Neste mundo repleto de competências e méritos, em que se valoriza sobretudo quem consegue agradar-se a si próprio e ao deus cifrão, onde ficam os outros?
Aqueles que são verdadeiramente competentes. Competentes para sorrir, para olhar o vento, para saborear o voo das gaivotas.
Onde fica o mérito dos outros?
Dos que sabem falar com os animais, dos que sobem às árvores, dos que fazem florir os campos.
Neste mundo de competentes e meritocratas de polichinelo, não há espaço para a verdade, para a beleza, para a eternidade de um momento efémero.
Na verdade, só quem é realmente competente é que consegue ver para além da sombra que todos os dias jorra do cadafalso em que se tornou este paranóico mundo de méritos e competências vazios de sentimentos!
É desses o mérito de quererem parar de vez, de não compactuarem com a mediocridade de méritos e competências ocamente sobrevalorizados.
Para isso conseguem criar o belo, mostrá-lo a quem não tem os olhares gelados pela vontade cega de conquistar competências e méritos.
Felizmente que ainda gente assim, que nos ajuda a compreender que o mérito e a competência só existem em quem sabe abrir os olhos à verdadeira vida das pessoas!
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