segunda-feira, 9 de março de 2009

Barbie 50


Confesso que me irritava! Que me desagradava a forma como as mais pequenas eram atafulhadas de ideais quiméricos made in USA, cheios de imagens preconceituosas, imensas, de um american way of life que nada tinha a ver com a nossa realidade. Aquela bonequinha loira, deslavada, com um sorriso idiota, encarnava tudo o que eu achava irritantemente escusado!
Mas, um dia, tive uma filha e a minha antipatia, quase visceral, pela boneca, foi diminuindo à medida que o número das bonecas ia crescendo lá em casa. E comecei a olhá-la de uma outra forma. Afinal a boneca era só isso, uma simples boneca e assim devia ser entendida.
Hoje percebo melhor o fenómeno. Agora consigo entendê-la como uma representação de um tempo especifico, destes últimos 50 anos, em que conseguiu chegar a todo o mundo, em que teve os melhores costureiros a vesti-la, em que reproduziu imagens de muitos filmes, de muitas personagens reais, em que se tornou também, uma das imagens mais fortes do último século.
Por isso hoje, já sem a irritação que me provocava e até com algum grau, pouco é certo, de gosto, aqui lhe deixo uma saudação pelos seus 50 anos, na pele de Olívia Newton-John em Grease.

1 comentário:

caty disse...

Os sacrifícios que um pai faz por uma filha.