segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

O som do silêncio


O silêncio pode, por vezes, ser ensurdecedor! É no silêncio que nos deparamos com os maiores ruídos, aqueles que nos mexem cá dentro, que nos conseguem fazer levantar a cabeça, olhar em volta e ver algumas das coisas que, de outra maneira, talvez não conseguíssemos.
O silêncio não é de ouro, pelo menos no sentido em que habitualmente usamos esta expressão. O silêncio é de ouro porque, na sua amplitude, nos obriga a despertar. Mergulhando nele somos como que obrigados a ver-nos a nós próprios, a descobrirmos aquilo que temos enterrado em nós. E assim podemos regressar à superfície mais esclarecidos, mais sabedores, mais próximos daquilo que, verdadeiramente somos e queremos.
Simon e Garfunkel musicaram-no e deram-lhe palavras, mostraram-nos o seu som e abriram, de certa forma, algumas portas que nos podem permitir entrar e conhecer o silêncio que reside em cada um de nós...
«Hello, darkness, my old friend
I've come to talk with you again(...)»

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