segunda-feira, 5 de maio de 2008

Utopias


Não sou por uma sociedade que valorize, cegamente, o mérito. Sou antes por uma sociedade que o não faça, simplesmente por não ser necessário.
Quero ser por uma sociedade de iguais, por uma utopia forte que nos possa guiar os passos numa direcção mais justa, em que não seja preciso ultrapassar, competir, pisar!
Sou por uma utopia que nos possa fazer felizes, a todos e não apenas a uma qualquer meia-dúzia de eleitos só porque detêm algum tipo de poder. Quer seja por mérito, por herança, por falta de escrúpulos, ou tudo isso somado. Poder injusto, já se sabe, porque alguém irá ficar para trás, alguém vai perder, alguém não teve o mérito de conseguir usar, a seu belo prazer, as benesses de um capitalismo desenfreadamente selvagem que vai vingando por aqui. Alguém que não quis espezinhar, alguém que compreende compaixão, solidariedade, partilha, alguém que ousou dar a mão a alguém!
Sou por uma utopia que não nos obrigue, apenas, a aceitar aquilo que nos rodeia. Sou por uma utopia que nos deixe dizer: Não vos inquieteis! É apenas a realidade que se engana!

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