quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
"devenir immortel…et puis mourir. "
Jean-Luc Godard é um dos cineastas mais justamente polémicos, não só do cinema francês, mas, naturalmente, do cinema mundial. Associado à Nouvelle Vague, trouxe-nos uma nova forma de fazer e ver cinema. De entre muitos dos seus filmes mais conhecidos e emblemáticos, permito-me destacar o primeiro, À Bout de Souffle, em português O Acossado.
Este filme foi realizado a preto e branco, com um guião feito à medida que se ia filmando, a partir de histórias imaginadas por outro grande realizador francês, François Truffaut. Os seus protagonistas foram Jean-Paul Belmondo e Jean Seberg. É um filme em andamento constante. De perder o fôlego. É, sobretudo, um filme perfeitamente europeu. Nota-se o pulsar do velho continente, de uma França moderna, mas dona de um rasto cultural de muitos anos! Ressalta aqui uma forte reacção aquilo que a tirania de Hollywwod vinha impondo.
É exactamente isso que Neil Hannon e os seus Divine Comedy nos fazem sentir quando ouvimos a canção When The Lights Go Out All Over Europe:
«(...)And when she asks of his ambition,
Jean-Pierre replies, "My mission
Is to become eternal and to die..."
Heaven knows the reason why...
When the lights go out all over Europe,
I forget about old Hollywood,
'Cos Doris Day couldn’t make me cheer up
Quite the way those French girls always could(...)»
Talvez seja esta a mais importante missão do cinema europeu : "devenir immortel…et puis mourir. "
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