segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Respeitemos o silêncio!
Há uns dias atrás, ao ouvir uma peça radiofónico sobre o filme que ganhou este ano a palma de ouro do Festival de Cannes, parei numa frase que dizia, mais ou menos, o seguinte: Se o que vais dizer não é mais importante que o silêncio, então cala-te!
Pensei que há já algum tempo não ouvia uma frase tão cheia de razão. Uma frase que podia ser copiada mil vezes e mil vezes colada naqueles sítios onde toda a gente tem uma obrigação, quase visceral, de opinar, sem que tal seja justificado, ou sequer necessário.
Tal e qual o que dizia um gato, há algumas vidas atrás, eles falam, falam e eu não os vejo fazer nada!
Certas opiniões, a maioria, parecem folhas de Outono. Caem por todo o lado, interrompem-nos o caminho, batem-nos na cara e às vezes conseguem sujar os sítios por onde vamos passando! Não necessitamos delas! Porque, ao contrário das folhas verdadeiras, não têm cores bonitas e não tornam algumas paisagens mais agradáveis.
No fundo, para mais não servem do que inchar alguns egos que não param de se auto-admirar ao espelho. Até que, óbvia e finalmente, chega o dia em que o espelho, fazendo apenas a sua obrigação, lhes devolve as figuras disformes e feias que, na realidade, o olham!
Não é preciso, nem bom, ficarmos calados, mas, por favor, respeitemos o silêncio!
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