segunda-feira, 6 de outubro de 2008
O que disse Dinis
Há aqueles escritores que escrevem, escrevem, fartam-se de escrever e de publicar e nada... tudo o que dizem é vazio, por muitos leitores que tenham, e alguns têm muitos, o que lhes sai é zero. Há vários desses por aí. Há até quem lhes chame light, levezinhos é o que são. Os seus livros nunca terão peso algum. Honre-se-lhes o esforço, mas nunca a inspiração, porque dessa são falhos.
Não dão tusa, como diria Molero!
Molero, pelo contrário, teve-a e escreveu! Ou melhor, deu a conhecer ao mundo um relatório, um só! E não foi preciso mais. De tal forma esse relatório foi preciso e precioso, que a sua leitura, para os que gostam e sabem ler, se tornou obrigatória.
Desta forma se consegue compreender que não é necessário escrever milhões de palavras, basta tão somente escrever umas quantas, poucas até, mas que sejam colocadas nos sítios certos, que formem as orações correctas, nos exactos momentos, compondo aquelas frases que nos desarmam por completo.
Molero fez isso e passou a contar neste estranho jogo das palavras.
O que disse Molero, disse-o também Dinis. Dinis que disse várias outras coisas, coisas importantes e talvez decisivas. Dinis que não voltará a dizer porque se foi para aquele sitio onde permanecem os recordados. Partiu na 6ª feira, mas deve estar bem porque nos deixou, entre outras, as palavras de Molero e esse é, também, mais um caminho para a imortalidade!
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