sábado, 11 de abril de 2009

Corin Tellado


Os romances de cordel foram uma das modas literárias mais populares do século XIX. Aí amores, desamores, enredos tortuosos e turbulentos tinham lugar, animavam aqueles que não procuravam a grande literatura e faziam sonhar muitas almas desesperançadas. No fundo é esse o leit-motiv dos chamados romances light que na actualidade tanto vendem. No entanto, antes da actualidade, também se escreveram histórias light, que mais não serviam, digo eu, que para aquecer aqueles que de outro modo não acalentariam veleidades leitoras, mas que, por aí, sempre pegavam em livros que, mais não fosse, tinham essa qualidade, a de fazer com que os livros fossem objectos de sonho e de imaginação. Não posso dizer que tenha lido esses livros, muito menos posso dizer que alguma vez tenha tido vontade o fazer, não tive, tal como não tenho hoje, tal como, muito provavelmente, não terei amanhã, no entanto não consigo, nem quero, deixar de afirmar alguns desses autores como responsáveis por alguma felicidade que atingiu quem os leu e isso, creio, é um bem inestimável. Uma das grandes autoras desse tipo de livros chamou-se Corin Tellado e morreu hoje com quase 82 anos. Ela, que depois de Cervantes, é a escritora espanhola com mais leitores.

2 comentários:

Rui disse...

Olá, Pan

Generosa, esta tua apreciação do romance light (inspirada pela quadra pascal? penso que não) que vale o que vale; não tanto pelo que tenha dentro o livro (pouco, me parece) mas pelo efeito que provocou em outros que, doutra forma, se ficariam pela leitura de coisa nenhuma.
Aproveito para "recomendar" um livro do Nuno Bragança que me está a dar um gozo imenso: "A Noite e o Riso", precisamente sobre a noite e o riso, em Literatura.
Um abraço
Rui

Pan disse...

É isso mesmo! Não pretendi realçar as qualidades literárias da senhora, das quais duvido, mas tão somente O Livro enquanto objecto de sonho e de emoção.