

O primeiro impacto é sempre o maior. Intenso. Profundo.
Sentes o corpo a esvair-se, a derreter-se. Os teus membros mais não são que massas gelatinosas que escorregam numa lentidão exasperante.
A cabeça rebenta-te em mil estilhaços de um vidro fininho, que se vai entranhando fundo na tua pele.
Antes de atingires o chão já percebeste que dificilmente te irás levantar. Sentes no peito a força bruta de mil socos que nunca sonhaste enfrentar.
Aos poucos deixas de sentir. Crês-te derramado pelo chão, numa amálgama de despojos que nunca mais irás poder reunir. Um puzzle irresolúvel.
Quando finalmente consegues abrir os olhos percebes-te ainda inteiro, o coração continua a palpitar e o teu corpo, que pensaste liquefeito, ainda se consegue mover.
Levantas-te com dificuldade, as dores são intensas e profundas, no entanto sabes-te vivo e num esforço que nunca pensaste possuir, ergues-te e julgas ter encontrado confiança.
Já de pé esboças um sorriso e começas a ver o caminho.
Pensas estar preparado.
Mas, de repente…
O primeiro impacto é sempre o maior. Intenso. Profundo…

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Balanços

Chegou aquela altura do ano em que há o hábito de se fazer balanços.
Eu cá não estou com muita vontade de fazê-los. Até porque o fim do ano mais não é que uma mera ficção que arranjámos para perdermos (ou ganharmos) mais tempo, dependendo da perspectiva.
No entanto, não quero despedir-me deste ano sem referir aqui os três melhores discos que foram editados.
E já agora aproveito para dizer que não são os melhores deste ano, são também do(s) ano(s) passado(s) e do(s) ano(s) que vem(êm).


(...) - 43

(...)A campainha soa.
Dirijo-me lentamente para a porta.
Desta vez abro-a sem hesitações.
Ela desvia o manto negro que a cobre.
Sacode a água e sorri para mim.
Estende-me a mão pálida, fina, quase transparente e sussurra-me na voz doce da minha infância:
Sei que estás preparado agora. Vem…

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Graças a Deus é sexta feira

France Gall em versão canadiana, ou o que perdemos por causa da cimeira da NATO!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

(...) - 42

(...)Olho à minha volta. Revejo a minha breve casa.
Os livros que sempre me acompanharam. Os discos que têm as músicas que me foram salvando. Os poucos quadros que me atrevi a pintar e que nunca mostrei a ninguém.
As minhas dores e alegrias que foram ficando marcadas em cada parede, em cada recanto. No chão e no tecto daquela casa que me habituei a chamar minha.
Começou a trovejar agora. Os relâmpagos sucedem-se numa cadência impressionante.
É bonito ver o céu assim e saber que os elementos naturais também se lembram de nós.
Aceno para o céu, como se o deus das tempestades lá estivesse a zelar por mim.
(...)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Graças a Deus é sexta feira

É já neste fim de semana que tem inicio a mini-tourné que o excelente Neil Hannon vai fazer por terras portuguesas. Se puderem não deixem de assistir, é um magnifico espectáculo, a não perder de forma alguma.



Óptimo fim de semana

(...) - 41

(...)Dizem que vemos toda a nossa vida naquele segundo derradeiro. Eu vejo mais. Vejo a vida de mais alguém, vejo vidas que não foram minhas, mas que podiam ter sido, de tão próximas e conhecidas que me parecem.

Continua a chover.
O dia amanheceu escuro. Hoje o sol está envergonhado. Olho pela janela e noto que há poucas pessoas na rua. Será domingo? Dia santificado. Dia de descanso.
Na esquina surge um vulto encapuçado. Move-se ligeiro, parece que nem toca no chão. Sorrio.
Reconheço aquele andar. Mesmo que estivesse de olhos fechados o reconheceria. Ela está a chegar.
(...)

David Luiz


Ao contrário do que propalaram por aí, eu nunca considerei este jogador como alguma coisa de extraordinário. Acho-o, sempre achei, mediano e, sobretudo, muito impulsivo, sem a concentração necessária para jogar ao mais alto nível. Talvez me venha a enganar no futuro mas, por aquilo que tem feito até agora, não gosto da sua maneira de encarar os jogos.
É por isso que não me surpreende esta noticia, aliás creio que só peca por tardia.
Boa viagem!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

(o verdadeiro) 25 de Novembro

Esta sim, a verdadeira História recente de Portugal!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Greve Geral

Em dia de greve geral, recordemos como eram os tempos de outrora, aqueles em que alguns acreditavam que os amanhãs que cantavam haviam de chegar e que a unidade era um bem em si própria.
Hoje já muita água passou debaixo das pontes e de unidades, destas e de outras, estamos por demais conversados.
Fica o registo histórico e, se para mais não der, sempre se podem ir adivinhando quais as caras (e vozes) conhecidas que protagonizavam estas cantorias.

sábado, 20 de novembro de 2010

(...) - 40

(...)Porque será que demora tanto?
No entanto sinto a sua presença, mais forte que nunca. Deve andar por perto.
Sinto também uma enorme nostalgia. Mas bizarra. É uma nostalgia por coisas que nunca vivi. Não é uma saudade, não é uma revisitação de memórias, coisa que faço amiúde, mas é uma espécie de viagem para lá do meu tempo. Por recordações de outrem. Alguém próximo, mas não eu.
Embora melancólicas são-me agradáveis. Viver noutras recordações, em memórias emprestadas. Talvez não sejam, sequer, de ninguém. Talvez de alguém que já morreu e mas doou numa espécie de testamento alternativo, fora do tempo, daquela a que nos habituámos a chamar realidade concreta.
Fazem-me sorrir e encarreiram na minha própria história. Nostalgias doces, quase palpáveis, que me invadem de sentimentos quase cruéis, porque desesperados, mas calmamente desesperados, como se viessem trazer a noticia que eu sabia que ia chegar.
(...)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Graças a Deus é sexta feira

Depois de uma semana bloguistica paupérrima, sobretudo devido a problemas informáticos, deixem-me desejar-lhes um excelente fim de semana com uma reinterpretação soberba de Peter Gabriel de um velho clássico dos Kinks


segunda-feira, 15 de novembro de 2010

sábado, 13 de novembro de 2010

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

terça-feira, 9 de novembro de 2010

The Adventures of Tintin, by S.Spielberg


Quem passa por aqui sabe que eu sou um acérrimo admirador de Tintin, mais, sou um verdadeiro fan, ainda mais, se há alguma coisa em que me considero perito é exactamente nas Aventuras de Tintin. E, para além de tudo o resto (que é muito), Tintin é sobretudo banda desenhada.
Como devem saber, os que se interessam por estas coisas, Spielberg resolveu levá-lo para o grande ecrã. É claro que desconfio, desde o principio, que a coisa vai dar para o torto, pelo menos para aqueles que admiram, verdadeiramente, a obra de Hergé. No entanto, não posso e não devo fazer juízos de valor antecipados. Mas, pelas imagens que já vi, creio que não devo andar muito longe da verdade.

Pela boca...


Para Rogério Alves, entre risos, um Benfica «fanfarrão levou um banho de humildade...» O presidente da assembleia - geral da SAD leonina não esconde a alegria quando confrontado com a derrota do Benfica. «Para alguém da minha idade é sempre, não escondo a alegria desportiva por ver o Benfica naquelas aflições...», disse, a Bola Branca

POIS...

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A Divine Birthday (07/11)



Happy Birthday Neil!

All Star (48)

Protestemos


Ora esperem lá, eu acho que ainda é possível minorar aquela coisa de ontem.
De certeza que os regulamentos da Liga não permitem que aberrações genéticas joguem futebol!
Protestemos!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Graças a Deus é sexta feira



E um bom fim de semana...

(...) - 39

(...)A chuva cai mais forte agora. Sonora contra a janela. Abeiro-me dela e fico, outra vez, a observar os desenhos que tão bem contorna ao descer, solene e grave, pelos vidros.
A chuva desenha tão bem. E soa bem também. Um batuque ritmado, que não falha.
Here comes the flood, again. Abro a janela.
O vento ajuda a chuva a molhar-me a cara. É agradável.
Lá fora o movimento recomeça.
Os primeiros carros saem à rua.
As primeiras pessoas, estremunhadas ainda, começam a pisar os passeios.
Um novo dia começa. Outra vez. Mais um. Novo em folha.
Mas tão igual aos outros. Que monotonia. Contudo tão doce para quem respeita as rotinas. Pelo menos até a rotina se tornar, obsessivamente, entediante.
Como percebi depois de a viver sem retorno.
Foi também por isso que a chamei. Para que me salvasse da rotina.
(...)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Arcade Fire fora da Nato JÁ!

Portugal continua a fazer parte da Nato, embora eu não perceba bem porquê e para quê. Sei, contudo,que, por causa disso, os portugueses vão ficar privados de um dos melhores momentos musicais previstos para este ano.
Em vez da boa disposição contagiante, vamos ter uns quantos cinzentões a falar de armas e de guerras. Em vez de danças e cantorias, vamos ter uns quantos paspalhões a brincar aos soldadinhos.
Faço votos para que tais senhores desapareceram bem depressa, enquanto isso, eu prefiro ir para um sitio onde os carros não vão.

(...) - 38

(...)Recomeçou a chuva. No horizonte o sol espreita timidamente. A manhã nasce.
Eu também.
Como nasci há tantos anos. Naquela manhã chuvosa de uma primavera que se anunciava. Não me lembro, a minha memória não chega tão longe.
Tantos anos passaram já e tão poucos na verdade, para quem nunca encontrou o caminho. Se é que, afinal, há caminhos para serem encontrados.

Sempre pensei que ela viesse com a noite. Pela sua calada. Acompanhando as sombras. Mas isso devem ser histórias de assustos. E ela deve pensar que já não sou nenhum menino. Engana-se contudo. Porque sou. Nunca deixei de ser.
Um Peter Pan disfarçado. Numa Terra do Nunca que nunca se manifesta realmente. Sei que nunca cresci completamente. Houve sempre aquela pequena criança que nunca me deixou. Com os seus receios, com as suas ternuras. Com os olhos tão abertos perante o desconhecido que, afinal, nunca chegou, verdadeiramente, a conhecer. Talvez nunca tivesse chegado a ser o Pan, talvez se tenha ficado apenas por um menino perdido, algures entre o aqui e aquilo que nunca quis abandonar.
Agora é tarde para perceber, para aceitar, para declarar.
(...)

domingo, 31 de outubro de 2010

Leiam

Este é o único conselho que eu não tenho receio de oferecer.

All Star (46)

sábado, 30 de outubro de 2010

Cine Paradiso

Tenho o link, em permanência, aqui mesmo ao lado, mas hoje apetece-me postá-lo, dá-lo a ver a quem por aqui passar.
Continua a ser uma delicia, uma deliciosa ternura, uma evolvente lágrima que nos faz acreditar que há pessoas boas.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Graças a Deus é sexta feira



bom fim de semana...

(...) - 37

(...)E ela que não chega.
Não, desespero não. Nem tanto.
Mas esta era a hora certa.
Quando a manhã começa a despontar. Nesta hora em que o sol desafia o breu e começa a assomar-se a hora certa. Seria perfeito. Será que ela não percebe?
Não te demores, por favor. Eu sei que consegues ler-me os pensamentos. Não me falhes. Vem.
Está no momento em que a inundação não hesitará em chegar.
E a salvação é possível. Só é possível. Foi assim com todos aqueles que ofereceram as suas ilhas para poderem sobreviver.
É assim que me sinto agora. Um náufrago numa ilha deserta, que está prestes a abandonar. Para poder sobreviver. Onde quer que isso seja. Com a confiança duma criança, que encontra nas palavras doces da mãe a única tábua de salvação para uma noite povoada de pesadelos.
(...)

All Star (45)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Números redondos

A poucos dias de completar 5 anos, este blogue conseguiu, finalmente, chegar aos 20 000 visitantes.
É um número fraquinho, eu sei, para quem já tem tantos dias de posts, de qualquer forma sabe-me bem festejar estes números redondos.
Obrigado a todos os que por aqui vão passando. Espero que continuem a espreitar.

All Star (44)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

(...) - 36

(...)Tinham-me dito que nestes momentos o sentimento seria duma paz total.
É verdade.
Sinto-me em paz.
Calmo, como que a pairar sobre os escombros que fui criando. Mas não tenho tormentos, sinto que cumpri. É uma sensação boa, relaxante.
…Did I dream this belief?
Or did I believe this dream?
Now I can find relief
I grive…
E quem não lamenta alguma coisa?
Eu sim, por tudo o que fiz e não fiz. E foi tanta coisa.
De que serve pensar agora nisso? De pouco, muito pouco.
Uma lágrima.
Noto que choro. Sinto-me bem. O choro liberta, já mo tinham dito.
Sabe bem.
Choro sem tréguas, sem peias, sem vergonhas. Lembro-me de outra canção.
Here comes the flood. Deixá-la vir.
(...)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

foi assim...


Já a conheço há algum tempo, mas nunca lhe tinha dado muita atenção. Ultimamente tenho visto com mais frequência e aprendi que esta série é mesmo muito engraçada. Tanto que agora tento não perder um episódio e já comecei a achar que estes cromos são também meus amigos.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Buraco sem fundo


Salvemos os bancos, baixemo-nos sob as empresas de rating, curvemo-nos perante a Europa e continuemos a desbravar Portugal. Parece ser esse o lema das actuais medidas de austeridade (e de tantas outras que já foram tomadas anteriormente).
Já, por milhares de vezes, todos nos perguntámos onde foram parar todos os fundos de coesão que recebemos, para onde foi o dinheiro que deveria servir para nos tornarmos europeus? Aparentemente ninguém sabe, e, calculo, os que sabem não vão dizer, nem mesmo quando a terra os comer.
Eu, que pouco percebo de questões económicas e financeiras, e como eu a maioria dos portugueses, sabemos que muitos erros foram cometidos e que os erros até se podem perdoar, mas também desconfiamos que muita fraude e falcatruas várias foram, amiúde, inventadas e isso não deve ter perdão. Mas, como no nosso pobre país nada tem conclusão, nunca saberemos o que se passou e como se passou e por isso estamos condenados a este inferno que vivemos e ao pior que nos preparamos para viver.
É que, creio, nem os bem-intencionados, e deve haver alguns, conseguirão fazer nada perante o gigantismo das asneiras e maldades que foram cometidas durante tantos anos.
E o maior problema disto tudo é que não há luz no fundo do túnel. Mais, não há saída do túnel e o pior é que já nos devem ter tapado a entrada também.

Graças a Deus é sexta feira

Porque cada vez gosto mais dos espanhóis e de Espanha, porque, mesmo correndo o risco de ser defenestrado, como o Vasconcelos, me parece que estaríamos muito melhor se a Ibéria fosse una (mesmo com todas as suas nações), aqui vos deixo esta canção com desejos de um bom fim de semana.


All Star (43)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

(...) - 35

(...)Está tudo tão silencioso. O prédio dorme, não se ouve um suspiro. Lá fora a madrugada ainda vive, nada se ouve.
Uma música agora sabia bem. Baixinho, um murmúrio que se estendesse sobre mim. Sim, vou completar a minha banda sonora. Aquela que me tem acompanhado ao longo dos anos.
Sempre acreditei que tínhamos uma banda sonora, mesmo que só cada um de nós a pudesse ouvir. Uma música ligada a cada estado de espírito, a cada movimento, a cada momento.
Eu criei a minha e neste momento falta completá-la. Vou completá-la.
I Grive, soa agora pelo meu corpo. Imparável, um lamento incrivelmente bonito, sem dor, sem contemplações, sem retorno. Um lamento do vento, outra vez.
Perfeito.
Sinto-me em paz.
Tinham-me dito que nestes momentos o sentimento seria duma paz total.
É verdade.
Sinto-me em paz.
(...)

Recordar o que nunca aconteceu...


Por vezes, vezes demais, o mundo não é tão cor-de-rosa (ou outra cor qualquer que pudéssemos escolher) como desejaríamos. As realidades com que nos confrontamos no dia-a-dia são, a maior parte das vezes, de tonalidades que não nos agradam. Mas a literatura tem a particularidade de nos proporcionar visitas a sítios onde os tons que nos rodeiam, por muito que não saibamos distinguir as suas verdadeiras cores, são mais próximos daquilo que julgamos ideal.
Por vezes, o negro é essa cor. E por muito negros que alguns livros nos pareçam, há neles, se nos agradarem, luzes que esbatem a escuridão e que nos indicam, paradoxalmente, que nem sempre a luz nos conduz para o fim do túnel.
Por vezes precisamos de ser abanados, sacudidos, incomodados, para percebermos que a vida, que várias vidas, podem ser objecto de histórias, aparentemente obscuras, mas que permitem caminhar de olhos levantados, procurando luzes, ou pelo menos, lampejos de luz que nos obriguem a olhar para dentro de nós e descobrir o nosso próprio rumo.
É por vezes na dor e no sofrimento sem fim, que conseguimos encontrar respostas.
Saberemos viver assim? Sem saber se podemos recuperar as memórias que julgávamos serem o nosso guia? Ou será que seremos capazes de recordar aquilo que, provavelmente, nunca aconteceu?
Por muito que tenhamos esquecido, por muito que não queiramos recordar, por muito que pensemos que uma enorme rocha tapa as nossas memórias mais recônditas, a verdade é que há-de haver sempre um caminho, uma luz, um simples lampejo, que nos há-de trazer de volta as recordações que fomos enterrando pelo caminho.
E, vá lá saber-se porquê, se calhar a vida é isso mesmo, saber recordar, saber reviver, mesmo aquilo que sempre achámos que queríamos esquecer.

All Star (42)

Por andas Benfica?


Chamaram-lhe todos os nomes, auguraram-lhe péssimo futuro, disseram que não servia, mas ontem, após aquele jogo, apetece perguntar, e aos outros 10, o que lhes vamos chamar agora?
Se não fosse ele, hoje chorávamos uma enorme goleada.
Assim não, assim definitivamente NÃO!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

All Star (41)

(...) - 34

(...)Na verdade, penso agora, tudo é demasiado efémero, mesmo para aqueles que não o merecem. Mesmo para aqueles a quem a imortalidade devia ser um dado adquirido. Não falo da eternidade que os grandes pensadores possuem, falo duma eternidade concreta, palpável, daqueles que podem mudar o mundo e a vida das pessoas, factualmente.
Há tão poucos assim. Mas existem. Disso não tenho dúvidas.
Daqueles que, como dizia o grande poeta, se vão da lei da morte libertando e como, certeiramente, nos contou outro grande poeta, valeu a pena? Tudo vale a pena se a alma não é pequena.
Pergunto-me, valeu a pena? O que tive até agora, valeu a pena?
Pois não sei. No fundo é essa a minha sina, não saber. Nunca sei. Toda a minha existência foi uma dúvida constante. E medrosa. Medo foi coisa que sempre tive. E continuo a ter.
Mesmo depois de ter tido a maior epifania da minha vida. Mesmo depois de a ter convocado devidamente, sem volta atrás, sem dúvidas.
Não tive dúvidas em convocá-la, em trazê-la até mim. E ela veio.
Só que tive medo de lhe abrir a porta. Mas sei que voltará. Ela não falha. Ela nunca falha.
(...)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

All Star (40)

E a ti? O que te espera?


Caímos no meio do nada, cheios de certezas inabaláveis, de verdades enormes e duras, que não admitem retóricas, que não conhecem dúvidas.
Caímos no meio dum nada, onde uma imensidão de cores não nos indicam mais do que uma escuridão total, onde as crianças que em nós habitaram se perderam no caminho.
Acordámos no centro de coisa nenhuma, com as direcções todas trocadas, com destinos traçados a giz, que se apagam depois de os ultrapassarmos.
Silenciamos os nossos desejos, com o receio, verdadeiro, de que se tornem realidades que nunca conseguiremos aguentar.
Gritamos no centro do nada, onde ninguém nos poderá ouvir, e é essa a nossa esperança, a de que ninguém nos ouça, para que ninguém nos estique a mão.
Até que o nada se ocupe totalmente de nós e sejamos, sem vacilar, apenas um pequeno ponto insignificante que mais não é que a conjugação dos muitos nadas que vagueiam à nossa volta.
E a ti? O que te espera?

Graças a Deus é sexta feira

Já há algum tempo que não ouvia esta canção, acho que até já me tinha esquecido dela. Hoje ouvi-a na rádio e relembrei-me do quanto ela me tinha agradado quando a ouvi pela primeira vez. Não deslumbra, mas é muito, muito agradável.
Bom fim de semana. Enjoy

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

(...) - 33

(...)O último desejo de um condenado. Ah, como gosto de ser lírico nestes momentos desesperados. Com um leve toque de humor negro. Do que não faz gargalhar, mas liberta um sorriso cúmplice, daqueles que só mais inteligentes sabem ganhar.
Eu nunca me considerei inteligente. Curiosamente aqueles que me conheceram mal sempre acharam que eu o era. Na verdade não era. Talvez os enganasse porque já tinha lido muito, sabia de cor rios e montanhas, citações que poucos sonhavam e até os nomes de todos os reis. Mas isso não era sinónimo de inteligência. Talvez de paciência. De observação. Uma mão cheia de inutilidades, que serviam para concursos televisivos, mas que se revelavam inúteis no mundo real.
Consegui ganhar uma aura de intelectual, embora duvidasse que tal se conseguisse manter perante alguém que, de facto, fosse inteligente. No fundo mascarei-me de sabedor de coisas só para enganar os incautos. E há tantos incautos à nossa volta. Daqueles que se deixam levar por dois dedos de conversa fácil e um sorriso cativante.
Não que os quisesse enganar, nunca quis. Mas era assim que eu funcionava, com a dose certa de charme e com a sabedoria de cordel que não resistiria a um escrutínio mais elaborado.
Um fogo-fátuo. Sim, acho que era uma espécie de fogo-fátuo. Bonito mas efémero. Demasiado efémero.
(...)

All Star (39)

Sair do buraco


Foi, certamente, com uma enorme sensação de alívio, muita emoção e algum regozijo, que assisti ao resgate dos mineiros chilenos. Fica assim provado que é possível, com vontade, apoio e preserverança, sair do buraco! Esta é, sem dúvida, uma mensagem de esperança para todos aqueles que ainda não saíram dos seus buracos.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

(...) - 32

(...)Nunca deixei de beber cervejas, ao contrário do que aconteceu com os cigarros, por isso não tenho nenhuma caixa guardada.
A esta hora está tudo fechado. Só bares e discotecas estão abertos e são lugares onde não me apetece ir. São os últimos locais do mundo onde me apetece ir. Com toda aquela gente aos saltos, aos gritos, abanando-se como se o fim do mundo fosse já a seguir. Extravasando uma felicidade que não sentem. Lugares de perdição, como dizia o padre lá da paróquia, o que me dava catequese.
Nesse tempo seriam tudo menos isso. Nos anos 60 seriam, primeiro que tudo, locais de resistência ao mundo cinzento que nos rodeava. Nesses anos tudo podia ser resistência se tivesse colado a si um pouco de luz e cor. Hoje as cores são outras e as luzes são quase todas artificiais.
Podia ir à estação de serviço da esquina. Está aberta toda a noite. E tem cervejas. Das ruivas.
Porque não?
Mas não posso sair. Se nos desencontramos, ela e eu? Não pode ser, não pode acontecer.
De qualquer forma merecia esta cerveja.
(...)

domingo, 10 de outubro de 2010

A oeste

Felizmente, os Prefab Sprout sempre me transportaram para um certo Oeste!

Boa semana

Uma boa semana, se possível povoada de fadas e magia:

All Star (37)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Graças a Deus é sexta feira

Graças a deus hoje é sexta. Posso regozijar-me porque começa o fim-de-semana e o fim-de-semana é o melhor que a semana tem. Posso pôr uma música para o festejar, como tenho feito, ou posso não pôr nada de nada e festejá-lo na mesma porque é sexta à noite e o fim-de-semana está aí.
Mas já tive alturas em que não queria que o fim-de-semana chegasse, em que as músicas que queria ouvir não vinham no fim-de-semana.
Se calhar ainda não vêm. Se calhar ainda gosto mais dos outros dias. Já não sei.
No entanto, hoje é sexta, graças a deus por isso e por amanhã ser sábado e por ontem ter sido quinta e por todos os outros dias da semana e por termos mais dias para poder desfrutar e, já agora, ouçamos mais uma música boa para a sexta e para o resto da semana também. Enjoy:

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Nobel dos livros

Foi com este livro que o conheci e hoje também fico contente!

(...) - 31

(...)Foi comigo próprio que mantive as conversas mais interessantes. Foi dialogando comigo que descobri as teorias mais mirabolantes. Foi graças a essas conversas que me consegui perceber e perceber o mundo à minha volta, porque às vezes consigo ser lúcido, ver tudo com uma clareza impressionante. Raro, mas acontece.
Como ontem quando a chamei. Nunca tinha sido tão clarividente como fui ontem. Nunca tive tanta certeza.
Mas agora já duvido. Certamente que sim. Sempre fui de duvidar. Um cartesiano sem método. Duvido muito, de quase tudo, pelo menos até ter conseguido provar, a mim próprio, que a dúvida está ultrapassada. Depois acredito, sem reservas. Sou desconfiado crédulo, ou vice-versa.

Madrugada profunda. Está calma. Não chove agora e o vento também se acalmou.
Lá fora está tudo parado. Nem pessoas, nem automóveis, nem sequer um cão vadio.

Apetecia-me uma cerveja.
Gosto de beber quase tudo. Como gosto de quase toda a comida.
Mas de todas as bebidas já experimentadas prefiro, de longe, uma boa cerveja. De preferência ruiva. Nem loira, nem negra, uma bela e fresca ruiva. Das fortes. Adocicadas.
O frigorífico está vazio.(...)

domingo, 3 de outubro de 2010

O Futebol Clube de Costinha


No CM:

«O Sporting já perdeu a alma." Foi assim que Luís Duque reagiu ontem, ao CM, quand soube que uma das regras impostas por Costinha em Alvalade impedia os jogadores de brincarem com o roupeiro Paulo Gama. "Paulinho é um símbolo. Nos últimos anos, tem sido o grande foco de união no clube. Conheço-o bem e, no meu tempo, nunca provocou qualquer incidente nem perturbou qualquer treino. É um profissional empenhado, que dá tudo pelo Sporting", acrescentou o antigo líder da SAD leonina.(...)
Costinha impediu ainda os jogadores de ver televisão e falar ao telemóvel em Alcochete. Também não podem circular nas imediações do gabinete do dirigente, na Academia.»


OS piores papistas são aqueles que querem superar o papa. Como este moço que pensa que vai ser um novo J.N.P.C.. A mim, que não sou lagarto, não me vai afectar muito, mas creio que deve ser, no mínimo, preocupante para quem ainda se considera sportinguista, ver o seu clube transformado numa filial do clube do Porto.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

isto anda mesmo mal...

Sinceramente, agora, depois de ver com atenção, não percebo porque resolvi postar esta coisa que está imediatamente abaixo.
Isto anda mesmo mal...

Saber perder

Isto é que é saber perder.
A melhor reacção que se pode ter perante uma falha incrível da produção.
Apesar da derrota, creio que se mostrou uma verdadeira vencedora.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Tony Curtis

Tony Curtis morreu hoje.
Foi aqui que o conheci. Ainda hoje relembro esta série como um dos mais fantásticos momentos televisivos da minha infância.

A divina comédia é assim

Aqui fica só um pequeno exemplo da boa disposição que ganhamos quando assistimos a um concerto de Neil Hannon/The Divine Comedy.
Nunca os Human League me soaram tão bem

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Novo Tintin


Em Portugal, primeiro país não francófono a conhecer as Aventuras de Tintin, foi lançada ontem uma nova (re)edição destas mesmas Aventuras. Sauda-se esta iniciativa assim como as palavras de Nuno Artur Silva que, no fundo, resumem aquilo que, verdadeiramente, significa gostar e saber de Tintin.

A bebida

E há tanto tempo que não saboreio um ginger ale.

All Star (36)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

an evening with Neil Hannon


Pois foi, voei, ri-me, cantarolei, dancei, em suma diverti-me.
Uma noite passada com Neil Hannon é uma excelente noite. Vale bem todos os concertos pretensiosos que pululam por aí.
Se puderem não deixem de ir ver, vale bem a pena.
Grandes músicas, textos magnificos e uma interacção com o público que não é comum.
Pela terceira vez o vi, pela terceira vez adorei.
Tonight I flew!

Tonight I fly

Logo mais noite espero poder voar

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Obsessão



Este gajo não é treinador do Porto?!
Então porque raio passa o tempo a falar do Benfica? Será algum complexo de inferioridade?
Já chateias rapaz.
Vai falar com um psicólogo. Freud de certeza que deve ter alguma explicação para essa tua obsessão!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

All Star (35)

O burro sodomizado


No Correio da Manhã:

PJ investiga dono de burro abusado
“Sei que suspeitam de mim, mas eu estou à vontade. Não fui eu que matei o Jaime”, garante ao CM José Gomes, o dono do animal sodomizado.


Nada com o o verdadeiro jornalismo de investigação!
Assim sim, estou muito mais descansado.
Quanto ao burro, não tenho tanta certeza...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Voltem sempre...

Sei que isto parece desleixado, sem escrita, sem dinâmica, sem existência.
Às vezes a vida convoca-nos para outras coisas e, mesmo aquilo de que gostamos muito, sofre consequências indesejadas.
É um pouco isso que se está a passar nesta Terra, mas prometo, para quem me quiser ouvir que, brevemente, aqui voltarei com outro vigor, assim o espero e desejo.
Até lá vou deixando uma ou outra música e um ou outro comentário rápido. Mas vão voltando, quem sabe se esta coisa se renovará a vosso gosto.
Obrigado a todos os que aqui gostam de vir, vão espreitando, ok?
Voltem sempre...

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Um anjo na floresta

Ontem à noite um anjo olhou para mim...



quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Amazing

Há coisas que nos reconciliam com a vida, mesmo que não precisemos.
Há coisas que são maiores que os sonhos e mais intensas que todas as emoções.
Eu estive ali, a pouco mais de 10 metros de distância, mas tão perto que senti tudo cá muito dentro.
Emoções à solta, desvairadas e a certeza que as lágrimas que surgiram, o fizeram por sentirem que a beleza era assim.
Obrigado Peter, eu hoje vi o anjo…

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

É amanhã

Também eu já estou em soud check para aquilo que irei ver amanhã. Depois vos direi, mas, certamente, que vai ser uma noite muito bem passada.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Arcade Fire - 3º tomo

A par de algumas notas elogiosas, tal como eu acredito que devem ser, tenho lido para aí algumas noticias e posts que dizem que o novo disco dos Arcade Fire não vale um caracol. Só mesmo de quem tem pedragulhos no lugar dos ouvidos...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Graças a Deus é sexta feira

Nos dias que correm talvez não seja politicamente correcto afirmá-lo, mas as saudades que eu tinha disto!


dificuldades

está dificil voltar aqui...

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Piloto automático



Este é que é o tal piloto automático?
AH, AH, AH!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

regresso

Estou quase a voltar.
Por pouco não esqueci o caminho para aqui...

sábado, 31 de julho de 2010

sexta-feira, 30 de julho de 2010