terça-feira, 4 de novembro de 2008

A Essência


“O que não se vê, apenas se revela a quem saiba procurar dentro de si”!

É deste modo que o Menino Triste se questiona e parte numa demanda em que se propõe encontrar a essência da arte! Em que vai tentar encontrar a inspiração necessária para criar, também ele, algo que dignifique, ou melhor, transmita a essência do belo, daquilo que realmente pode interessar! Do que acrescenta, do que se torna imortal!
Creio que a essência, da arte, do belo, da vida afinal, é algo que nos pode tornar maiores, será mesmo a única coisa que nos pode tornar inteiros, porque é lá que reside a verdade, não aquela com que quotidianamente procuramos lidar e que passa por ser a que cada um de nós tem à sua frente, mas a outra, a verdadeira, a verdade verdadinha, a que nos faz ser mais que meros autómatos, que simples conjuntos de moléculas andantes.
Se calhar é nessa busca, nessa procura constante, nessa demanda interminável, que muitos aspiram, mas muito poucos alcançam, que se consegue, no fim de tudo, realizar as obras máximas, as mais belas conquistas de uma humanidade que teima em perder-se a si própria. O belo torna-se, naturalmente, efémero, porque não sabemos, ou não conseguimos, absorvê-lo com a interioridade e com a grandeza que ele merece, na sua essência!
Por isso, tal como nos alerta o Menino Triste, é necessário e fundamental que a primeira busca se faça dentro de nós! Diria mais, é essencial que assim seja!

2 comentários:

Unknown disse...

Francisco:
Que belo texto!
Com leitores assim, O Menino Triste só se pode continuar a sentir (muito) feliz.

Espero que os leitores de "Na Terra do Nunca", possam de igual forma sentir o que o Francisco conseguiu apreender, ao lerem a história.

Pan disse...

Obrigado João! Foi inspirado no Menino Triste que, afinal, também sabe ser feliz!