terça-feira, 17 de novembro de 2015

aniversário ou obituário

é verdade... este bolgue fez 10 anos no passado dia 11.
paz à sua alma...

De paris a damasco


A brutalidade não tem nome, por muitos que lhes queiramos dar. A brutalidade é cega e muda e louca também. E nós damos-lhe corpo, porque somos complacentes, porque fechamos os olhos também, porque viramos as costas, porque somos cúmplices.

Até que a brutalidade nos bate à porta e nós, inocente e ingenuamente, lha franqueamos e damos de caras com a sua inominável e terrífica face.

E assustamo-nos e caímos e, muitas vezes, não sabemos como voltar a levantarmo-nos.

Sabemos, se assim o quisermos, que fomos nós que a alimentámos, que lhe demos força e razão e, sobretudo, que a ignorámos porque a sabíamos longe e com os olhos postos noutras casas.

Mas, por ser cega e bruta e não reconhecer ninguém, ela toma caminhos que não queríamos, que julgávamos impossíveis. E chega até nós.

Que fazemos então? Choramos, revoltamo-nos e respondemos-lhe com uma maior força, inventamos uma nova cara para a brutalidade e pensamos estar a fazer o que é correto.

E descansamos…

Até ela voltar a sacudir-nos na nossa modorra e mostrar de novo a sua cara, desta vez ainda mais feia e terrível.

E aí a história repete-se. Até quando?

Paris é uma outra Nova Iorque, como Beirute é Bagdad, ou Jerusalém se confunde com Damasco. E são tantos os exemplos...

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Regressos

voltei. a vida está cheia de regressos. alguns desejados, outros nem tanto. quando reabri a porta não sabia o que iria encontrar, ainda não sei. para já estou aqui, muito sossegadinho, a ver o que os dias me trazem, lá mais para a frente espero ser eu a trazer-lhes algumas coisas.
esta coisa de regressar é muito complicada. a vida, por muito que às vezes o queiramos, nunca é vivida à maneira do benjamim button.

domingo, 18 de maio de 2014

Este ano foi bom... muito bom

Três em quatro é muito bom.
 
 

quinta-feira, 8 de maio de 2014

sábado, 26 de abril de 2014

SEMPRE

 
 
 

Gabo

Muitos anos depois, dianta do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo.


 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

CAMPEÕES


O grito surgia em uníssono, como se de uma só voz se tratasse e não as daqueles milhares de gargantas de onde saia.

Sentia-se uma espécie de alegria, quase uma euforia e embora todos eles soubessem que duraria apenas breves minutos, todos se sentiam felizes por poderem gritar a uma só voz e ver que o estádio da Luz se avermelhava outra vez.

 

sexta-feira, 11 de abril de 2014

adrian mole

Adrian Mole, a mais surreal toupeira que alguma vez conheci, ficou orfão.
Serão sempre das páginas mais divertidas que me foram dadas a ler. Vou começar a relê-los hoje mesmo. Obrigado Sue, até sempre...

quinta-feira, 10 de abril de 2014

azuis


Azul, azul a perder de vista, ou então não, só até onde a vista alcança. Aqui e ali almofadas, ou o que parecem ser almofadas, também podem ser pufs, ou sofás, ou colchões fofinhos. Brancos. Imensamente brancos. De vez em quando solta-se um pingo de água desses sofás, ou colchões, ou almofadas.

O ar que os sustêm é leve, mas igualmente forte, porque os sustêm, porque os mantêm assim, brancos, fofinhos. Às vezes o ar transforma-se e sopra forte, mas nem assim assusta, não aqui neste lugar, talvez noutros, mas aqui não, porque aqui nunca passa disso mesmo, uma leve brisa, aprazível, prazenteira, que vai transportando estes colchões, ou almofadas, ou sofás, branquinhos, por esta imensidão de azul, deixando cair uma ou outra gota de uma água transparente que torna o azul em muitas outras cores, aquelas de que são feitos os arco-íris.

terça-feira, 1 de abril de 2014

a cor do vento


Vejo o vento que sopra agora. Não, não é impossível ver o vento, é só abrir os olhos e ver a cor que nos traz e que nos entra pela mente até que a nossa visão fique apenas e só marcada pela cor do vento e pelas suas tonalidades, que vão da leve brisa ao vendaval. Que vão do azul água ao mais berrante dos verdes.

Por isso abro bem os olhos, nem pestanejo sequer, mantenho-os só abertos e direcciono-me ao sabor do vento, até que nos meus olhos nada mais haja que a sua cor.

quinta-feira, 27 de março de 2014

quarta-feira, 26 de março de 2014

regresso a casa


Vai correndo por entre a relva alta, vai fugindo às ruas, ao asfalto, ao movimento que lá atrás ficou. Cai e ri-se alto, uma ou outra flor selvagem cola-lhe ao olhar uma cor que o ilumina, o dia está quase a fechar-se e ele sente-se bem assim, ao entardecer, longe da cidade, com o cheiro a jasmim a rodeá-lo até se perder por entre as árvores, as flores e a erva alta, sem conhecer o caminho de volta, porque agora sim, tinha regressado a casa.

sexta-feira, 21 de março de 2014

miragens


Só se vê o sol lá em cima, à sua volta nada mais do que sede e aquela areia que tudo esbranquiça. Está parado à espera que algo aconteça. Embora pense que perdeu a esperança, ela mantêm-se nele, porque sabe que o calor tudo distorce e que, do meio daquela areia branca, poderá surgir algo que o faça voltar a acreditar, mesmo que não passe de uma miragem.

terça-feira, 18 de março de 2014

feliz dia dos pais

Amanhã é dia do pai e não consigo encontrar nada mais belo para o assinalar do que esta canção e o video que acompanha.