segunda-feira, 26 de maio de 2008

Músicas...


Ontem, ao ouvir outras músicas que, aparentemente e só aparentemente, não tinham nenhuma ligação, lembrei-me dos anos 80. De músicas que me embalaram os sentidos nesses anos. De sons novos, mas, ao mesmo tempo, com uma ancestralidade própria de muitos caminhos percorridos, de muitas histórias feitas. Sons que me chegavam do interior da terra, de um país que é o nosso. Sons refeitos, com outras roupas, mas cheirando ao cheiro da terra molhada, dos campos ensolarados, das novidades que, afinal, nos são tão próximas, tão chegadas, tão nossas conhecidas!
Dessas tão doces e marcantes melodias me relembrei ontem, me chegaram outra vez, fazendo com que um sorriso de lembrança me aflorasse os lábios e uma suave recordação me voltasse a percorrer os sentidos.
Falo de António Pinho Vargas, do seu quarteto, de José Nogueira, Mário e Pedro Barreiros e dos seus discos imortais de 83, 85 e 87: Outros Lugares, Cores e Aromas e As Folhas Novas Mudam de Cor. Falo de músicas e de espectáculos que vi. Falo de emoções únicas, de sentidos à flor da pele. Falo daquilo que nos marca e que nunca nos deixa. Daquilo que vale a pena, mesmo que, por vezes, pareça adormecido, numa lenta, mas doce, hibernação.

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