sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Um enorme Prado...


Um dos mais altos expoentes da B.D. europeia, na actualidade, é quase português! Pelo menos está muito próximo de nós.
Miguelanxo Prado é galego e até já nos ofereceu a sua visão muito particular da nossa capital no seu livro "Carta de Lisboa".
Como bom galego e na tradição de um Ballester ou de um Cela, as suas histórias ilustradas são de uma ironia e mordacidade evidentes, muito marcadas por um humor negro contagiante.
Possui um traço muito próprio, talvez um misto da linha clara franco-belga e de um certo classisismo espanhol. Mas é, sobretudo, a composição que faz entre o desenho e o texto que nos consegue fascinar, em obras tão surpreendentes como Crónicas Incongruentes, O Traço de Giz, Quotidiano Delirante ou a magnifica visão pessoal de Pedro e o Lobo.
Leiam-no e deliciem-se...

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Hergé 100


Já começaram as comemorações do centenário do nascimento de Hergé, que se completa a 22 de Maio de 2007. O próximo ano promete ser repleto de acontecimentos exaltantes da vida e obra do mestre da 9ª arte.
Para já o Centro George Pompidou abriu as "festividades" com uma grandiosa exposição onde se revive o percurso dos trabalhos de Georges Remi e dos seus personagens, com Tintin à cabeça, obviamente.
Uma das imagens que está patente é esta, em que se evoca Andy Warhol, um dos expoentes máximos da chamada Pop Art, da qual Hergé era confesso admirador. Essa admiração era recíproca e Warhol executou uma obra dedicada ao desenhador belga, a qual se pode vislumbrar por detrás dos dois senhores.
Aguardemos pelo resto...

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Christmas Carol


Ebenezer Scrooge era um velho sovina, mal humorado e zangado com a vida que vivia na Londres escura e sombria de meados do século XIX.
Nem numa época propicia a outras atitudes, como é o Natal, a sua alma se alegrava, pelo contrário, ficava ainda mais fechada.
Numa certa noite de Natal, quando estava, inevitavelmente, sózinho em casa, recebe a visita de três espiritos, um do passado, outro do presente e um terceiro do futuro.
Trazem-lhe memórias, realidades e projeções destes três tempos e dão-lhe uma nova visão da sua vida e da vida daqueles que o rodeiam, transformam-no numa nova pessoa, oferecendo-lhe o sorriso e aquecendo-lhe os dias vindouros.
Charles Dickens conseguiu assim condensar e transmitir o espirito de Natal, disse-nos que, se quisermos, podemos sorrir e fazer sorrir os outros.
E depois nunca é demais dizer que o Natal pode, e deve, durar o ano inteiro!

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Spielberg 60


Com Indiana Jones o cinema de aventuras redescobriu-se e recriou-se. O empolgamento, o suspense e o divertimento estavam aí de mãos dadas para nosso contentamento. O seu autor faz hoje 60 anos e, ao longo da sua carreira ofereceu-nos, para além do "arqueólogo" aventureiro, outras pérolas cinematográficas ao lado de outros produtos, na minha modesta opinião, menos conseguidos. No entanto creio que é de assinalar a data com um enorme obrigado pelos momentos bons que nos proporcionou. Recordo, também, com particular agrado os momentos deliciosos de Encontros Imediatos, a ternurenta lamechice de E.T. ou a crueza de Schindler.
E é este o senhor que detém os direitos cinematográficos das Aventuras de Tintin. Depois de tudo o que já fez será esta a "ultimate adventure"? A ver iremos...

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Cinema Show


Depois dos livros e dos discos cheguei agora a uma filmlist. E de entre os incontáveis filmes que já vi surgem-me, quase que num repente, estes vinte títulos. Filmes que me fizeram bem, que me fizeram rir e pensar, empolgar e chorar, filmes que transmitem emoções e que, muitas vezes, são maiores que a vida. Já os vi todos mais que uma vez e espero vê-los ainda muitas vezes.

Hair - M. Forman
Voando Sobre um Ninho de Cucos - M. Forman
Excalibur - J. Boorman
O Feiticeiro de Oz - V. Fleming
1900 - B. Bertolucci
Armarcord - F. Fellini
Cinema Paraíso - G. Tornatore
Do Céu Caíu uma Estrela - F. Capra
Música no Coração - R. Wise
My Fair Lady - G. Cukor
O Senhor dos Anéis - P. Jackson
Jesus Christ Superstar - N. Jewison
Benvindo Mr. Chance - H. Ashby
Ata-me - P. Almodovar
Indiana Jones - S. Spielberg
O Rei Pasmado - M. Uribe
The Commitments - A. Parker
O Cozinheiro, o Ladrão, a Mulher e o seu Amante - P. Greenaway
O Pátio das Cantigas - F. Ribeiro
O Pecado Mora ao Lado - B. Wilder

Não são, certamente, os melhores filmes do mundo, mas que andam lá perto, andam!

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

December


Há pouco mais de vinte anos uma das bandas que ouvia com maior frequência e gosto eram os Waterboys de Mike Scott. Nessa altura e sobretudo com os seus primeiros quatro discos, passámos muitas horas de boa disposição. Várias são as músicas acima da média, desde a Girl Called Johnny a Gala, de Rags a The Big Music, de The Whole of the Moon a Old England ou de Fisherman's Blues a Sweet Thing.
Mas foram-me inicialmente apresentados com uma outra música, uma música que faz muito sentido este mês, ou, já agora, também nos outros onze, December, assim se chama e acaba assim:
«(...)December fell deep in the bleak
Mid-winter time when jesus christ
Howled a baby saviour’s howl
A primal truth as pure as ice
And though we crucified him on a cross
And dragged his name from payer to curse
He was able to go anywhere
He was almost one of us!»

Também Mike Scott é um de nós, um daqueles que acrescentou muitas coisas bonitas ao nosso dia a dia!

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

A favor das crianças


A UNICEF completou 60 anos!
Já não é propriamente uma criança, mas todos aqueles que se preocupam com as crianças merecem a nossa consideração e apoio, já que, cremos, o nosso mundo devia girar por elas. O pior é que, quando crescemos, perdemos a memória e perdemos, sobretudo, a vontade de rir e a capacidade de sonhar.
Espero que a UNICEF possa continuar a sua missão e espero, acima de tudo, que as crianças de hoje possam continuar a ser crianças pela vida fora, mesmo quando se transformarem em senhores e senhoras crescido(a)s.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

The Dream


Nos primeiros anos da década de 70, Peter Gabriel visitou uma exposição de arte onde viu esta pintura da autoria de Betty Swanwick (1915/1989). A visão agradou-lhe e tanto assim foi que o inspirou a escrever uma das músicas mais conseguidas da sua carreira com os Genesis, I Know What I LIke, incluída no álbum Selling England by the Pound (1973), que, na minha opinião de admirador confesso desta fase da banda, é o seu melhor trabalho.
A pintura, The Dream, foi posteriormente utilizada como capa desse disco .
O traço de Swanwick, profundamente britânico, ficou assim imortalizado numa das obras máximas da música popular dos nossos tempos.
Resta acrescentar que esta pintora está representada na National Portrait Gallery de Londres, com um retrato de outro dos grandes génios da cultura de língua inglesa, J.R.R.Tolkien.

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Disney World


Mesmo tendo em conta todas as adulterações feitas aos contos tradicionais, adoçando-os ou tornando-os mais próximos do american way, não é possível pensar em Walt Disney sem o associarmos à ideia do fantástico e do maravilhoso que transborda do(s) mundo(s) por ele criado(s).
Este senhor, que nasceu há exactamente 105 anos, é o grande responsável pela "fábrica de sonhos" que deslumbrou e deslumbra tanto miúdos como graúdos.
Disney pode ser, hoje, sinónimo de muitas coisas, umas boas, outras nem por isso, mas creio que, acima de tudo, uma delas sobressai, o encantamento! E por isso apetece dizer-lhe parabéns e obrigado!

quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Música e Letras


Já que estamos em maré de playlists e booklists, porque não juntar os dois temas e ouvir uma canção que nos fala do prazer da leitura?
The Divine Comedy - The Book Lovers:

«Aphra Benn: Hello
Cervantes: Donkey
Daniel Defoe: To christen the day!
Samuel Richardson: Hello
Henry Fielding: Tittle-tattle Tittle-tattle...
Lawrence Sterne: Hello
Mary Wolstencraft: Vindicated!
Jane Austen: Here I am!
Sir Walter Scott: We're all doomed!
Leo Tolstoy: Yes!
Honoré de Balzac: Oui...
Edgar Allen Poe: Aaaarrrggghhhh!
Charlotte Brontë: Hello...
Emily Brontë: Hello...
Anne Brontë: Hellooo..?
Nikolai Gogol: Vas chi
Gustav Flaubert: Oui
William Makepeace Thackeray: Call me 'William Makepeace Thackeray'
Nathaniel Hawthorne: The letter 'A'
Herman Melville: Ahoy there!
Charles Dickens: London is so beautiful at this time of year...
Anthony Trollope: Good evening good evening good-e-good-e-good-good good evening
Fyodor Dostoevsky: Here come the sleepers...
Mark Twain: I can't even spell 'Mississippi’
George Eliot: George reads German
Emile Zola: J'accuse
Henry James: Howdy Miss Wharton!
Thomas Hardy: Ooo-arrr!
Joseph Conrad: I'm a bloody boring writer...
Katherine Mansfield: *cough cough*
Edith Wharton: Well hello, Mr James!
D. H. Lawrence: Never heard of it
E. M. Forster: Never heard of it!

Happy the man, and happy he alone,
Who in all honesty can call today his own;
He who has life and strength enough to say:
"Yesterday's dead and gone - I want to live today!"

James Joyce: Hello there!
Virginia Woolf: I'm losing my mind!
Marcel Proust: Je m'en souviens plus
F Scott Fitzgerald: baa bababa baa
Ernest Hemingway: I forgot the...
Hermann Hesse: Oh es ist alle so häßlich
Evelyn Waugh: Whoar!
William Faulkner: Tu connait William Faulkner?
Anaïs Nin: The strand of pearls
Ford Maddox Ford: Any colour, as long as it's black!
Jean-Paul Sartre: Let's go to the dome, Miss Simone
!Simone de Beauvoir: C'est exact present
Albert Camus: The beach... the beach
Franz Kafka: What do you want from me?!
Thomas Mann: Mam
Graham Greene: Call me 'Pinky', lovely
Jack Kerouac: Me car's broken down...
William S Burroughs: Wow!
(...)
KingsleyAmis: *cough*
Doris Lessing: I hate men!
Vladimir Nabokov: Hello, little girl...
William Golding: Achtung Busby!
J. G. Ballard: Instrument binnacle
Richard Brautigan: How are you doing?
Milan Kundera: I don't do interviews
Ivy Compton Burnett: Hello...
Paul Theroux: Have a nice day!
Günter Grass: I've found the snail…
Gore Vidal: Oh, it makes me mad!
John Updike: Run rabbit, run rabbit, run, run, run...
Kazuro Ishiguro: Ah so, old chap!
Malcolm Bradbury: Stroke John Steinbeck, stroke J. D. Salinger
Iain Banks: Too orangey for crows!
A. S. Byatt: Nine tenths of the law, you know...
Martin Amis: burp
Brett Easton Ellis: Argh!
Umberto Eco: I don't understand this either...
Gabriel Garcia Marquez: Mi casa es su casa
Roddy Doyle: Ha ha ha!
Salman Rushdie: Names will live forever… rowl…»

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Booklist


Seguindo a lógica da playlist de ontem, lembrei-me de fazer uma booklist. Assaltaram-me desde logo os títulos aqui expressos. Fica a sensação de que tantos outros ficaram por citar e, no entanto, todos os que aqui estão são, de certeza, óptimos momentos de leitura, lidos e relidos com um sempre renovado prazer:

As Aventuras de Tintin – Hergé
O Senhor dos Anéis – J.R.R. Tolkien
Cem Anos de Solidão – Gabriel G. Marquez
Trilogia dos Cafés – Álvaro Guerra
Harry Potter – J.K.Rowling
O que diz Molero – Dinis Machado
Um Deus passeando pela brisa da tarde – Mário Carvalho
Memorial do Convento – José Saramago
Crónica dos Bons Malandros – Mário Zambujal
O Triunfo dos Porcos – George Orwell
Os Três Mosqueteiros – Alexandre Dumas
A Volta ao mundo em 80 dias – Júlio Verne
Mafalda a Contestatária – Quino
Crime no Expresso do Oriente – Agatha Christie
Contos do Gin Tónico – Mário Henrique Leiria
Mundos Paralelos – Philip Pullman
Crónica do rei pasmado – G. Torrente Ballester
O Código Da Vinci – Dan Brown
Poemas – Álvaro Campos
As Aventuras de João Sem Medo – José Gomes Ferreira

O adulto que não queria crescer!


No JN de hoje:

«Peter Pan atinge o estado adulto ao fim de um século
Durante mais de um século, foi o protótipo exemplar da personagem que se recusava a abandonar a infância, em nome da manutenção dos sonhos e da fantasia. Agora, volvidos exactamente 104 anos sobre a sua criação, Peter Pan enfrenta pela primeira vez os problemas associados à entrada no mundo adulto, mantendo, no entanto, a forte carga onírica desde sempre presente nas suas aventuras.A edição portuguesa de "Peter Pan e o feitiço vermelho", a cargo da Editorial Presença, chega às livrarias já na terça-feira, menos de dois meses depois da edição original, período durante o qual o livro se manteve na lista dos 10 mais vendidos do "The New York Times".
(...)Lançada em mais de 30 países, a muito aguardada continuação da história original criada por J.M. Barrie foi a solução encontrada pelo hospital infantil Great Ormond Street - detentor dos direitos de publicação da personagem, segundo ordem expressa de Barrie - para fazer face à entrada de Peter Pan no domínio público, o que irá fazer com que a unidade hospitalar londrina perca, já em 2007, a sua principal fonte de receitas.
"Foi um privilégio único e avassalador poder aceder à Terra do Nunca, dispondo apenas de uma caneta", afiançou a autora. (...)Apesar de possuir uma obra vastíssima - com 139 (!) livros publicados -, McCaughrean enfrentou uma pressão imensa ao aceitar prolongar a existência de Pan. As críticas dos puristas sobre os riscos de desvirtuação da personagem e o secretismo em redor do livro, com contornos de marketing semelhantes à série de Harry Potter, só baixaram de tom quando "Peter Pan e o feitiço vermelho" chegou às livrarias. Os comentários da crítica especializada foram unânimes em considerar que Geraldine McCaughrean soube respeitar o legado do autor original, introduzindo também novos elementos que permitem uma nova leitura da obra que preenche o imaginário popular de milhões de pessoas desde 1902.Com um salto temporal de 20 anos em relação ao período imortalizado por Barrie, a sequela mostra-nos como os anteriores "meninos perdidos" deram lugar a respeitáveis chefes de família. Mesmo metamorfoseado fisicamente, o protagonista continua a ser um sonhador inveterado que se refugia no mundo da fantasia. A autora revela também o destino do medonho Capitão Gancho, depois de ter sido devorado por um crocodilo.»

Apesar de tudo estou convicto que a Terra continuará a ser a do Nunca e que Pan nunca deixará de ser criança!

L'Affaire Tournesol


Em 1956, há meio século, era publicado, pela primeira vez, um dos mais excelentes álbuns das Aventuras de Tintin, l'Affaire Tournesol, ou em português, O Caso Girassol.
Considerado por muitos o mais tecnicamente perfeito, este 18º volume das Aventuras é igualmente um dos mais brilhantes argumentos de todas as histórias criadas pelo génio de Hergé. Retrata o período de Guerra Fria que se vivia na altura, dá-nos uma visão do conflito latente entre a Sildávia e a Bordúria, países fictícios surgidos muitos anos antes no Ceptro de Ottokar. Faz-nos viajar entre a Suíça, os países atrás citados e o ambiente tranquilo de Moulinsart; faz-nos vibrar com o rapto do Professor Girassol, com a presença salvadora de Bianca Castafiore; faz-nos igualmente sorrir com os vários gags protagonizados, sobretudo, pelo Capitão Haddock e introduz um personagem impagável e incontornável daqui para a frente, Serafim Lampião e a sua intratável família.
O próprio Hergé se retrata numa vinheta, aquela que apresentamos aqui, vamos lá tentar descobri-lo...

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Playlist


Há pouco ouvi na TSF um programa onde uma "personalidade" elabora uma playlist com as músicas que mais lhe agradam. Dei por mim a pensar o que escolheria e em dois minutos reuni esta vintena de títulos. Lista que, muito provavelmente, numa segunda leitura seria alterada. Mas foi esta que saiu à primeira e, apesar de tudo, creio que são todas boas canções:

The long and winding road – The Beatles
I know what I like – Genesis
I wish you were here- Pink Floyd
Hide in your shell – Supertramp
La Folie – The Stranglers
Lovers of Today – The Pretenders
Pretty in Pink – The Psychadelic Furs
The Whole of the Moon – The Waterboys
Red Rain – Peter Gabriel
Cloudbusting – Kate Bush
Nostalgia – David Sylvian
I remember that – Prefab Sprout
# 41 – Dave Matthews Band
Commuter Love – The Divine Comedy
Certainty of Chance – The Divine Comedy
Circo de Feras – Xutos e Pontapés
Pronúncia do Norte – GNR
Travessa do Poço dos Negros – Trovante
Canção da América – Milton Nascimento
Meu caro amigo – Chico Buarque

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

A rir com a(s) graça(s) de Deus


Agora que os bispos católicos andam a discutir (ou a fingir que o fazem) o celibato dos sacerdotes, apetece recordar quem tão bem consegue brincar, e divertir-nos, com as "coisas" relacionadas com a(s) Igreja(s). Neste caso os anglicanos, que para além de se casarem, até permitem que as mulheres acedam aos púlpitos!?
A Vigária de Dibleys é mais uma brilhante comédia produzida pela BBC, na esteira de tantas outras que vêm de Inglaterra. Gozam consigo próprios, sem falsos pruridos, e fazem-nos rir com um humor sem peias.
God bless you!

All you need is...strawberry fields forever!


E mais de 30 anos depois os Beatles "ressuscitaram"!
Love é o nome deste novo disco e se bem que todas as músicas que lá estão sejam aquelas que todos nós já conhecemos, novas roupagens lhes foram acrescentadas, tornando este trabalho numa verdadeira novidade!
Ficamos a devê-lo ao 5º Beatle, George Martin, também ele culpado por muitas das inovações sonoras com que os Fab Four nos foram surpreendo ao longo dos tempos. E ficamos igualmente a devê-lo ao Cirque du Soleil, esse circo que transforma, verdadeiramente, o espectáculo circense no maior espectáculo do mundo!

terça-feira, 7 de novembro de 2006

Divine Birthday


Neil Hannon nasceu há 36 anos na Irlanda do Norte.
Happy Birthday!!!

Turn it on again


Na minha adolescência tive uma banda de culto, como quase toda a gente teve. Nessa altura os meus eleitos eram os Genesis e embora o Peter Gabriel os tivesse deixado há pouco tempo, foram os discos em que ele entrou que mais me marcaram. Os Genesis da primeira metade de 70 é que eram!
Depois sempre os acompanhei, não com tanto entusiasmo, mas sempre com agrado.
Até os fui ver quando vieram a Lisboa, ali pelos inicios de 90, e foi um concerto muito, muito bom! Depois a banda acabou...
Hoje, em Londres, foi anunciado um retorno. Vão reunir-se outra vez e vão entrar em digressão. Os três sobreviventes, Phil Collins, Mike Rutherford e Tony Banks, com o apoio dos, também, habituais Daryl Stuermer e Chester Thompson.
Não vêm até Lisboa, mas, de qualquer modo, é com agrado que saúdo este Turn it on again!
I KNOW WHAT I LIKE!

sexta-feira, 3 de novembro de 2006

Pequenos nadas?


Agora que o novo trabalho chega aos nossos ouvidos, apetece recordar todos os antigos, todos aqueles pedaços de música que construiram uma obra ímpar. Apetece juntar todos os pequenos nadas que ele imaginou e apreciá-los de seguida. Apetece agradecer-lhe toda a inspiração e esperar que ela continue a brilhar nos nossos olhos.
Porque só há liberdade a sério quando somos embalados pelas melodias e pelas palavras de alguém que nos ajuda a tornar os nossos dias úteis.
Obrigadinho ó Sérgio!

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

ContinuAção


Há cerca de 16 anos atrás estivemos lá! Depois encontrámo-nos noutros sítios. Anteontem regressámos ao mesmo local.
Às Portas de Santo Antão. Ao Coliseu dos Recreios.
Foi muito bom... outra vez!
Continuam a ser o Grupo NOVO Rock! Apesar de já andarem nisto há vinte cinco anos.
EFECTIVAMENTE!!!

sexta-feira, 20 de outubro de 2006

O Príncipe


Em dia de muita chuva, acabei agora de ouvir Purple Rain.
Confesso que, no inicio, a sua imagem me fazia uma certa confusão, o que me inibiu, de certa forma, a audição das suas canções, mas quando comecei a prestar atenção à sua música, rendi-me.
Prince, ou lá como se chama ele agora, é sem dúvida um dos mais inspirados "fazedor" de canções do outro lado do Atlântico.
Autênticas pérolas e diamantes, sinais do nosso tempo que nos beijam os sentidos.
God Save The Prince!

sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Haja saúde

Ao ser questionado sobre a possível impossibilidade, de algumas pessoas, em não conseguirem pagar a nova taxa de internamento, o ministro da saúde afirmou que, essas pessoas gastam somas semelhantes em tabaco e em bilhetes de cinema!!!
Ora, parece-me bem que, estando hospitalizadas, não lhes seja permitido ir ao cinema, nem acender um cigarro.
Grande ministro este que pensa em tudo!

Discografia




A propósito do próximo espectáculo dos GNR, a que, em principio, irei assistir, lembrei-me que já assisti a outros espectáculos que foram registados em disco. Ou seja, participei, tal como outros milhares de pessoas, nesses trabalhos.
A saber: Trovante no Campo Pequeno; Lisboa dos Madredeus e In Vivo dos mesmos GNR.
A partir de agora vou incluir um novo item no meu C.V., DISCOGRAFIA!

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

K


No inicio dos anos 90 aconteceu que, no panorama mediático nacional, uma nova revista nos ofereceu a possibilidade de conhecermos um novo tipo de escrita, uma nova abordagem às noticias, uma maneira nova de encarar e mostrar como se podia imaginar e publicar uma revista que tinha tudo de novo. Irónica, fotográfica, diferente, atractiva, interessante, uma revista para se ler, guardar, reler, manipular com prazer e reler outra vez. Acabou ao fim de 31 números, salvo erro.
Há pouco tempo peguei-lhe de novo, reli-a novamente, pelo menos, alguns dos seus artigos. E, pasme-se, a actualidade mantém-se, apesar de terem passado cerca de quinze anos.
O país e o mundo não mudaram? Espantei-me! Apesar da net, dos telemóveis, dos ipods, dos Lcd’s, dos jornais virtuais?
Mudaram, mas parece que não surgiu outra revista assim.

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Tintin e a 7ª arte


Retirado do blog www.tintinofilo.blogs.sapo.pt, que mais uma vez recomendo:

«Richard Taylor da empresa cinematográfica neo-zelandesa Weta, responsável por filmes como Narnia e projectos do realizador Peter Jackson (O Senhor dos Anéis), está interessado em levar Tintin aos grandes ecrans, depois do abandono de Steven Spielberg. Apesar dos comentários circularem em Wellywood, os responsáveis da Weta não comentam a notícia.(...)»

Tintin já esteve no grande écran, nos idos de 50, sem muito sucesso. Também já foram feitos vários filmes de animação, alguns razoáveis, outros nem por isso.
Mas, sem querer ser, e parecer, fundamentalista, Tintin é um herói de papel, e embora até gostasse de ver esta transposição para a grande tela, a enorme atracção desta obra ímpar há-de continuar, sempre, a ser proporcionada pela leitura e visualização dos desenhos, no papel!
No entanto, a ver vamos...

quarta-feira, 4 de outubro de 2006

Outono


Gosto do Outono!
Gosto das suas tonalidades, quentes e suaves; das folhas caídas pelo chão; dos dias que vão encolhendo e da brisa mais fresca que se vai fazendo sentir.
É certo que cada estação tem o seu encanto e, em boa verdade, também gosto de me deixar encantar por elas, mas há qualquer coisa no Outono que me agrada mais.
Talvez seja o aroma a nostalgia que parece espalhar-se no ar, talvez sejam apenas as castanhas assadas e o seu odor tão quente e contagiante, ou as uvas novas que nos refrescam as gargantas.
Lembro-me dum filme de Woody Allen que, creio, se chamava September e lembro-me sobretudo das suas cores e da calma lenta que nos transmitia, é também isso que o Outono nos traz, uma lenta, suave e agradável passagem dos dias.
Eu gosto muito do Outono!

sexta-feira, 29 de setembro de 2006

Apesar de tudo!


Retirado da edição de hoje do jornal "A Bola":

«Excelência
Marca de excelência. O Benfica está desde ontem integrado num restrito lote de marcas nacionais a que foi prestado um tributo de excelência. É o primeiro clube português a obter este reconhecimento – a nível europeu, Real Madrid, Juventus e Inter de Milão já obtiveram igual distinção.
A Superbrands Portugal, uma entidade independente que tem como objectivo promover o reconhecimento das marcas excepcionais em vertentes como domínio de mercado, aceitação, longevidade, fidelização e goodwill (empatia), elegeu este ano, pela primeira vez, um clube de futebol como preenchendo todos os requisitos. Estiveram quatro clubes em análise, mas apenas o Benfica mereceu a distinção de marca de excelência, juntando assim o seu nome a um grupo de mais 33 marcas de top a nível nacional, todas reconhecidas pela opinião pública como sendo nomes de grande credibilidade, como por exemplo a Galp, Bom Petisco, a Brisa, Millenium BCP, Optimus, Vodafone, PT, entre outras. »


Apesar de tudo, é agradável saber isto!

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Memórias do nariz vermelho


Jardins da Memória é um pequeno romance de Michel Quint, que nos transporta a uma França dominada pelo exército alemão, nos primeiros anos da década de 40.
Um romance onde o "nariz vermelho" dum palhaço pobre nos demonstra que aquilo que, por vezes, julgamos ridículo, pode ser sinónimo de solidariedade, de amizade, de partilha.
Um pequeno romance em tamanho, mas grande e grandioso no que nos diz, no abanão que nos dá, na lágrima que, porventura, nos assoma aos olhos.
Por todos os palhaços pobres que, felizmente, cruzam os nossos jardins.

Tintin e Leblanc


Uma das pessoas mais importantes na vida de Tintin foi Raymond Leblanc, fundador, há 60 anos, das Éditions du Lombard.
Logo após a II Guerra Mundial e quando Hergé foi acusado de colaboracionismo, Leblanc, antigo resistente, deu-lhe a oportunidade de criar o Journal Tintin e assim de continuar a saga do nosso herói.
Leblanc tem hoje 91 anos e uma fundação com o seu nome foi inaugurada ontem, 26 de Setembro, tendo ficado instalada no antigo edifício da sua editora, na Av. Paul-Henri Spaak em Bruxelas, aquele que é conhecido como o edificio Tintin e onde o seu rosto, juntamente com o de Milú, dominam toda a paisagem!
Merci M. Leblanc

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

As Fadas


Eu acredito em fadas!
Sei que existem e que têm o seu próprio país e, embora menos do que seria desejável, às vezes visitam-nos.
Os mais pequenos sabem, conhecem-nas bem, estão-lhes mais próximos, estão mais cheios de mundos fantásticos!
Nós, os "crescidos", temos grande dificuldade em percebê-las. Infelizmente!
As fadas, contudo, andam por aí, sobretudo nos sorrisos das crianças!
Vejam bem...

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Thank God it's friday!


E agora, acreditando que Deus tem alguma coisa a ver com isso, deixem-me agradecer-lhe, aproveitando um momento alto do movimento disco, o facto de hoje ser 6ª feira!

O vinil


Um sulco na estria, vulgo risco, que fazia a agulha saltar; um som característico a "batata frita" que acompanhava a música; um lado A e um lado B; uma escovinha para limpar a agulha; um paninho para tirar o pó; uma capa grande e colorida (ou não); um círculo negro de vinil com um pequeno buraquinho ao meio; as 33 rotações, ou as 45, ou mesmo as 78.
Os discos eram assim.
Agora tudo é mais "limpo", o som não tem ruídos paralelos e os compact-disc cabem em, quase, qualquer lado e, melhor (ou pior?) o mp3 e os ipod estão a substitui-los.
Para onde foi o prazer de manipular os discos? De olhar e admirar as capas? De senti-las nas mãos? De poder arrumá-las por ordem alfabética, por estilo de música, ou, simplesmente, desordenadas. De saber quais as músicas que estavam no lado A e no lado B? Do trabalho de virar o disco? De colocar a agulha, exactamente, na faixa que queríamos ouvir?
E embora todos saibamos que: "Na natureza nada se perde...", já o poeta dizia que: "Todo o mundo é composto de mudança..."
Agora que, às vezes, tenho saudades do tempo do vinil, lá isso tenho...

"Num buraco no chão..."


Segundo rezam as crónicas (leia-se biografia) sobre J.R.R.Tolkien, foi quando, ao corrigir os exames que os seus alunos haviam feito e ao deparar-se com uma página em branco lhe ocorreu uma frase que, imediatamente, passou para essa folha : "Num buraco no chão vivia um Hobbit" (em inglês está bem de ver).
Assim nasceu a aventura de Bilbo Baggins e do seu encontro com o Anel Um. Desse modo o destino da Terra Média foi alterado e o Senhor dos Anéis foi "criado".
Passaram ontem, exactamente, 61 anos sobre a publicação da primeira edição de O Hobbit, e o mundo das aventuras nunca mais foi o mesmo!

quarta-feira, 20 de setembro de 2006

Novo Tolkien


Foi anunciada ontem a publicação de um novo livro de J.R.R.Tolkien. 33 anos após a sua morte!
Este "novo" livro, iniciado em 1918 (!) foi, finalmente, concluído por Christopher Tolkien, filho de J.R.R., que já tinha feito o mesmo com Os Contos Inacabados... e com O Silmarillion. A sua publicação está prevista para a próxima primavera e o seu título deverá ser The Children of Hurin. É bom saber que, ainda hoje, podemos esperar, ansiosamente, pelas palavras inéditas de Tolkien e do seu maravilhoso mundo da Terra Média.

sexta-feira, 15 de setembro de 2006

Carvão no Porão


Este é um álbum sui generis na História de Tintin.
Primeiro que tudo está o facto de se iniciar com a palavra FIM. Depois resulta numa brilhante "revisão da matéria dada". Para além dos personagens habituais, sempre presentes, pelas suas páginas passam muitos outros que já trilharam os caminhos de Aventuras anteriores.
Desde logo, um dos mais assíduos, Alcazar, mas também Abdallah e seu pai Ben Kalish Ezab. Rastapopoulos, Allan, seu lugar-tenente e um arabizado Muller, com o nome de Mull Pacha, marcam também presença. O português Oliveira da Figueira é mais um dos que aqui surgem. E os inevitáveis Lampião e Castafiore dão-nos, igualmente, um ar da sua graça. E os regressos não se ficam por aqui.
Por outro lado, Szut, vem engrossar esta "família" de papel.
Depois há a história, mas isso ficará para uma próxima oportunidade.
Ah! Curiosamente o inicio repete-se, o álbum acaba com a palavra FIM!

Café República


Em Vila Velha, pequena vila do Ribatejo, não muito distante de Lisboa, as imagens mais marcantes do passado século XX, português e mundial, vão desfilando perante a pacatez própria dos seus habitantes, pontuada, aqui e ali, por protagonismos que dão a esta terra uma luminosidade acima da média.
Pelo seu Café República, que mais tarde se chamará Central e ainda mais tarde 25 de Abril, passam várias gerações de vila velhenses que vamos acompanhando, deliciosamente, nas páginas destes três livros imaginados e escritos por Álvaro Guerra.
É, como o próprio autor sublinhou, um "folhetim do mundo vivido em Vila Velha".
E vale mesmo a "pena" ler e reler esta trilogia, ver e rever os factos que construiram o século XX e deixarmo-nos embalar por esta prosa escorreita e contagiante.
Eu, por mim, vou relê-los mais uma vez. Por puro prazer!

Pérolas


Num exame de língua portuguesa no Brasil (mas podia ser cá, não?)

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Tintin por Bilal


Também Enki Bilal, um dos expoentes mais altos e mais aclamados da 9ª arte contemporânea, redesenhou Tintin à sua maneira. Este "francês" nascido em Belgrado em 1951, é dono de um traço forte e, por vezes, perturbante, longe, portanto, da linha clara característica de Hergé.
As histórias que desenhou e escreveu são, por norma, de uma dureza fria, mas ao mesmo tempo cativante. Também este seu Tintin o é, não deixando, contudo, de ser uma imagem diferente e atraente de um herói que, originalmente, vive sem sombras.

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

24


E hoje é quarta feira...

Tintin noutras páginas


Os personagens criados por Hergé nas páginas das Aventuras de Tintin, têm sido alvo, ao longo dos anos, de muitas homenagens, pastiches, adulterações e reproduções, mais ou menos bem feitas, com as melhores, ou as menos boas, intenções. Desde outros famosos e conceituados autores de Banda Desenhada, até aos amadores que tentam dar a sua própria visão do fenómeno.
De entre os primeiros quero destacar aqui Albert Uderzo, co-autor de uma das mais populares séries do mundo dos quadradinhos, Astérix. Também ele homenageou as Aventuras de Tintin num dos álbuns mais marcantes do pequeno gaulês, Astérix e os Belgas de 1979, que para além de ser uma excelente obra de banda desenhada, foi o último trabalho realizado em parceria com René Goscinny, entretanto falecido. Aqui os antepassados dos Dupondt surgem na plenitude das suas "faculdades", mostrando-nos que os seus descendentes têm bem a quem sair!!

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

11s de Setembro


Hoje é dia 11 de Setembro e nunca é demais afirmar o quão horrível se passou em Nova Iorque há 5 anos atrás. Tal como nunca é demais relembrar todas as atrocidades que acontecem no Iraque, no Afeganistão, no Líbano, em Israel e em todos os lugares do mundo onde se perdem vidas humanas de forma gratuita e inútil!

sexta-feira, 18 de agosto de 2006

Férias grandes


Houve alturas em que as férias grandes eram mesmo grandes!
Tínhamos tempo para tudo, às vezes eram tão grandes que até chateavam, como se isso fosse possível. Os dias eram enormes, as brincadeiras pareciam não ter fim.
Houve alturas em que as férias grandes duravam três meses, hoje, com alguma sorte duram três semanas. Mas, mesmo assim sendo, também parecem grandes, em todo o caso há que aproveitá-las.
Vamos lá então dar uns mergulhos...

A estátua de Tintin


As cidades de todo o mundo expõem, nas suas ruas, estátuas de pessoas que foram importantes, que, de algum modo, contribuiram para o engrandecimento dessas cidades ou dos países onde se situam.
Por vezes, tal forma de homenagem e de agradecimento, não se cinge somente a personagens reais. Foi o que se passou com Tintin, personagem saída da imaginação de Georges Rémi, dito Hergé, que do papel saltou para o convivio e para o quotidiano de milhões de leitores espalhados pelo mundo inteiro.
Também Tintin foi perpetuado em estátua, lado a lado com o seu, eternamente fiel, Milu. Esta estátua, executada por Nat Neujean, foi inaugurada em 29 de Setembro de 1976 no Parque de Wolvendael em Bruxelas, pelo próprio Hergé. Algum tempo depois e após algumas tentativas, falhadas, de roubo, foi transferida para o interior do Centro Cultural e Artístico de Uccle.
Mais 4 cópias foram realizadas a partir deste original, todas pertencentes a coleccionadores particulares. Uma delas está, desde 2002, no Centro Belga de Banda Desenhada, também em Bruxelas.
Curioso é o facto da última imagem esquissada por Hergé na sua obra inacabada, L'Alph-Art, ser, exactamente, Tintin a ser levado pelos seus inimigos para ser transformado em estátua!!...

O senhor Serafim


Até na criação da inoportunidade Hergé foi brilhante. E deu-lhe nome também, Serafim Lampião, assim se chama o mais inoportuno, chato, irritante de, talvez, todos os personagens de banda desenhada. E por assim ser ganhou um estatuto incontornável nas Aventuras de Tintin. Surgido pela primeira vez no "Caso Girassol", Lampião não mais deixou de impôr a sua presença.
Vendedor de seguros da Companhia Mondass, entra e sai das páginas das Aventuras quando bem lhe apetece, sem dar grande cavaco a ninguém e obrigando, por vezes, a medidas extremas para que a sua presença não se torne mais incómoda. Hergé disse dele que seria um protótipo daquelas pessoas que julgam ter o "rei na barriga", que se dão um enorme auto-crédito, mas cuja presença é, no minimo, pouco desejada por todos os que têm o azar de com ele depararem.
Ainda assim conquistou o seu lugar e creio que desde a sua aparição as Aventuras ganharam mais um ponto de interesse, tornando-as, talvez, mais próximas da realidade quotidiana. É que pessoas como o Lampião existem mesmo!

Cloudbusting


Donald Sutherland é um actor fascinante. Os papéis de "vilão" têm-se-lhe colado à pele de forma marcante. Basta lembrar-mo-nos, entre tantas outras, da sua actuação em 1900 de Bertolluci, interpretando um fascista demente. Sutherland participou também num excelente "tele-disco", da não menos excelente canção de Kate Bush, Cloudbusting; incluída no seu trabalho de 1985, The Hounds of Love/The Ninth Wave. Neste "tele-disco" realizado por Julian Doyle, Sutherland interpreta o papel de Wilhelm Reich, psicólogo e autor de uma teoria acerca do órgane cósmico, uma energia cósmica vital que permitiria, segundo Reich, curar uma série de doenças. Essa energia teria que ser "apanhada" na atmosfera, através, por exemplo, da recolha de nuvens, feita a partir de uma aparelho fabricado para o efeito. É isso que nos mostram no "tele-disco", inspirado num livro escrito pelo filho de Reich, Peter, "The Book of Dreams" de 1973.
A teoria nunca veio a ser confirmada, mas a música e as imagens que nos são mostradas são muito bonitas e como se diz no inicio da canção: "I still dream of organon..."

quinta-feira, 17 de agosto de 2006

Je dirai même plus...


Das parcerias que a banda desenhada nos ofereceu ao longo dos tempos, há uma que me fascina particularmente. Saídos da imaginação e do traço de Hergé, os falsos gémeos Dupond e Dupont são das duplas mais impagáveis do mundo dos quadradinhos. Passeiam-se ao longo das páginas de muitas das Aventuras de Tintin, distribuindo o absurdo e o non-sense em doses maciças. Iguais praticamente em tudo, quer física, quer intelectualmente, estes agentes policiais diferem apenas num pequeno pormenor, o bigode. De pontas viradas para cima o de Dupont, de pontas viradas para baixo o de Dupond.
Garantia de momentos bem dispostos, a sua presença dá sempre azo a sorrisos ou mesmo a gargalhadas. São, a par do Capitão Haddock, o motor dos gags que dão às Aventuras a sua dimensão mais divertida.
Brilhantes! Direi mesmo mais... Brilhantes!

Staying alive


Há poucos dias entrei numa loja onde a música de fundo, bem alta por sinal, me fez recuar cerca de um quarto de século. E dei por mim a bater o pé ao som do "velho" disco sound dos finais dos anos 70. Nessa altura os meus gostos melódicos andavam por outras paragens, mas agora, com a distância temporal a relativizar os gostos, dei por mim a ouvir com agrado estes sons e a recordar a Donna Summer, a Glória Gaynor, os Bee Gees e a relembrar o grande ícone disco John Travolta, que considero um excelente actor, num dos momentos altos desta corrente, Saturday Night Fever!
"You should be dancing..."

Sempre criança


Afinal a magia existe mesmo! E é bom saber que, mesmo com o acumular dos anos, podemos ser sempre crianças.

terça-feira, 8 de agosto de 2006

O Benfica em Viena


Hoje o Benfica joga em Viena a possibilidade de aceder à Liga dos Campeões, defrontando o FK Áustria. Apetece, por isso, recordar aqui o antigo capitão José Águas, que na caminhada para a conquista da segunda Taça dos Campeões Europeus, contribuiu com três golos para a eliminação desse mesmo clube. Curiosamente seria em Viena, no FK Áustria que José Águas viria a terminar a sua carreira. Que a do Benfica não termine aqui!