quarta-feira, 9 de julho de 2008

A Odalisca da BD


Como decerto já perceberam todos os que por aqui passaram, ou vão passando, a banda desenhada é uma das minhas manias. Tenho um gosto, agradavelmente, exacerbado e maníaco pelo Tintin, como tenho por muitas outras BDs clássicas, bem como por algumas mais recentes.
Mas neste grande universo das histórias desenhadas, tenho uma falha. Raros foram os autores portugueses que me prenderam verdadeiramente. Confesso que tenho um enorme desconhecimento quanto ao que se fez e faz em Portugal. Conheço, pelo menos de nome, alguns históricos, como Eduardo Teixeira Coelho, o Fernando Bento ou o José Ruy, entre outros, mas não lhes sei reconhecer, indubitavelmente, o traço.
Recentemente, ali por volta da segunda metade da década de 80, conheci uma nova banda desenhada portuguesa. Uma série que tinha como herói, ou anti-herói, um personagem sui generis de nome Jim Del Mónaco. Feitas na perspectiva das aventuras em ambientes exóticos, como era uso em meados do século XX, estas histórias tinham a particularidade de apostarem num humor corrosivo e muito eficaz, aliando a isso um traço muito interessante e atractivo. Cheguei a conhecer, e a conviver, com os seus autores, Luís Louro e Tozé Simões. Se bem que o argumentista tenha desaparecido destas aventuras, Luís Louro consagrou-se e hoje é, sem dúvida, uma das primeiras figuras da bd portuguesa, tendo partido já para outras séries, como por exemplo O Corvo.
Quanto a mim, conheci e gostei (gosto) desta nova banda desenhada portuguesa, aliás tenho todos os livros autografados e muito boas recordações destas leituras.

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