sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
29 de Fevereiro
Hoje é um dia raro. Um dia que nos visita poucas vezes, que se faz dificil, que não gosta de aparecer, que se esconde entre as folhas do calendário e que só espreita de 4 em 4 anos. É um dia timido talvez, brincalhão, recatado. Mas é também um dia que faz crescer os anos, que nos dá mais horas, que nos aumenta a longevidade, que nos sorri quando aparece, que aumenta o mês mais pequeno, que faz estender o Inverno.
É um dia raro e único, um dia que deve ser aproveitado, desfrutado, gozado ao limite, fruído em todos os seus minutos. Um dia para ser vivido com sorrisos, para ser, se possível, lembrado.
Afinal, um dia como todos os outros!
É um dia raro e único, um dia que deve ser aproveitado, desfrutado, gozado ao limite, fruído em todos os seus minutos. Um dia para ser vivido com sorrisos, para ser, se possível, lembrado.
Afinal, um dia como todos os outros!
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Reininho 53!
Será que Rui Reininho se descreveu assim?
«Faz impressão o trabalho que se tem em se ser superficial
Faz-me impressão o baralho o vulgar e o intelectual
Sinto depressão conforme perco tempo essencial
Sofro uma pressão enorme para gostar do que é normal
Deixo tudo para mais logo não sou analógico sou criatura digital
Tendo para mais louco não sou patológico sou como o papel vegetal
Faz-me impressão ser seguido imitado por gente banal
Faz-me um favor estou perdido indica-me algo fundamental
Acho que o que gosto em mim o que me motiva é uma preguiça transcendental(...)»
Se foi acho-o muito próximo do original. Faz-me bem ouvir o Reininho, ouvi-lo desbragado, cantando as músicas que os GNR tão bem nos oferecem. Ouvi-lo dizer as coisas que outros calam, talvez por não as saberem dizer. Mesmo quando confessa uma preguiça transcendental. Mesmo porque preferimos uma fotocópia genuína a um original desbotado. Mesmo quando se chega aos 53 anos e a rebeldia não sendo jovem, continua irrequieta!
Viva o Benfica!
É bem verdade que, nos últimos tempos, as coisas não nos têm corrido de feição. É bem verdade que, nos últimos tempos, temos mais razões para andar de beiço caido. É bem verdade que, nos últimos tempos, o vermelho tem andado muito desmaiado.
Mas, também é verdade que a história tem muitos mais anos que os últimos tempos e que o futuro, esperamos, será feito com o renovar dessa verdade!
Hoje, apesar da tristeza do jogo de ontem, estamos em festa. Hoje fazemos 104 anos. Hoje continuamos a ser o maior clube português. Hoje continuamos a ser o clube com maior palmarés, com a história mais rica, com maior alma!
E iremos, sem dúvida, continuar a voar mais alto!
Viva o Benfica!
Moita, drácula, Flores !
Este senhor, que já foi policia, que se auto-convenceu que é escritor e argumentista, que parece ser presidente da Câmara de Santarém e que passa os dias na SIC a comentar casos de policia, teve honras de noticia no D.N. do passado dia 20 de Fevereiro. Rezava assim:
«O caso do desaparecimento da menina inglesa Madeleine McCann vai ser retratado numa série de televisão. Francisco Moita Flores é o responsável pela escrita desta produção. (...)»
E assim se revelou, finalmente, o que é este senhor, um vampiro!!!!
Do fim da rua ao fim do Mundo!
Habituei-me, desde há 20 anos, a ouvir e a respeitar aquilo que a TSF- Rádio Jornal me ia dizendo ao longo das suas emissões. Como ouvinte assíduo de rádio, com muitas horas gastas na Rádio Comercial (sobretudo no FM) pré legalização das chamadas rádios locais, gostei do surgimento da TSF e tornei-me, convictamente, seu ouvinte. Comecei a parar, todos os dias, no 89.5. Era estimulante a troca de ideias, o brotar de novas formas de fazer rádio, de dar noticias, de debater a sociedade. A música não era a sua prioridade mas, mesmo assim, nunca esteve esquecida. Foi, dizem os entendidos, uma nova escola de rádio, de jornalismo. Depois foi sofrendo as dores de crescimento e decaiu um pouco, outras estações lhe foram roubando protagonismo, muitos ouvintes deixaram de lhe ser, completamente, fiéis, tal como eu.
Hoje já não é o que foi, mas, tal como diz o seu spot, a TSF nunca deixou de ser uma paixão de rádio ! E, na verdade, tudo o que se passa, continua a passar na TSF! Parabéns por estes 20, excelentes, anos!
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Grammys? Ou música?
Estive ontem a ver (só um pouquinho) os Grammys na RTP2 e, desculpem-me a fraca piada, não gramei nada! Acho (e lá vem o meu anti-americanismo primário) que só servem para a indústria discográfica americana ir dando palmadinhas nas costas de alguns artistas que, normalmente, não trazem nada de novo ao mundo da música. Ainda que por lá passem algumas mais-valias, a maior parte daquele espectáculo não acrescenta nada. Distribuem-se prémios aos amigos (e a alguns inimigos) que depois põem os bibelots numa prateleira lá de casa e acham-se os maiores quando, na verdade, em termos musicais mais não são de que fazedores de notas de banco e nunca de notas musicais.
A verdadeira música, os verdadeiros obreiros musicais, não vão em Grammys, vão em inspiração, em verdade, em música, não em ocos momentos de show-bizz tacanho, de milhões de dólares, mas de uma enorme pobreza criativa.
Depois de expulsar esta biliosa opinião já posso, em sossego, voltar a colocar os meus auscultadores e ouvir MÚSICA!
Indignação!
No Sol on-line de hoje:
«Mais de 600 crianças com menos de 14 anos recorreram no ano passado aos serviços do Instituto de Medicina Legal para perícias médico-legais por suspeita de abuso sexual, a maioria do sexo feminino(...)»
Não é, propriamente, novidade, mas de cada vez que leio uma coisas destas assalta-me uma indignação imensa. Uma vontade de fazer justiça pelas próprias mãos. Um desejo de formar milícias anti-pedofilia que acabassem com estes flageladores, com estas pessoas que não merecem, definitivamente, este título. A justiça dos tribunais não consegue resolver estas situações, como está por demais e infelizmente provado, mas temos que denunciar, informar, acabar com isto. Sou adepto, convicto, da castração quimica para esta gente e por pouco, muito pouco, serei adepto da pena de morte o que é, para mim, uma outra aberração, só que prefiro mil vezes um pedófilo morto a uma criança abusada!
«Mais de 600 crianças com menos de 14 anos recorreram no ano passado aos serviços do Instituto de Medicina Legal para perícias médico-legais por suspeita de abuso sexual, a maioria do sexo feminino(...)»
Não é, propriamente, novidade, mas de cada vez que leio uma coisas destas assalta-me uma indignação imensa. Uma vontade de fazer justiça pelas próprias mãos. Um desejo de formar milícias anti-pedofilia que acabassem com estes flageladores, com estas pessoas que não merecem, definitivamente, este título. A justiça dos tribunais não consegue resolver estas situações, como está por demais e infelizmente provado, mas temos que denunciar, informar, acabar com isto. Sou adepto, convicto, da castração quimica para esta gente e por pouco, muito pouco, serei adepto da pena de morte o que é, para mim, uma outra aberração, só que prefiro mil vezes um pedófilo morto a uma criança abusada!
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Óscares europeus
Não dou muita importância à atribuição dos óscares, pelo menos nas minhas próprias escolhas cinematográficas. No entanto, todos sabemos a relevância que estes prémios têm, sobretudo para a indústria norte-americana do cinema. Por isso é com um certo sorriso que vejo que os melhores actores do cinema americano são todos europeus!
Menezes o sindicalista!
No D.N. de hoje:
«Menezes apoia luta da CGTP e diz que será ponto de viragem
O líder do PSD afirmou ontem que a manifestação de dia 7, que inicia a Semana de Luta da Frente Comum, "marca o ponto de viragem irreversível na popularidade do Governo e na construção de uma mudança".»
Nem Carvalho da Silva o diria melhor!!!
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
In my life
George Harrison faria hoje 65 anos. Aqui lhe presto homenagem, como a presto à música, única, que os Beatles nos legaram e que nos continua a surpreender em cada dia.
Ainda há pouco ouvi uma fantástica versão de In My Life, dita por Sean Connery, uma coisa verdadeiramente memorável!
«There are places I'll remember all my life,
Though some have changed
Some forever, not for better
Some have gone and some remain.
All these places have their moments
Of lovers and friends I still can recall
Some are dead and some are living
In my life I've loved them all. (...)»
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Óscares
Agora que se aproxima mais uma noite de Óscares, apetece-me recordar aqui aquela que foi, para mim, a mais prazenteira cerimónia desses prémios. A noite em que o terceiro filme da trilogia do Senhor dos Anéis - O Regresso do Rei, ganhou 11 estatuetas, todas para que tinha sido nomeado. E, se a isso, juntarmos as que foram ganhas pela A Irmandade do Anel e As Duas Torres, este filme (divido em três partes,) ganhou um total de 17 Óscares! Nunca tal se tinha visto!
Mesmo que a quem, como eu, não atribua muita importância a estes prémios na escolhas dos filmes que mais gosta, não deixa de ser, no minimo, agradável ter visto reconhecida pela Academia a excelência do trabalho de Jackson sobre a obra prima de Tolkien!
Genesis 1968
Há 40 anos, um grupo de jovens músicos ingleses iniciava a sua carreira discográfica com a edição do seu primeiro single. Chamava-se The Silent Sun, tendo no lado B That's Me.
Esta nova banda era constituída por Peter Gabriel, Tony Banks, Mike Rutheford, Anthony Phillips e Chris Stewart, chamaram-se a si próprios Genesis e foram, durante anos (pelo menos até 1975), a melhor banda do chamado rock progressivo.
Do baú das minhas memórias, mas também da actualidade das minhas, recorrentes, audições, sai, mais uma vez, o prazer que só a boa música pode proporcionar.
Ai Portugal
No Público de hoje:
«SEDES alerta para crise social de contornos difíceis de prever
21.02.2008 - 23h00 Luciano Alvarez
Sente-se em Portugal “um mal estar difuso”, que “alastra e mina a confiança essencial à coesão nacional”. Este mal-estar e a “degradação da confiança, a espiral descendente em que o regime parece ter mergulhado, têm como consequência inevitável o seu bloqueamento”. (…)
E se essa espiral descendente continuar, "emergirá, mais cedo ou mais tarde, uma crise social de contornos difíceis de prever".
Este é um dos muitos alertas lançados pela Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (Sedes) - uma das mais antigas e conceituadas associações cívicas portuguesas -, num documento ontem concluído e dirigido ao país. (…)
Principais visados: o Estado, em geral, e os partidos políticos, em particular.
E para este "difuso mal-estar", frase que é o pilar de todo o documento, a Sedes centra-se em algumas questões: degradação da confiança no sistema político; sinais de crise nos valores, comunicação social e justiça; criminalidade, insegurança e os exageros cometidos pelo Estado.»
Sim, porque o que interessa aos portugueses é estarem a par dos futebóis, dos casamentos e separações dos pseudo-famosos que temos, das telenovelas vazias que as televisões vão passando, do que se passa em casa do vizinho e vamo-nos esquecendo do que é importante, daquilo que nos pode elevar enquanto pessoas. Aliás, parece que nos vamos esquecendo de que somos, efectivamente, pessoas, de que vivemos em sociedade e de que o nosso umbigo é igual ao do nosso semelhante!
Ai Portugal, Portugal!!!
Dúvidas clubísticas
Eu sou benfiquista desde pequenino. Sou também daqueles que acham que é possível mudar praticamente em tudo, excepto na dedicação clubística. Mas ontem, ao ver aquele descalabro exibicional em Nuremberga, fiquei com sérias dúvidas em relação a essa minha convicção!!!
Vá lá que, no final, pude reconfirmá-la!
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
(In) Justiças
É o Apito Dourado que nunca mais se resolve. A Casa Pia de quem ninguém tem noticias. Os pedófilos que nunca são castigados porque ninguém viu, ninguém sabe, ninguém se lembra. Os magistrados que ameaçam processar vitimas que os acusam (e bem) de nada resolverem. Os casos pendentes por anos e anos de tramitações legais mais lentas que um caracol ensonado. É esta a justiça que temos, ou não temos! É com ela que devemos contar para tornar este estado um verdadeiro estado de direito? Ou andamos só a brincar aos tribunais?
A justiça, apesar da venda, não tem que ser, obtusamente, cega! Nem surda, nem muda! E, já agora, também podia optar por uma boa balança de precisão!
Os detentores da Verdade
Há por aí alguns detentores da verdade, provavelmente muitos, certamente demais!
Daquela verdade que não admite dúvidas, que não (re)conhece interrogações, que é tão grande como o ego que a comporta, como um balão inchado, possivelmente deformado, definitivamente errado!
Mas, os detentores da verdade não o sabem, nunca o saberão, porque há arrogâncias que não se permitem olhar para os lados, muito menos para baixo e não sabem, claro, como olhar para cima. São ícaros cegos, a quem nunca explicaram a essência e, sobretudo, a consistência das ceras que os suportam.
As verdades que os sustêm são-lhes preciosas, únicas vontades que lhes valem e por isso vão subindo sempre, soberbamente vão-se aproximando do Sol e nunca lhes cheira a queimado, mesmo quando as labaredas os começam a consumir, mesmo quando começam, inapelavelmente, a cair, mesmo quando forçam, debalde, uma nova subida. Não se apercebem, nunca, da verdadeira mentira em que viveram mergulhados. Porque, como disse um antigo pensador, só nos revelamos, verdadeiramente, quando conseguimos conhecer (e reconhecer) a nossa ignorância!
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Museu Hergé
Este senhor chama-se Laurent de Froberville, tem 52 anos e é de nacionalidade francesa. Foi, durante 25 anos, secretário geral do Domaine de Cheverny. Duvido que seja, por aqui, muito conhecido. No entanto se dissermos que Cheverny é o palácio que inspirou Hergé a criar Moulinsart, alguma luz já se vislumbra e, porventura, já perceberemos melhor porque foi o escolhido para ser o futuro director do Museu Hergé que irá abrir em Maio do próximo ano na cidade belga de Louvain-la-Neuve.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Suzi Quatro
De repente, vinda de algum recanto das minhas mais profundas (e quase esquecidas) memórias, saltou esta senhora. Chamava-se, ou chamavam-lhe, Suzi Quatro (assim mesmo) e foi, durante alguns anitos, na passagem da infância para a puberdade (com o arribar da borbulhagem), uma figura incontornável nas minhas audições musicais. Inserida na corrente a que se chamou glam rock, Suzi Quatro foi considerada como a primeira mulher que conseguiu desbravar o mundo do rock mais pesado, já que, ela própria, liderava a banda que a acompanhava. Passado pouco tempo comecei a descobrir outros mundos musicais e a Suzi ficou-se pelo caminho, mas é curioso como, ainda hoje, me consigo lembrar de temas como 48 Crash, Daytona Demon ou Can The Can e de como me apercebo da sua importância na minha emancipação musical.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Discos da Década (90)
Ano: 1990
Autor: The Divine Comedy
Nome: Fanfare for the Comic Muse
Com este disco cheguei aos 50 discos da década e por aqui ficarei. Não são, decerto, os melhores 50 discos dos últimos 40 anos. Nunca pretendi que assim fosse. São 50 escolhas, de entre muitas outras que poderia ter feito, que me ajudaram a gostar de música, a senti-la muito para além da mera audição. Que me acompanham hoje e acompanharão amanhã, nas estradas que vou percorrendo. Disse um dia por aqui, que já tinha comigo todas as músicas de que gostei e de que virei a gostar. Estas são algumas delas e mesmo que, apesar do dito, algumas outras surjam e se juntem a nós, estes 50 discos são-me fundamentais, estas centenas de músicas fazem, também, parte da minha história.
Termino com este disco que foi o inicio da caminhada de uma banda/autor que se veio a revelar como um dos mais fundamentais criadores de sonoridades e sorrisos sinceros que a música popular nos ofereceu.
Como ele diz ali: «I hate unhappy endings, and there doesn’t have to be one!»
Sócrates
Em 399 a.c., Sócrates (o grego) ingiria a cicuta a que o tinham condenado. Uma das ideias que marcaram o seu pensamento ficou cristalizada pela célebre frase "Só sei que nada sei!"
Outro Sócrates (o português), pelo contrário, parece pensar que tudo sabe, talvez por isso se vá mantendo vivo.
Aparentemente!
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
A(s) realidade(s) colorida(s)
Dizem-nos que é vermelha quando alguns de nós vimos, perfeitamente, que é amarela, ou até laranja! Quantas tonalidades terá a realidade que nos cerca? Quanto olhos a vêem exactamente como está pintada? Será que a realidade é, mesmo, real? Ou estará mascarada consoante as suas necessidades, vontades ou eventualidades? Estará certa daquilo que é? Ou estará meramente equivocada, enganada nos seus desígnios, perdida nas suas finalidades?
Será que a queremos, realmente, ver como se nos apresenta, ou nós próprios a pintamos conforme nos convém? Será que nela acreditamos ou a tomamos como mero acessório das nossas conveniências. E será que hoje vemos vermelho onde ontem estava amarelo?
Existirá mesmo uma realidade concreta, ou tudo serão visões de quem por ela vai passando?
No mundo globalizado, como pretendemos que o de hoje seja, estamos preparados para encarar a vida todos da mesma maneira? É necessário que isso aconteça? Vamos reduzir a paleta a uma infeliz pobreza cromática?
Porque não deixar que a vida nos dê as cores que mais desejamos? Porque não pintamos a terra de acordo com o nosso gosto?
Porque não continuamos a combater os moinhos de vento???
S. Valentim
Hoje é dia de S. Valentim, tal como ontem foi o de S. Gregório e o amanhã será o de S.Faustino. Dizem-nos também, de há uns anos para cá, que este dia é o dia dos namorados, como se os ditos necessitassem de ter um dia para se comemorarem.
Numa pesquisa rápida sobre este S. Valentim saltou a seguinte noticia:
«De entre várias lendas, salientam-se duas:
•a primeira apresenta São Valentim como um mártir que se recusou a abdicar da fé cristã que professava, em meados do séc. III;
•a segunda defende que no séc III, o Imperador Romano Claudius II teria decretado a nulidade e proibido os casamentos, com o intuito de angariar mais soldados para as suas frentes de batalha. Valentim, um sacerdote da época, teria violado o decreto imperial, realizando casamentos em segredo. Assim, Valentim teria sido preso, torturado e condenado à morte por violar a lei. Tendo sido executado exactamente num dia 14 de Fevereiro.(...)
São Valentim, além de proteger os namorados, é patrono dos Apicultores, e também é invocado contra a Peste.»
O resto não é mais que a lei do mercado a fazer das suas!
(Nota: Entre namorados e apicultores ainda encontro alguma coincidência melosa, agora peste???!!)
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
O(s) Inferno(s)
Ao que parece, o Papa Bento XVI reafirmou a existência do Inferno. Depois da Igreja Católica ter posto de parte, há algum tempo atrás, a ideia do Purgatório, eis que o seu mais importante representante (na Terra) nos volta a assustar com a existência comprovada(?) do Inferno!
Mas o senhor tem razão! O Inferno existe mesmo! Existe em todos os lugares onde há fome, lágrimas, morte, desespero, guerra! Onde o Sol nunca brilha, onde as crianças não são felizes, onde os homens e as mulheres não vivem com a dignidade que merecem e necessitam! O Inferno não é, de facto, só uma ideia, é uma realidade concreta que a própria Igreja ajudou a criar!
Já agora e por simples curiosidade, hoje passam 375 anos que Galileu foi preso pela Santa Inquisição!
58 anos
É uma recorrência neste espaço, tal como tem sido nos últimos 30 anos nas minhas referências musicais. Peter Gabriel é um nome, uma voz, uma música intransponível nas minhas dedicações melódicas. Desde os seus tempos de Arcanjo Gabriel, quando os Genesis nos transportavam para paisagens únicas, até aos dias de hoje, mantendo sempre uma versatilidade insuperável, uma capacidade de encantamento que só ele conhece e nos oferece.
Happy Birthday dear Peter!
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Da(s) Literatura(s)
Entre os pivots dos telejornais da RTP e da SIC, houve sempre uma atitude competitiva, senão completamente expressa, pelo menos muito latente. Hoje, alguns desses antigos adversários encontram-se na mesma casa, mas outros há que se mantêm fiéis à sua estação.
Também no mundo dos livros, dois desses jornalistas se confrontam. Dito assim parece que estão em competição por melhores resultados, por mais leitores, embora, no fundo, não creia que isso suceda efectivamente. O que se passa é que dois dos rostos mais conhecidos daquelas estações são, também, escritores. E se José Rodrigues dos Santos é um campeão de vendas, tendo os seus livros originado várias edições e muitos milhares de exemplares vendidos, já Rodrigo Guedes de Carvalho tem sido mais comedido nesses aspectos. E só nesses aspectos! Por que em termos literários não são comparáveis. Rodrigo Guedes de Carvalho escreve com alma, com garra, com suor e raiva, mas também com beleza, com a subtilidade própria dos artesãos da palavra, dos contadores de histórias que vão ao fundo das almas das suas personagens e as tornam mais humanas, mais próximas de nós, maiores que a vida que nos mostram.
Não quero, contudo, menosprezar o José, quero, apenas, realçar o Rodrigo, a sua escrita refinada, de filigranas rudes, de diamantes brutos mas muito belos. Na senda de alguma literatura portuguesa que faz gala em desmontar as suas próprias personagens, com uma linguagem que, sendo comum, passa muito para além da factualidade.
Acabei há poucos dias de ler Canário, o seu mais recente romance e já comecei a ler um outro. E penitencio-me por não ter acreditado há mais tempo neste ESCRITOR. Rodrigo Guedes de Carvalho é um verdadeiro contador de histórias que mexem connosco, que nos sobressaltam e fazem pensar. E sabe mexer nas palavras, dar-lhes a medida certa, colocá-las no sitio exacto, na altura precisa.
Não é um debitador, é um verdadeiro criador. Assim dá gosto ler, assim dá gosto ser abanado, assim se faz literatura!
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