quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

(...) - 42

(...)Olho à minha volta. Revejo a minha breve casa.
Os livros que sempre me acompanharam. Os discos que têm as músicas que me foram salvando. Os poucos quadros que me atrevi a pintar e que nunca mostrei a ninguém.
As minhas dores e alegrias que foram ficando marcadas em cada parede, em cada recanto. No chão e no tecto daquela casa que me habituei a chamar minha.
Começou a trovejar agora. Os relâmpagos sucedem-se numa cadência impressionante.
É bonito ver o céu assim e saber que os elementos naturais também se lembram de nós.
Aceno para o céu, como se o deus das tempestades lá estivesse a zelar por mim.
(...)

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