quarta-feira, 16 de abril de 2008

Museu do Cinema


Dizem-nos a efemérides do dia, que António Lopes Ribeiro nasceu há 100 anos.
Há quem o considere como o grande cineasta do século XX português. Há quem lhe gabe a qualidade cinematográfica e o extremo conhecimento sobre filmes que detinha e que gostava de difundir.
Foi um dos grandes defensores do Estado Novo, que ajudou a cristalizar em filmes como, por exemplo, A Revolução de Maio. Lembro-me que, já depois do 25 de Abril, aderiu a um daqueles breves partidos de extrema direita, pelo qual ainda fez campanhas eleitorais.
Quanto a mim, a mais presente memória que dele guardo, chama-se Museu do Cinema, um programa de televisão onde passava aqueles filmes antigos, mudos, cuja projecção era acompanhada pelo piano do António Melo. Divertia-me imenso a ver aquelas fitas, do Charlot, do Max Linder, do Buster Keaton, do Melies.
E nunca mais me esqueci do final de cada programa, em que, finalmente, víamos a cara do Melo, quando este se virava para a câmara após a frase, sempre repetida, do Lopes Ribeiro: “ ó Melo diz boa noite aos senhores espectadores!”

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