quarta-feira, 29 de abril de 2009

A beleza artificial


No DN:

«Vício
Americana viciada em plásticas já fez 47 operações
Cindy Jackson é recordista em cirurgias estéticas e esteve ontem no Porto a gabar o seu modo de vida. Especialistas consideram o caso anormal, mas alertam que em Portugal há jovens "de 21 anos que já vão na terceira operação".(...)»


Estou convencido que, quando são efectivamente necessárias, as cirurgias plásticas são um bem! Por efectivamente necessárias, entendo aquelas que são úteis a quem tenha tido acidentes, aquelas que são reconstrutivas, para quem tenha, de algum modo, ficado danificado na sua integridade. Também não me parecem mal algumas que são executadas por necessidades de elevação da auto-estima, nomeadamente as que podem elevar a níveis aceitavelmente bons algumas pessoas que, de outro modo, estariam condenadas a depressões profundas e irremediáveis. Casos como o desta senhora e outros, vejam-se os das jovens com 21 anos que já vão na terceira operação, parecem-me despidos de qualquer lógica racional e servem apenas para satisfazer vaidades ocas, para manter artificialmente aquilo que, naturalmente, não devia ser alterado. Por muito que alguns queiram, a fonte da juventude nunca foi descoberta e casos como o de Benjamim Button só existem na ficção. No fundo é isto que esta senhora é, um caso de ficção! Que nos mostra, em concreto, uma personalidade rasteira que só se consegue elevar com o bisturi! Desconfio mesmo que, nas primeiras operações que fez, algum cirurgião mais esperto lhe deve ter mexido no cérebro; só assim, para além da beleza aparente, se consegue entender tanta idiotice!

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