quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Discos da Década (80)


Ano: 1988
Autor: Talk Talk
Nome: Spirit of Eden

Ah, AH, AH, AH...


Há pouco no Sol Online:

«France Press
Durão Barroso nomeado para Nobel da Paz
José Manuel Durão Barroso, antigo primeiro-ministro português e actual presidente da Comissão Europeia, deverá estar entre os candidatos ao Nobel da Paz de 2008, anuncia hoje a Agência France Presse (AFP), na data limite de apresentação de candidatos.»

AH, AH, AH, AH, AH, AH, AH, AH, AH... ai... que já não me ria tanto desde que o outro caiu da cadeira...!
Agora a sério, porquê? Porquê? Não percebo!!!

Discos da Década (70)


Ano: 1979
Autor: Ivan Lins
Nome: A Noite

Lloyd Cole


Acompanhei-o com algum entusiasmo ali pelos anos 80. Tenho os seus três primeiros discos, ainda com os Commotions, até o fui ver ao Coliseu, num concerto muito, muito simpático. Não sou um grande fã mas admiro-o q.b. e com uma boa dose de boa disposição e agradável audição.
Faz hoje 47 anos e parece que em Portugal se sente muito bem, pelo menos a julgar pelas vezes que cá vem. Parabéns Lloyd Cole!

Discos da Década (80)


Ano: 1986
Autor: The Smiths
Nome: The Queen is Dead

O quotidiano aos quadradinhos


Étienne Davodeau é um dos mais marcantes autores da BD francófona dos últimos anos. Não tem um traço limpo e escorreito como é, de certa forma, norma nos autores desta escola. O seu desenho é algo primário, mas de uma força incrível. O que Davodeau faz, talvez, como ninguém no mundo actual da banda desenhada, é contar histórias com uma intensidade dramática que ultrapassa o mero entretenimento. Há quem lhe chame romances gráficos, retratos incómodos de um quotidiano marcado por situações aparentemente vulgares, mas cheias de simbolismos e significados que, mesmo sendo comuns, são marcantes para quem as vive, de uma forma singular, fazendo com que quem as lê se sinta identificado com as fotografias que Davodeau faz nestas suas crónicas do dia a dia.
Alguns Dias com um Mentiroso é um desses exemplos. Obra publicada em Portugal, ainda no século passado, 1999, este livro retrata-nos um conjunto de 5 amigos que, indo buscar memórias aos seus tempos de infância e juventude, as trazem para uma semana de férias que resolvem passar juntos num lugar isolado, agora que todos eles já passaram os trinta anos. Aqui fala-se de sonhos não cumpridos, de apostas falidas, de vidas normais,de desejos de liberdade, de saltos em frente que se ambicionam. No fundo fala-se de pessoas comuns, dos seus quotidianos e das suas vivências. Mostra-se a vida como ela é, mas, ao mesmo tempo, mantêm-se acesa a chama da esperança num futuro mais livre e inteiro. Uma bela obra de banda desenhada, um belo romance aos quadradinhos e, ainda por cima, com referências concretas às Aventuras de Tintin, figura maior no mundo francófono da banda desenhada. Ah, é verdade, um dos protagonistas é luso-descendente e até há, na versão original, uma parte do texto que está escrito em português, só mais uma curiosidade, neste mosaico de vida, que vale a pena ser lido, relido e até, se possível, vivido na sua ambição de levar a vida mais além!

Discos da Década (90)


Ano: 1995
Autor: Milton Nascimento
Nome: Amigo

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Discos da Década (80)


Ano: 1984
Autor: David Sylvian
Nome: Brilliant Trees

Toro e o Hobbit


A crer nas últimas noticias, será Guillermo del Toro o realizador escolhido para dirigir O Hobbit, que será produzido por Peter Jackson, o que me deixa, de alguma forma, mais descansado quanto ao produto final. De qualquer maneira, del Toro poderá ser uma boa escolha. Tem experiência de filmes fantásticos como, Blade 2, Hellboy e sobretudo o multi premiado O Labirinto do Fauno. Assim sendo, podemos esperar que esta fantástica história de Tolkien, continue na fantástica senda, filmográfica, do Senhor dos Anéis!
E depois, ao que parece pela foto, o senhor também gosta de Harry Potter!

Discos da Década (70)


Ano: 1975
Autor: Pink Floyd
Nome: Wish You Were Here

Get Back


Há exactamente 39 anos, num telhado de um edifício situado em Savile Row, nº 3, Londres, sede da companhia discográfica Apple Records, acontecia algo inaudito e que outros tentaram reproduzir, anos mais tarde, mas já sem a espontaneidade e pureza daquele momento único.
Os Beatles tocaram pela última vez ao vivo, perante uma audiência reduzida e composta por pessoas chegadas, naquele que viria a ser, aparentemente, o seu canto de cisne, mas que se tornou em mais um dos seus momentos inesquecíveis!
Apesar de já não ser possível, só apetece dizer Get Back!!!

Discos da Década (80)


Ano: 1984
Autor: Echo and the Bunnymen
Nome: Ocean Rain

Tigre


Noticias da manhã:

«Lisboa, 30 Jan (Lusa) - Dois tigres encontram-se hoje de manhã à solta na Estrada Nacional 3, que liga Cartaxo ao Carregado, junto à entrada da vila da Azambuja, disse à Lusa fonte da GNR local.»

Ao que nos dizem, um dos tigres já foi capturado, o outro está encurralado mas resiste ainda e sempre!
Em boa verdade espero que não o apanhem e que consiga encontrar o caminho para o Bosque dos Cem Acres, onde os seus amigos Winnie the Pooh, Piglet, Coelho, Kanga e Ro, devem estar à sua espera para continuarem as suas divertidas brincadeiras!!!

Discos da Década (90)


Ano: 1992
Autor: GNR
Nome: Rock in Rio Douro

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Discos da Década (70)


Ano: 1976
Autor: Bob Dylan
Nome: Desire

Tintin no Irão



Agora olhem bem para estas duas capas e descubram as diferenças na figura de Bianca Castafiore.
A capa da direita é da edição iraniana!

Discos da Década (80)


Ano: 1985
Autor: Kate Bush
Nome: Hounds of Love

Lego


Há 50 anos era patenteada esta marca por Godtfred Kirk Kristiansen, filho do Ole Kirk Kristiansen, carpinteiro da cidade de Billund, na Dinamarca, que tinha, 26 anos antes, inventado esta nova forma de brincar.
Também eu brinquei com peças destas, construi casas, bonecos vários, carros, sei lá que mais. Ainda hoje os meus filhos brincam com as mesmas peças e elas mantêm-se inteiras, impecáveis, perfeitamente brincáveis. É essa uma das virtudes da Lego, as peças são reutilizáveis milhares de vezes e podemos sempre ir construindo, montando, juntando as ideias que vamos tendo e materializá-las com a fantasia que a Lego nos permite. E é possível cada monumento!!!
Sintomático é também o seu significado em termos linguísticos, se em dinamarquês quer dizer qualquer coisa como Brinca Bem, em Latim, curiosamente, significa algo como Eu Junto.
É bom saber que ainda é possível brincar desta forma!

Discos da Década (90)


Ano: 1990
Autor: Chico Buarque
Nome: A Arte de Chico Buarque

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Discos da Década (70)


Ano: 1979
Autor: The Pretenders
Nome: Pretenders

A Bela e o Monstro?


E o Sarkozy que faz hoje 53 anos!!!

Discos da Década (80)


Ano: 1986
Autor: Peter Gabriel
Nome: So

Como?

Mesmo agorinha, no Sol Online estava esta noticia:

«Um avião F16 despenhou-se às 13h45 a Sul da base aérea de Monte Real, avança a SIC Notícias. O piloto escapou ileso depois de se ter injectado [sic] do aparelho (...)»

Vejamos, ou o jornalista não sabe escrever, ou não sabe a diferença entre injectar e ejectar, ou então o piloto injectou-se com o próprio avião causando uma trip tão incrível que explicaria, eventualmente, a queda do aparelho!!!

Discos da Década (90)


Ano: 1998
Autor: The Gift
Nome: Vinyl

Bookcrossing


Há pessoas que têm por hábito ir deixando livros em locais públicos, onde outras pessoas os possam encontrar, levar, lê-los e depois voltar a colocá-los num outro sitio, para que possam ser lidos por mais alguém. Chama-se Bookcrossing e parece-me uma bela maneira de espalhar o gosto pela leitura e promover a troca de bons momentos que os livros nos conseguem proporcionar. Acho uma ideia algo romântica, esta a de encontrar livros nos locais menos óbvios, a de haver livros à espreita nas ruas por onde passamos, haver histórias à espera de leitor, livros em liberdade, emprestados por alguém que não conhecemos, mas que nos quer oferecer momentos de prazer e depois termos a capacidade de os entregar a mais alguém. E é por aqui que eu me sinto, de alguma maneira, incapaz desta prática. Porque sou muito egoísta com os livros, porque gosto de os ter comigo e para mim, fechados nos meus sítios, onde só eu os possa ler e olhar, onde o prazer que me dão possa ser constantemente renovado, mais que não seja pelo simples olhar que me devolvem. Mas, de qualquer modo, aplaudo sinceramente esta ideia e as pessoas que a conseguem pôr em prática. Tenho só o receio que, por hipótese, alguma mente mais esclarecida, tome os livros por ameaças terroristas e resolva fazê-los explodir numa espécie de Farheneit 451 revisitado e parece-me que haverá muito boa gente que não desdenharia dessa ideia!

Discos da Década (70)


Ano: 1972
Autor: Yes
Nome: Close to the Edge

Bota de elástico

No C.M. de hoje:
«Bota compara Sócrates a Salazar
“Salazar tinha a PIDE e hoje temos a ASAE, uma polícia de costumes e sabores que persegue os cidadãos”. Num discurso inflamado Bota disse ainda que “Salazar era ditador e não enganava, mas agora temos uma democracia formal, que é uma ditadura que oprime os cidadãos”.»

Este tipo de comparações só podem vir de alguém que não tem a minima ideia do que foi a PIDE e a ditadura de Salazar, além de demonstrar uma idiotice acima do comum!!! Talvez seja útil referir que, no jantar onde foi proferida esta pérola discursiva, o convidado de honra era Alberto João Jardim! Ah o contágio...

Discos da Década (80)


Ano: 1984
Autor: The Waterboys
Nome: A Pagan Place

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Discos da Década (90)


Ano: 1994
Autor: Portishead
Nome: Dummy

Clin d'oeil


Ora vejam lá quem aqui está, no álbum Plume aux Vents de Juillard!

Discos da Década (70)


Ano: 1979
Autor: The Clash
Nome: London Calling

Dormindo com os Beatles


Vai abrir, no próximo dia 1 de Fevereiro, um novo hotel na cidade de Liverpool. Por aqui a novidade não será muito grande. Hotéis em Liverpool devem abrir e fechar com alguma frequência. Este tem, no entanto, uma grande particularidade, chama-se A Hard Day's Night Hotel e é inteiramente dedicado e inspirado nos Beatles. Situado no Bairro dos Beatles, perto do The Cavern, este novo hotel promete ser um must na cidade que viu nascer os Fab Four. Agora, no roteiro beatlemaníaco de Liverpool, há mais um ponto de interesse, no entanto, ao que parece, os preços são pouco convidativos, mas, também não é todos os dias que temos hipótese de dormir com a bênção dos Beatles!
Mesmo que seja apenas a day in the life !

Discos da Década (80)


Ano: 1986
Autor: This Mortal Coil
Nome: Fillgree & Shadow

Flower Power


Esta é uma foto famosa, correu mundo como símbolo do pacifismo. De um pacifismo que lutava contra a guerra no Vietname. Que se levantava por valores mais altos, mais próprios de uma humanidade que se queria feliz, mais justa e solidária, no fundo mais ingénua, no seio de um movimento que veio a ficar conhecido como o Movimento Hippie, a geração das flores, sonhadores mas bem intencionados.
Foi captada em 1967 em Washington, durante uma manifestação anti-guerra e consegue-se notar a calma do jovem que vai colocando flores nos canos das espingardas que, cobardemente, lhe continuam apontadas!
O poder das flores pode não ganhar guerras, mas transmite-nos uma maior, muito maior, sensação de calma e felicidade, contra todas as armas que teimam em apontar-nos!
Bernie Boston, autor desta imagem, morreu ontem! Esta imagem e o que significa são imortais!

Discos da Década (70)


Ano: 1977
Autor: Blondie
Nome: Plastic Letters

Benfiquismos



Eusébio nasceu há 66 anos!
Feher morreu há 4 anos!

Discos da Década (80)


Ano: 1980
Autor: Rui Veloso
Nome: Ar de Rock

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Discos da Década (00)


Ano: 2004
Autor: Arcade Fire
Nome: Funeral

Discos da Década (60)


Ano: 1967
Autor: The Beatles
Nome: Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band

Vândalos


Hoje no D.N.:

«Vandalizado jazigo de Salazar no Vimieiro
O jazigo de Oliveira Salazar no cemitério do Vimieiro, em Santa Comba Dão, foi vandalizado e partido durante a madrugada de ontem. (…) o presidente da Câmara Municipal de Santa Comba Dão, João António Lourenço, estranhou a ocorrência. Lamentou que “hoje em dia até os mortos incomodem”.»

Este morto já não incomoda, mas continuam a incomodar todos os mortos que causou, todos os dissabores que provocou, toda a pobreza, miséria, morte e dor que criou.
Vândalo terá sido ele, muito provavelmente o maior, ou pelo menos, o mais tristemente recente, aquele por culpa de quem, ainda hoje, sofremos atrasos, talvez, irreparáveis, vergonhas sentidas e particularidades negativas, que nos vão marcando indelevelmente e às quais não conseguimos, ainda, pôr um fim!
Se é verdade que devemos preservar a nossa memória colectiva, por forma a sermos inteiros, também é verdade que há coisas que nos envergonham e atirar uma pedra a túmulo não é, certamente, a maior delas!

Discos da Década (90)


Ano: 1998
Autor: The Divine Comedy
Nome: Fin de Siècle

Klow





Quem por aqui passa já se apercebeu, certamente, da minha maluqueira tintinesca, por isso não se admirará ao ver mais esta nota:

No Ceptro de Ottokar existe um restaurante chamado Klow, que, na verdade, é o nome da capital da Sildávia, país e cidade perfeitamente identificáveis para os tintinófilos.
Aqui o vemos nesse álbum, mas também o podemos ver no álbum da série Blake e Mortimer (pós Jacobs), A Maquinação Voronov da autoria de Juillard e Sente e ainda no cinema, num filme francês de 1998, Dieu Seul me Voit, do realizador Bruno Podalydés.

Discos da Década (80)


Ano: 1985
Autor: Prefab Sprout
Nome: Steve McQuenn

A esperteza saloia


Ouvi hoje de manhã, na Antena 1, que há oficinas que alugam peças para que os automobilistas possam levar as suas viaturas aos centros de inspecção periódica e assim estas possam ser aprovadas, após o que devolvem as peças em bom estado às oficinas e as peças originais, danificadas, são repostas nos seus automóveis!!!!!
Tenho a certeza que, tanto os donos das oficinas, como os dos automóveis em mau estado, ficam todos satisfeitos da vida porque já conseguiram enganar mais alguns incautos.
Portugal continua a ser o país do desenrascanço, mesmo que, para tal, se ponha em causa o bem comum, a segurança e a mais elementar conduta cívica. Contentamo-nos em ludibriar o próximo e, ainda mais grave, fazemos gala nisso. Tanto faz ser na situação acima descrita, como na fuga aos impostos, ou na pesagem dos legumes no supermercado, o que interessa é que conseguimos enganar mais alguém e "provamos", a nós próprios, que somos muitos espertos, ridiculamente espertos, estupidamente espertos!
Assim nunca sairemos da cauda da Europa, assim nos mantemos no meio da fétida porcaria que vamos criando e assim vamos sorrindo, mostrando os nossos dentes podres e a nossa mente conspurcada por ingénuas, mas maldosas e enganadoras, ideias de superioridade!
Assim nos vamos enganando!!!

Discos da Década (70)


Ano: 1973
Autor: Genesis
Nome: Selling England By The Pound

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Discos da Década (70)


A partir de hoje e durante as próximas semanas, irei fazer uma selecção de discos que, na minha opinião, marcaram as últimas décadas na música popular.
Não irá ser feita nenhuma hierarquização, não valorizarei mais uns que outros, todos os que forem apresentados se-lo-ão de forma aleatória e respondendo apenas ao meu gosto pessoal.
Como certeza fica apenas aquela que me é ditada pelos meus ouvidos e sensibilidade, não ficando, por isso, ninguém obrigado a concordar (ou discordar) desta minha escolha.

Ano: 1972
Autor: David Bowie
Nome: The Fall and Rise of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars

Gaudí, o mágico!


Já por aqui fiz referência a artes e a artistas que, na sua busca pela perfeição, objectivo último (e primeiro) para quem, de facto, se deve considerar artista, conseguem momentos únicos de inspiração, traduzidos em obras que nos conseguem elevar a sensações e emoções supremas de uma brutal e quase chocante estupefacção. Falo de obras a que, usualmente, chamamos primas e que nos presenteiam com sons, com olhares, com todos os sentidos sentidamente abertos e despertos, de forma singular, irrepetível.
Também a arquitectura, ou melhor, a plasticidade artística que alguns arquitectos conseguem imaginar e produzir, estão entre esses momentos artísticos únicos. Há cerca de 130 anos atrás, um arquitecto em inicio de carreira, lançava as suas ideias para as estrelas e com base na natureza que tanto admirava e numa mente vestida de histórias fantásticas, começou a criar aquilo que, ainda hoje, pode e deve ser considerado como um dos mais brilhantes, ofuscantes, fantasticamente surpreendentes, caminhos na história da arquitectura, das artes e do fascínio.
Antoni Gaudí ainda consegue, quase 82 anos após a sua morte, manter-nos quedos, mudos, em deslumbramento total perante as suas criações.
Exemplos como as Casas Batlló e Milla, o Parque Guell ou a enigmática Catedral da Sagrada Família, fazem com que admiremos a sua fantástica sabedoria e sejamos levados a acreditar que, se tal é possível, este homem foi, realmente, tocado pela mão de Deus.
Ou das fadas!