segunda-feira, 7 de abril de 2008

O que vale a pena...


Há muito que o acessório quer tomar conta das nossas vidas. Desde um simples, mas gravoso “dá-me o telemóvel, já!”, ao fútil devassar cor-de-rosa das vidas de uns supostos famosos, a que, quase todos nós, mesmo inadvertidamente, vamos deitando o olho.
Folheamos as páginas de um qualquer jornal e se o quisermos espremer, pouco mais deita que um sumo insípido, aquoso, sem sabor que marque uma diferença.
Passamos os dias numa correria desenfreada, atrás de não sabemos bem o quê, esperando que, ao fim de cada dia, algo tenha sido acrescentado, e depois sentimos que a única coisa que foi ampliada foram as horas que gastamos sem ganho visível, sem mais valias emotivas que compensassem o desatino com que deixamos o dia correr.
O acessório vai-nos consumindo os passos e nem conseguimos parar uns breves momentos para pensar naquilo que nos faz, efectivamente, crescer. Naquilo que nos faz querer não parar, naquilo que, apesar de tudo, queremos para a nossa vida. Coisas simples, mas sinceras, coisas aparentemente pequeninas, mas importantes, coisas evidentemente enormes, como o sorriso franco das nossas crianças, por exemplo!

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