quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Os detentores da Verdade


Há por aí alguns detentores da verdade, provavelmente muitos, certamente demais!
Daquela verdade que não admite dúvidas, que não (re)conhece interrogações, que é tão grande como o ego que a comporta, como um balão inchado, possivelmente deformado, definitivamente errado!
Mas, os detentores da verdade não o sabem, nunca o saberão, porque há arrogâncias que não se permitem olhar para os lados, muito menos para baixo e não sabem, claro, como olhar para cima. São ícaros cegos, a quem nunca explicaram a essência e, sobretudo, a consistência das ceras que os suportam.
As verdades que os sustêm são-lhes preciosas, únicas vontades que lhes valem e por isso vão subindo sempre, soberbamente vão-se aproximando do Sol e nunca lhes cheira a queimado, mesmo quando as labaredas os começam a consumir, mesmo quando começam, inapelavelmente, a cair, mesmo quando forçam, debalde, uma nova subida. Não se apercebem, nunca, da verdadeira mentira em que viveram mergulhados. Porque, como disse um antigo pensador, só nos revelamos, verdadeiramente, quando conseguimos conhecer (e reconhecer) a nossa ignorância!

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