terça-feira, 27 de novembro de 2007

Da infância...com livros


Já li o último volume do Harry Potter. Li e gostei muito, fiquei com pena que tivesse acabado.
Nos dias que levei a lê-lo andou sempre comigo. Ouvi alguns comentários que espelhavam algum espanto pelo facto de alguém, da minha idade, estar a ler aquele livro e ainda por cima andar com ele, debaixo do braço, em plena rua.
E isso faz-me muita impressão! O preconceito contra a literatura é exasperante. E ainda o é mais quando as pessoas fazem esta tremenda confusão entre aquilo que acham que são livros para crianças e livros sérios! O que, por si só, já é uma diferenciação tremendamente injusta! Os livros de Harry Potter são livros que agradam às crianças e ainda bem, ler é bom, ler faz bem e quando se lêem livros tão empolgantes como estes, isso só pode fazer bem à saúde da literatura e dos leitores. Aliás os livros de J.K. Rowling têm esta, importantíssima, qualidade, de tanto agradar aos mais como aos menos pequenos. Tal como o fazem, por exemplo, Alice nos País das Maravilhas ou Peter Pan, ou qualquer conto de fadas no seu contexto original. O gosto por estas histórias, e tantas outras como estas, demonstra, tão só, que de quem delas gosta e já tem idade para ter juízo, afinal não tem o juízo todo! Afinal continua a ter, dentro de si, a criança que não deseja deixar fugir, a criança que lhe permite sorrir e deslumbrar-se com a beleza e o encantamento que ressaltam destes livros, a criança que lhe abre, ainda, a porta para a aventura e lhe mantêm intacto todo o seu sabor!
Eu, por mim, vou, sempre, fazer todos os possíveis para manter viva essa criança. Eu, por mim, irei sempre sorrir a cada nova história que me permita o encantamento e a magia. Eu, por mim, nunca hei-de fechar a porta à criança que, ainda, vai espreitando o mundo através dos meus olhos!

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