quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Redenção


Cada vez que os ouço, dou por mim a garantir que são o melhor grupo de música que Portugal alguma vez criou! Não tenho, obviamente, a certeza desta afirmação, mas para o caso também não é relevante. Os Trovante foram, são, um marco! Foram, são, fundamentais para muita gente que gosta de música, que acompanha as boas canções cantadas em português. E não só as músicas, como o resto, os poemas que fizeram, os que musicaram, aquilo que criaram com gosto e com gosto nos passaram. Dou por mim, também, a pensar, ainda bem que acabaram! Porque assim podemos ter toda a sua obra numa mão, toda a sua perfeição nos nossos ouvidos, sabendo que acabaram num momento em que não podiam estar mais alto, o futuro ficou assim escrito com saudades, mas daquelas que não doem,porque são de memórias boas. E, às vezes, voltam a reunir-se e a deixar-nos outra vez, aquele sabor bom.
Das inúmeras maravilhas que nos deram, podem destacar-se um punhado, enorme, de óptimas canções, maravilhosos momentos.
Esta é uma dessa maravilhas, vem no seu último disco, tem poema de Alberto Lopes, já foi cantada pelos Resistência e, no concerto, fora de tempo, que os Trovante deram, foi partilhada por Manuela Azevedo.
Fala de coragem, fala de vontade, fala de força e de receio também, porque há sempre um perigo, mas também pode haver, sempre, uma redenção!
«Sai debaixo das pedras
E vai
Vai
(…)
Vai mais longe mais fundo
Não mudes de assunto
Só porque é mais fácil
(…)
Longe o ar é mais leve
Pode ser isso o que me chama
Não sei resistir
Nem sei porquê
Pensar que devia...
Vai
Vai mais longe vai
Vai ao fundo do fundo
Não mudes de assunto
Há sempre um perigo»

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