sexta-feira, 20 de março de 2009

Susceptibilidades


No Público online:

«A A RTP está a emitir um spot publicitário de promoção à informação da rádio Antena 1 (...).
O anúncio de meio minuto mostra carros parados e, num deles, com o rádio ligado na Antena 1, a jornalista Eduarda Maio(...) diz ao condutor que há ali uma manifestação. Quando este lhe pergunta contra quem é o protesto, Maio responde-lhe que é contra ele e "contra quem quer chegar a horas".
"Isto não é apenas uma crítica velada; é um ataque expresso ao sindicalismo", acusa o secretário-geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, dizendo ainda acreditar que só "por pura coincidência a voz off do anúncio é a da autora do livro de valorização do primeiro-ministro". Eduarda Maio já foi protagonista da anterior campanha da Antena 1, em que se sentava ao lado dos ouvintes para simbolizar a proximidade da estação com o auditório.»


As manifestações “normais” não devem, sob pretexto algum, ser proibidas! São um meio de as pessoas fazerem eco das suas ideias, das suas vontades, das suas esperanças. Mas, tal como aqueles que assim se manifestam, também ou outros, que naquela altura não o fazem, têm o direito de não perder tempo com isso, também esses terão as suas necessidades, as suas vontades e as suas pressas, obviamente respeitáveis.
Não quero, é claro, remeter as manifestações populares para um qualquer parque temático manifestacional, mas quero que estes senhores, que se queixam deste anúncio, tenham a consciência de que não estão sozinhos no mundo e que a maior manifestação a que se pode ambicionar é a manifestação da liberdade de expressão!
E já agora, aproveitando a boleia da liberdade de expressão, apetece-me dizer que a jornalista em causa pode ser autora dos livros que quiser, que, no fundo, é muito melhor do que andar a propagandear detergentes e a brincar aos deputados, enquanto se faz uma pausa na carreira.

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