No Público de hoje:
«O ex-presidente da comissão executiva (CEO) do Banco Comercial Português (BCP), Paulo Teixeira Pinto, saiu há cinco meses do grupo com uma indemnização de 10 milhões de euros e com o compromisso de receber até final de vida uma pensão anual equivalente a 500 mil euros.»
Está bem que este senhor não roubou este dinheiro (aparentemente). Está bem que é legitimo que lhe paguem o que acham que ele merece (aparentemente). Está bem que estamos numa economia de mercado em que os mais (aparentemente) fortes sobrevivem melhor. Mas é, no mínimo, injusto que a miséria continue a imperar, que a fome continue a sobreviver e isto não são aparências, são realidades nuas e cruas que maltratam, todos os dias, quantidades inumeráveis de pessoas reais, que sofrem, que sentem, que vivem, que mal sobrevivem nesta aparência de sociedade justa, de estado dito de direito, em que o direito a uma vida digna não é, efectivamente, respeitado!
A citação acima transcrita serve só como exemplo, nada me move contra o referido senhor, há milhentos de outros exemplos semelhantes aquele. Mas entristece-me que tal suceda e continue a haver famílias que nunca poderão, sequer, sonhar com verbas daquele calibre, nem mesmo com milionésimas partes daquelas somas e que, por isso, continuarão a sofrer todos os dias as agruras de uma injustiça terrível e dolorosa! Muito dolorosa! E não, não é só aparência, sucede a cada dia que passa e não só no terceiro mundo, acontece aqui à nossa porta, neste país que temos e que julgamos ser desenvolvido!
Como diz o cantor "deixa-me rir", embora na realidade, este humor seja do mais negro possível!
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