sexta-feira, 16 de novembro de 2007

El cine


Em prémios cinematográficos já ganhou quase tudo. Óscar, Bafta, Cannes, Berlim, Veneza, César, na Alemanha, no Brasil, em Toronto e, claro, em Espanha. Esteve por cá no último fim de semana para receber mais um. O homem não se cansa! Não se cansa de receber glorificações e não se cansa de fazer bons filmes, óptimos filmes, como, quase, mais ninguém faz!
São filmes diferentes, com cores diferentes, com sons novos, com argumentos estranhos, com actores únicos, com diálogos sui generis, com uma intimidade fora do comum, mas são todos, digo todos, óptimos filmes. Pedaços de vidas que nos são próximas, que nos visitam a cada virar de esquina, mas, ao mesmo tempo, nos olham de outros lugares, nos contemplam de outras latitudes, nos fazem mexer por dentro, nos revolvem os miolos, nos acicatam os sentidos. E são todos falados em castelhano!!!!
Da seriedade dura da Lei do Desejo e de Matador; à decadência kitsch e divertida de Que Fiz Eu Para Merecer Isto ou Maus Hábitos; à comovência de Fala com Ela; às desabridas histórias de Ata-me!, Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos, Kika ou Saltos Altos, Pedro Almodóvar traça-nos mosaicos de vidas espanholas, mas que podiam também ser nossas, que são também nossas, porque nos atraem e nos inundam de sensações novas e diferentes, mas compensadoras também.
Atrevo-me a dizer que o cinema de Almodóvar é o cinema obrigatório, entretém, faz pensar, faz rir e chorar e é muito divertido!
Olé!!!!!

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