terça-feira, 10 de março de 2009

Acenando...


Às vezes sentimo-nos esmagados, sem capacidade para dar mais um passo, para erguer os olhos, para levantar a cabeça. É como se todo o peso do mundo nos esmagasse perante uma impossibilidade, provocando-nos as dores mais universais, porque, com efeito, são aquelas que, fisicamente não se sentem.
Olhamos à nossa volta e não conseguimos ver os caminhos, embora eles ali estejam, a pedir-nos que os sigamos. Volteamos e volteamos sem que o discernimento nos acompanhe, sem que a bússola nos faça parar e seguir.
Sabemos, ainda bem, que o desnorte é passageiro, mas não conseguimos deixar de pensar na possibilidade do dia em que os olhos se vão fechando e a nossa capacidade de escolha se limite a um pestanejar longo ou lento, a um balbuciar quase inaudível que mais não fará que ajudar a que a palavra se desvaneça por completo, se extinga inexoravelmente. Até lá vamos levantando um braço após o outro e continuando a acenar para que alguém nos veja e retribua.
Enfim…

1 comentário:

caty disse...

Por vezes sentimo-nos esmagados e sem força para continuar. Os grandes amigos é que nos veêm a acenar e estão lá sempre prontos a ajudar :)