quarta-feira, 29 de novembro de 2006

O adulto que não queria crescer!


No JN de hoje:

«Peter Pan atinge o estado adulto ao fim de um século
Durante mais de um século, foi o protótipo exemplar da personagem que se recusava a abandonar a infância, em nome da manutenção dos sonhos e da fantasia. Agora, volvidos exactamente 104 anos sobre a sua criação, Peter Pan enfrenta pela primeira vez os problemas associados à entrada no mundo adulto, mantendo, no entanto, a forte carga onírica desde sempre presente nas suas aventuras.A edição portuguesa de "Peter Pan e o feitiço vermelho", a cargo da Editorial Presença, chega às livrarias já na terça-feira, menos de dois meses depois da edição original, período durante o qual o livro se manteve na lista dos 10 mais vendidos do "The New York Times".
(...)Lançada em mais de 30 países, a muito aguardada continuação da história original criada por J.M. Barrie foi a solução encontrada pelo hospital infantil Great Ormond Street - detentor dos direitos de publicação da personagem, segundo ordem expressa de Barrie - para fazer face à entrada de Peter Pan no domínio público, o que irá fazer com que a unidade hospitalar londrina perca, já em 2007, a sua principal fonte de receitas.
"Foi um privilégio único e avassalador poder aceder à Terra do Nunca, dispondo apenas de uma caneta", afiançou a autora. (...)Apesar de possuir uma obra vastíssima - com 139 (!) livros publicados -, McCaughrean enfrentou uma pressão imensa ao aceitar prolongar a existência de Pan. As críticas dos puristas sobre os riscos de desvirtuação da personagem e o secretismo em redor do livro, com contornos de marketing semelhantes à série de Harry Potter, só baixaram de tom quando "Peter Pan e o feitiço vermelho" chegou às livrarias. Os comentários da crítica especializada foram unânimes em considerar que Geraldine McCaughrean soube respeitar o legado do autor original, introduzindo também novos elementos que permitem uma nova leitura da obra que preenche o imaginário popular de milhões de pessoas desde 1902.Com um salto temporal de 20 anos em relação ao período imortalizado por Barrie, a sequela mostra-nos como os anteriores "meninos perdidos" deram lugar a respeitáveis chefes de família. Mesmo metamorfoseado fisicamente, o protagonista continua a ser um sonhador inveterado que se refugia no mundo da fantasia. A autora revela também o destino do medonho Capitão Gancho, depois de ter sido devorado por um crocodilo.»

Apesar de tudo estou convicto que a Terra continuará a ser a do Nunca e que Pan nunca deixará de ser criança!

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