sexta-feira, 22 de setembro de 2006

O vinil


Um sulco na estria, vulgo risco, que fazia a agulha saltar; um som característico a "batata frita" que acompanhava a música; um lado A e um lado B; uma escovinha para limpar a agulha; um paninho para tirar o pó; uma capa grande e colorida (ou não); um círculo negro de vinil com um pequeno buraquinho ao meio; as 33 rotações, ou as 45, ou mesmo as 78.
Os discos eram assim.
Agora tudo é mais "limpo", o som não tem ruídos paralelos e os compact-disc cabem em, quase, qualquer lado e, melhor (ou pior?) o mp3 e os ipod estão a substitui-los.
Para onde foi o prazer de manipular os discos? De olhar e admirar as capas? De senti-las nas mãos? De poder arrumá-las por ordem alfabética, por estilo de música, ou, simplesmente, desordenadas. De saber quais as músicas que estavam no lado A e no lado B? Do trabalho de virar o disco? De colocar a agulha, exactamente, na faixa que queríamos ouvir?
E embora todos saibamos que: "Na natureza nada se perde...", já o poeta dizia que: "Todo o mundo é composto de mudança..."
Agora que, às vezes, tenho saudades do tempo do vinil, lá isso tenho...

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