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Hoje no D.N.:
«Vandalizado jazigo de Salazar no Vimieiro
O jazigo de Oliveira Salazar no cemitério do Vimieiro, em Santa Comba Dão, foi vandalizado e partido durante a madrugada de ontem. (…) o presidente da Câmara Municipal de Santa Comba Dão, João António Lourenço, estranhou a ocorrência. Lamentou que “hoje em dia até os mortos incomodem”.»
Este morto já não incomoda, mas continuam a incomodar todos os mortos que causou, todos os dissabores que provocou, toda a pobreza, miséria, morte e dor que criou.
Vândalo terá sido ele, muito provavelmente o maior, ou pelo menos, o mais tristemente recente, aquele por culpa de quem, ainda hoje, sofremos atrasos, talvez, irreparáveis, vergonhas sentidas e particularidades negativas, que nos vão marcando indelevelmente e às quais não conseguimos, ainda, pôr um fim!
Se é verdade que devemos preservar a nossa memória colectiva, por forma a sermos inteiros, também é verdade que há coisas que nos envergonham e atirar uma pedra a túmulo não é, certamente, a maior delas!
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