sábado, 11 de abril de 2009

Gran Torino 1972


Um carro como metáfora da bondade!
Ou um carro como condutor de um percurso que nos leva duma antipática indiferença até a um verdadeiro e sentido afecto.
A assunção de que a vingança não pode vingar, porque nunca é definitiva e só a capacidade de perdoar, sobretudo a nós próprios, consegue, ainda que a custo, ainda que com dor, causar uma verdadeira redenção.
A sobrevivência depende muito mais da capacidade e vontade de superarmos as nossas falhas, do que na de ultrapassar as dos outros, mesmo que para isso tenhamos que fazer sacrifícios, mesmo que para isso tenhamos que redefinir os nossos caminhos, mesmo que para isso tenhamos que oferecer a vida pelos outros.
Foi isso que eu vi no Gran Torino, foi isso que, mais uma vez, a excelência de Clint Eastwood nos mostrou de uma maneira soberba. Dura e, ao mesmo tempo, emotivamente terna.

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