sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
No Éden
Dele ainda guardo um bilhete. Não de algum filme que lá tivesse ido ver, e foram vários, mas sim da última vez que lá estive. Dessa vez visitei-o de alto a baixo, vi coisas que não eram permitidas a quem ia simplesmente ver um filme. Vasculhei-o, olhei todos os pormenores e fiquei fascinado com o seu interior, com tudo o que guardava, com as suas inúmeras portas, salas, segredos, enfim com o seu coração. Foi exactamente antes de o destruírem. Foi quando celebraram o seu autor, Cassiano Branco.
Depois do esventrarem, criaram-lhe uma megastore da Virgin, que também não durou muito. Agora é uma loja do cidadão, acho que também é um hotel, até lhe plantaram palmeiras na fachada!!! Mas já não tem a aura que teve, a beleza que projectava, a sala escura que maravilhava. Essa era, certamente, a imagem de uma outra Lisboa.
Bom fim de semana!
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