sexta-feira, 18 de julho de 2008

Férias


Vou ali e já volto.
Até Agosto!

O futuro foi ontem


Os Duran Duran surgiram numa altura em que, já numa fase tardia da adolescência, eu não gostava de alinhar pelos padrões comummente aceites pela maioria dos meus contemporâneos. Aliás, ainda hoje, pelo menos em termos culturais, sou um bocadinho assim, embora já saiba aceitar melhor as necessárias diferenças.
Naquele caso não alinhei e achava os Duran Duran como os elementos mais acabados do pior mainstream possível! Cada vez que eles apareciam lá fechava os olhos e os ouvidos o mais rapidamente possível.
No entanto e como já referi, vamos crescendo e vamo-nos tornando, às vezes, mais abertos às outras vozes, compreendemos que o mundo tem muitas nuances e, normalmente, temos menos dificuldade em percebe e admitir que errámos.
Agora já ouço Duran Duran com outro gosto, aliás também é norma dos que vão envelhecendo, saber tirar um particular sabor daquilo que lhes relembra idades já passadas.
Hoje passei por aqui e lembrei-me então de que esta foi a única música dos Duran de que gostei à primeira audição. Talvez por ter sido um fracasso junto do seu público! Talvez porque os Duran também tenham sabido envelhecer e tenham deixado para trás aquela onda a que chamávamos futurista e tenham resolvido deixar que o futuro lhes traga, apenas, boas recordações!

BAD


Os anos 80 foram pródigos em grandes canções, afinal um pouco como todas as décadas. Até aí a divulgação era feita sobretudo através das rádios, nesses anos surge a MTV e a voragem da mediatização tem o seu verdadeiro inicio! Nada ficou como dantes. A música começou a entrar, mais fácil e decididamente, em nossas casas.
Muitas bandas surgiram, muitos novos músicos apareceram e desapareceram num espaço de poucos meses. Outros mantiveram-se fortes e ainda hoje continuam a dar cartas. Muitos continuam a cumprir as saudades daqueles que, de alguma forma, os idolatraram. A sua memória, pelo menos, ficou viva e ainda hoje se continuam a deixar ouvir.
Mick Jones, antigo membro dos revolucionários Clash, depois do desaparecimento destes, formou uma outra banda, Big Audio Dynamite. No nosso país nunca conseguiu grande projecção, aliás, creio que o mesmo se passou um pouco por todo o lado. No entanto, os BAD, como também eram conhecidos, deixaram-nos alguns bons momentos. Há já muito tempo que não me lembrava deles, mas ontem aconteceu, e lembro-me de que gostava sobretudo desta música V-Thirteen e deste teledisco.

Cartaz TV (24)


A política pode ser uma actividade excitante, viciante, exaltante. Os políticos têm artes e manhas que nos fogem a nós, comuns mortais. É verdade que muitos têm aquela aura de demagógicos ou mesmo mentirosos, que não olham a meios para atingirem os seus fins, quantas vezes de menos claros contornos. Mas, no modelo de sociedade que temos, o que seria de nós sem eles e sem aqueles que, de facto, se interessam e pugnam pela causa pública.
A BBC, mais uma vez, com a excelência que se lhe reconhece, desmistificou esta(s) actividade(s), desconstruiu esta(s) realidade(s) e tendo por mote o mais fino humor, tão característico das gentes daquelas ilhas, ofereceu-nos uma série brilhante, Yes Minister!

Ódios de Estimação (45)


Sobretudo nos Estados Unidos, mas, infelizmente não só, há muito o hábito de certas cantoras serem consideradas como divas desta arte. Normalmente essa designação, que tem algo de superlativo, só é feita, digo eu, tendo em conta os interesses de algumas companhias discográficas de peso.
Essas divas têm, por norma, boas capacidades vocais, para além de outros atributos que, de alguma forma, as projectam nos imaginários de quem as consome.
Eu cá acho apenas que, cada vez que cantam, só vêm denegrir a imagem daquelas que, verdadeiramente, o sabem fazer, até porque em cada canção mais parece, na grande maioria dos casos, que essas senhoras estão a sofrer horríveis crises de cólicas intestinais, tais são os gritos desesperados que costumam emitir!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Voltou!


Afinal ele lá voltou e trouxe o (ai)mar!!!!

Lou Reed


Confesso que não conheço Lou Reed muito bem. Conheço até bastante mal. Quer dizer, sei que é uma figura incontornável da música contemporânea. Conheço as suas canções que toda a gente trauteia, Just a Perfect Day e Take a Walk on the Wild Side. De qualquer forma a sua figura é-me, sem dúvida, algo fascinante. O seu mau feitio é lendário, a sua cara fechada também, bem como a sua faceta de génio encerrado sobre si próprio. Não consigo opinar se realmente é assim, objectivamente não sei, mas sei que tenho um disco seu, chama-se New York e se bem que não se coadune com as minhas discografias de eleição, posso afirmar, sem errar, que é das melhores coisas que a música norte americana me ofereceu!

Cartaz TV (23)


Creio que todos nós gostamos de frequentar um daqueles lugares onde a boa disposição, a conversa agradável, as novidades, e as caras conhecidas são uma constante.
Durante 275 episódios, distribuídos por 11 temporadas, foi possível visitar esse lugar.
Chamava-se Cheers e, de facto, deu-nos tudo aquilo que atrás referimos, em doses maciças!
Foi uma das mais divertidas sitcoms norte-americanas alguma vez produzidas. Ted Danson, Shelly Long, Kirstie Alley, Woody Harrelson, foram alguns dos nomes que mais conhecidos ficaram graças a Cheers.
Baseado num bar real existente em Boston, que se chama Bull & Finch Pub, este foi um lugar único onde todos nós, que o gostávamos de frequentar, nos sentíamos, verdadeiramente, bem. Era com muito agrado que todos os dias participávamos no uníssono Norm que pontuava a entrada no bar do actor George Wendt. Como dizia a canção do genérico, aquele era mesmo o sitio where everybody knows your name!

Ódios de Estimação (44)


Não será o único culpado pelo estado a que chegou o futebol português, mas, que diabo, é o presidente daquela coisa que, supostamente, dirige os seus destinos!!!
E depois com este arzinho... tá bem tá!!!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Tanto (ai) mar!


Ó Rui, lembra-te do O’Neill !
Aimar, Aimar, há ir e [não] voltar!!!!

Ódios de Estimação (43) [o tuga]


Tenho a perfeita noção de que as generalizações valem o que valem, ou seja, muito pouco. Mesmo aquelas que se dizem baseadas em estudos, têm muitas lacunas e não são, normalmente, isentas de incorrecções. No entanto, hoje, apetece-me generalizar e o que vou dizer até acaba, creio eu, por ter alguma razão.
O português típico é o rei do desenrasca! Do desenrasca e da tentativa de enganar o próximo! Não há ninguém, ou quase, que nunca tenha pensado na possibilidade de passar a perna ao seu semelhante. Estamos sempre a magicar aquela hipótese de fugir ao imposto, de não pagar aquela conta, de poupar uns cêntimozitos naquela compra, mas tudo, sempre tudo de forma pouco clara. E o mais engraçado é que depois fazemos gala nisso e aproveitamos para o clamar no nosso círculo de conhecidos e, espanto dos espantos, os outros não ficam indignados pela falcatrua! Ficam é estupefactos por não terem tido a mesma esperteza!
E então surge também o desenrascanço! O português não planeia! Desenrasca! Não previne! Remedeia! Tudo resolve é certo, mas nunca resolve segundo os trâmites normalizados, tem sempre de dar mais umas voltas, fazer mais umas piruetas, porque seguir as normas é para os totós! Pagar os impostos é para os parvinhos! Respeitar os outros é sinónimo de menoridade!
De desenrascanço e da esperteza saloia vamos vivendo, pena é não conseguirmos ter a noção de que assim nunca mais sairemos da cauda da Europa!
Mas cá vamos andando, cantando e rindo, outra vez!

CPLP


No DN de hoje:

«Venezuela, Ucrânia e Croácia querem ser da CPLP
Subitamente, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa tornou-se um clube muito requisitado. Há dois anos, a Guiné Equatorial e o Maurício entraram, com o estatuto de países associados. Este ano, será a vez do Senegal. Na lista de espera, estão países do Leste e América Latina(…).»

Logo, falar português não é factor determinante para ser membro. Aliás, tal facto até nem é, na verdade, novidade nenhuma!
E já agora, para que serve exactamente a CPLP ?

Cartaz TV (22)


É daquelas coisas que não precisa de grandes comentários! Basta vê-los uma vez uma vez para se perceber tudo! O sarcasmo inteligente, a ironia bruta, a boçalidade única, a bestialidade imparável, mas, sobretudo, a grande e inigualável capacidade de desmontar e desmistificar o politicamente correcto!
Os Simpsons são tudo aquilo que não desejaríamos ser, mas, por outro lado, mais não são do que um espelho fiel da nossa sociedade. Eles existem mesmo e são, de facto, amarelos. São simpaticamente desprezíveis, atraentemente horríveis e asquerosamente deliciosos!
Eu cá adoro-os!!!

Ódios de Estimação (42)


O Coisa está cada vez mais parecido com os zombies do seu tele disco mais famoso!!!

terça-feira, 15 de julho de 2008

Os livros viajantes


Os livros não devem estar fechados. Nem literalmente fechados, nem fechados a sete chaves numa qualquer biblioteca.
Os livros devem respirar e fazer respirar. Devem ser livres e tornar livre quem os lê!
Os livros têm asas, tem rodas, planam ao sabor dos ventos e levam-nos com eles.
É por isso que sorrio quando me lembro das bibliotecas itinerantes do antigamente, que a Gulbenkian fazia deslocar por muitos sítios. É por isso que sorrio ainda mais quando sei que, ainda hoje, esse modo de levar e trazer conhecimento, sabedoria, entretenimento, imaginação, continua por aí a rodar nas nossas terras.
Cada livro que se deixa ler, cada palavra que passa do livro para o leitor é uma vitória certa nesta luta pelo belo e pelo imperecível.
Que os livros nunca deixem de viajar!

A História é repetitiva


E lá continuamos com estas novelas de enredo mexicano em cada pré época!
Ainda o tipo não veio e já estou farto dele! Dele, dos jornais que não falam de outra coisa e de ver o Glorioso a fazer figura de tolo, continuamente!
Vamos lá ver se a este também não lhe bastam 5 minutos para ficar à beira Douro!

A Ronda da Noite


Rembrandt nasceu há 402 anos.

Cartaz TV (21)


É das primeiras imagens que me ocorre quando me lembro da televisão na minha infância. Um mapa semelhante a este a ser consumido pelas chamas, ao mesmo tempo que uma música cavalgada se faz ouvir e nos surgem uns cow-boys a cavalo que se vão aproximando a sorrir.
Esses cavaleiros eram Ben Cartwright e os seus filhos Hoss (o grandalhão) e Little Joe (o mais pequeno), creio que ainda havia um outro mas já não me lembro bem.
A Ponderosa era o nome do seu rancho e as aventuras eram, como está bem de ver, passadas em redor deste rancho e das cidades mais próximas, Reno, Virgínia City e Carson City.
Confesso que não me lembro melhor dos conteúdos, mas tenho uma ideia bem concreta do genérico e dos protagonistas. E sei também que Bonanza é, sem dúvida, uma das minhas referências televisivas mais antigas.

Ódios de Estimação (41)


Este post devia ser escrito da mesma forma que os profissionais do sms, chats, mails, etc, o fazem. Ou seja cheio de palavras novas, mascaradas, abreviadas, adulteradas.
Felizmente (ainda) não sei escrever assim. Acho que não quero saber, embora não possa prometer nunca o fazer.
Possivelmente um futuro acordo ortográfico irá incluir todos estes novos termos, todas as adulterações criminosas, digo eu, que fazem na nossa língua.
Os mais jovens escrevem hoje muito mais do que nós fazíamos, mas nós sabíamos escrever, ou esforçávamo-nos para isso. Hoje o único esforço que fazem na escrita é para reduzirem ao máximo a quantidade de letras que utilizam. A vida é muito mais rápida, é certo, mas quando descobrirem que uma das maiores riquezas que se pode alcançar é ter tempo, provavelmente já o perderam definitivamente.
Escrevam com calma e, já agora, utilizando todas as letras devidas!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Cartaz TV (20)


Foi a primeira produção destinada a crianças que me lembro de ver na televisão. O Carrossel Mágico era, na verdade, uma autêntica magia, quando, lá por finais dos anos 60, o podíamos apreciar na RTP.

Ódios de Estimação (40)


Esta inconstância permanente que faz com que os preços dos combustíveis estejam, SEMPRE, a subir. Não sei se será esta a solução, mas já não me admiro nada!

Mais Gabriéis (2)


Ainda a propósito do facto de Peter Gabriel ter sido pai a semana passada, deixo aqui mais uma foto sua com a filha mais velha, Anna, na altura com poucos meses, aquando da primeira passagem dos Genesis por Portugal, em Março de 1975.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Mais Gabriéis


Neste espaço não costumo fazer crónica social ou de costumes. Mas, como gosto tanto deste senhor, não quis deixar de partilhar esta, tão bonita, noticia:

«O músico Peter Gabriel foi pai pela quarta vez aos 58 anos. Este é o segundo filho do ex-Genesis com a mulher Maebh Flynn, de quem tem Isaac de seis anos, noticia o jornal Daily Mail.
O músico tem ainda duas filhas do seu casamento anterior com Jill Moore, Anna de 33 anos e Melanie de 31.(...)»

Parabéns Peter!!! E a toda a família, claro!

As melhores birras do mundo!!!


Nas noticias:

«(…) Blatter acusou, ontem de manhã, o Manchester United de não respeitar a vontade do jogador e de tratar Ronaldo como um "escravo dos tempos modernos"(…)»

Se Spartacus ouvisse estas declarações havia de se revoltar outra vez!
Revoltar-se contra esta utilização abusiva de palavras, esta utilização extra abusiva de ideias que não se coíbem em ridicularizar, ou pior, desrespeitar o sofrimento, o verdadeiro sofrimento de ser uma não pessoa! De não ter direitos, de ser considerado abaixo de coisa!
Cristiano Ronaldo é, só, o mais mediático jogador de futebol do planeta. Isso retira-lhe alguma privacidade, algum descanso, dá-lhe alguns problemas, atribulações? Pois deve dar! Mas dá-lhe também tudo aquilo que uma desmedida ambição material pode dar!
Chamar escravo a este senhor é troçar daqueles que nada têm, daqueles que têm fome, não têm trabalho, não têm casa, não têm vida!
Chamar escravo a este senhor é não viver neste mundo, não saber das injustiças, não olhar as verdadeiras misérias que por aí proliferam.
Chamar escravo a este senhor é não ter noção do que se passa à nossa volta, é não ter respeito pelas pessoas que sofrem, pelas pessoas que lutam por sobreviver, pelas pessoas que perseguem a dignidade que, também estes senhores, lhes negam constantemente!
O menino faz birra este senhor apressa-se a dar-lhe um chupa!
Já não há pachorra para o melhor do mundo! Que assim só consegue provar que é, de facto, o melhor do mundo na mais rasteira parvoíce!

Cartaz TV (19)


Herman José foi, sem dúvida, um dos grandes obreiros da boa gargalhada no nosso país. É com alguma mágoa que utilizo aqui o pretérito. Porque me parece evidente que já não é!
Passámos alguns bons anos a rirmos com aquilo que o Herman nos oferecia. Desde os improvisos da Roda da Sorte, passando pelo Tal Canal, pelas Hermanias, o Humor de Perdição, o Casino Royale, a Herman Enciclopédia, entre outros, tivemos muitos momentos de enorme boa disposição. Com bonecos tão genuinamente divertidos como o Tony Silva, o Serafim Saudade, a Maximiniana, o Estebes, o diácono Remédios. Acompanhado de uma equipa, também ela de excelência invulgar, Herman tornou este país menos cinzento, alegrou-nos as horas e deu-nos frases que passámos a repetir exaustivamente.
Está agora, infelizmente (?), numa fase descendente. Talvez ressurja um dia, ou talvez não. Mas o que interessa realçar é que foi ele que reinaugurou o riso neste país. E por isso, só por isso, merece ser recordado, ou melhor, merece que continuemos a sabê-lo de cor! É essa a nossa nechechidade!

Ódios de Estimação (39)


Ao que julgo saber esta senhora já foi professora, mas um dia parece que viu uma luz qualquer e tornou-se vidente, começou a adivinhar o(s) futuro(s), a lançar cartas, tornou-se taróloga!!! Deve ter previsto que o seu futuro ia ser diferente e acertou. Tornou-se mediática, começou a aparecer na televisão, a comentar isto e aquilo, a ser relações públicas de espaços de diversão nocturnos, etc., etc.
Até aqui tudo bem, acho eu! E daqui para frente também deve estar tudo bem. Ela, que sabe o que o futuro lhe reserva, decerto que não irá pôr o pé em ramo verde.
O que a mim me dá volta à serenidade é a certeza que põe nas suas conversas, como opina com uma certeza inabalável, como parece estar convicta de que aquilo que diz se vai tornar lei!É, sem dúvida, adepta do raramente me engano e nunca tenho dúvidas! E isso, no mínimo, e por paradoxal que pareça, revela uma insegurança muito grande ou então vem , apenas, confirmar que é mesmo bruxa!!!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

A magia de Alcobaça!


No CM :

«A Maior Metamorfose de Todos os Tempos’, prometida pelo mágico, desiludiu o público, que esperava que o ilusionista fizesse ‘desaparecer’ o monumento. O mágico, porém, apresentou um número de três minutos, em que se libertou de um colete de forças a 50 metros de altura.(…)
Luís de Matos garante que "nunca estaria disponível para fazer desaparecer o Mosteiro de Alcobaça" e que tal ideia não passou de um boato (…)
o presidente da Câmara, Gonçalves Sapinho, assumiu que o espectáculo – orçado em 180 mil euros – "esteve muito abaixo das expectativas" e diz-se "solidário" com o público(…)»

O que não parece haver dúvidas é que Luís de Matos demonstrou que é, de facto, um grande ilusionista, melhor, um grande mágico!!!
Fazer desaparecer, deste modo, 180 mil euros não está ao alcance de um qualquer aprendiz de feiticeiro!

Cartaz TV (18)


Robin Hood, Robin Hood, riding through the land,
Robin Hood, Robin Hood and his merry men…


Eram assim as primeiras palavras da canção que introduzia o genérico desta série.
Foi com ela que conheci esta figura mítica do imaginário histórico inglês. Robin dos Bosques foi-me apresentado desta maneira. Tal como foram os seus inseparáveis companheiros João Pequeno e o Frade Tuck, a Mariana e o irascível Xerife de Nottingham.
Deliciava-me sempre que via as suas aventuras. Feitas, é certo, num registo muito próprio de uma série televisiva dos anos 60, longe das versões cinematográficas mais recentes, mas verdadeiramente deliciosas e insuperáveis.
Para mim o Robin dos Bosques, os seus companheiros e os seus rivais, têm, terão sempre, estas caras e estas referências!

Ódios de Estimação (38)


Esta senhora é dona de lágrima fácil. Muito fácil. Fácil demais para parecer real! Esta senhora é perita em expressões condoídas, em trejeitos faciais que roçam o ridículo, em frases de índole pseudo bombástica, sensacionalista, ditas de forma determinada! Pelos menos com aquela determinação bacoca dos que querem fazer crer que as suas afirmações são definitivas, importantes, decisivas!
Esta senhora já nos apresentou pessoas que queriam pedir perdão na televisão!!! Como se pedir perdão a alguém devesse ser um acto público!
Esta senhora já nos mostrou pessoas que queriam declarar o seu amor a outras na televisão!!! Como se tal coisa fosse, também, um acto de interesse público!
Esta senhora até escreve livros!!! Que vendem!!! O que, bem vistas as coisas, até nem causa grande admiração!
Esta senhora é mais um produto mediático, fabricado pela inteligência televisiva que pretende tudo dirigir quanto aos gostos das pessoas. A grande chatice é que as pessoas embarcam nestas trafulhices e dão-lhes crédito! Um crédito a prazo, mas, infelizmente, um prazo muito grande!
E, depois, não é Oprah quem quer, embora no nosso pequeniníssimo meio, também não possamos aspirar a muito mais!
E agora mais uma lágrima, mais uma expressão facial ridiculamente preparada, mais uma frase sensacionalmente oca e aí temos Fátima…
Pelo amor de Cristo!!!! Ou, já agora, de Sua mãe!!!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

O peso das camisolas


Já que a contenda entre o S.L. Benfica e o F.C. Porto parece estar mais acesa que nunca, deixem-me lançar mais algumas deixas. Estas a propósito dos novos equipamentos.
Aos do Glorioso já me referi aqui. Em relação aos da equipa do Porto, deixo esta imagem e a constatação de que, afinal, têm ganho muito pouco. Quer dizer, andam a vencer desde 1893, o que significa que em 115 anos, e reportando-nos apenas às duas provas mais emblemáticas do futebol pátrio, ganharam 23 campeonatos e 13 Taças.
O Benfica, que é muito mais novo, tem só 104 anos, ganhou 31 campeonatos e 24 Taças.
Mas, bem vistas as coisas, no nosso tempo o peso das camisolas já não conta muito, parece que hoje em dia a fruta tem uma importância muito maior!?

Onde andará o Rei Ricardo?


No Público:

«Portas compara José Sócrates ao Xerife de Nottingham na cobrança de impostos
O líder do CDS-PP comparou o primeiro-ministro José Sócrates ao Xerife de Nottingham por cobrar impostos demasiado altos. A alusão à história mítica de Robin dos Bosques – também como é chamada a taxa que pode vir a ser imposta aos lucros especulativos das petrolíferas – foi feita no discurso de encerramento das jornadas parlamentares (...)»

Bem vistas as coisa, Portugal mais não é que uma imensa floresta de Sherwood…

A Odalisca da BD


Como decerto já perceberam todos os que por aqui passaram, ou vão passando, a banda desenhada é uma das minhas manias. Tenho um gosto, agradavelmente, exacerbado e maníaco pelo Tintin, como tenho por muitas outras BDs clássicas, bem como por algumas mais recentes.
Mas neste grande universo das histórias desenhadas, tenho uma falha. Raros foram os autores portugueses que me prenderam verdadeiramente. Confesso que tenho um enorme desconhecimento quanto ao que se fez e faz em Portugal. Conheço, pelo menos de nome, alguns históricos, como Eduardo Teixeira Coelho, o Fernando Bento ou o José Ruy, entre outros, mas não lhes sei reconhecer, indubitavelmente, o traço.
Recentemente, ali por volta da segunda metade da década de 80, conheci uma nova banda desenhada portuguesa. Uma série que tinha como herói, ou anti-herói, um personagem sui generis de nome Jim Del Mónaco. Feitas na perspectiva das aventuras em ambientes exóticos, como era uso em meados do século XX, estas histórias tinham a particularidade de apostarem num humor corrosivo e muito eficaz, aliando a isso um traço muito interessante e atractivo. Cheguei a conhecer, e a conviver, com os seus autores, Luís Louro e Tozé Simões. Se bem que o argumentista tenha desaparecido destas aventuras, Luís Louro consagrou-se e hoje é, sem dúvida, uma das primeiras figuras da bd portuguesa, tendo partido já para outras séries, como por exemplo O Corvo.
Quanto a mim, conheci e gostei (gosto) desta nova banda desenhada portuguesa, aliás tenho todos os livros autografados e muito boas recordações destas leituras.

Três Estrelas


Eis os equipamentos do Benfica para a próxima época.
Lá acabaram com o cor-de-rosinha e voltaram ao tradicional alternativo branco!
Acho muito bem! O que já não acho tão bem é terem posto um lagarto verde no meio da camisola! Está bem que é um batráquio, mas não deixa de ser um lagarto! Verde! E ainda por cima se está a rir!

Já a ideia de porem três estrelas douradas por cima do emblema, simbolizando cada uma dez títulos de campeão nacional, me parece, essa sim, muito boa! Até porque é sempre necessário separar as águas e mostrar quem, verdadeiramente, é o mais titulado clube português!

Cartaz TV (17)


No panorama televisivo actual, tão cheio de coisas novas, tão sedento de mostrar as últimas, mesmo que para isso não se mostrem algumas anteriores, ainda que mais importantes, praticamente não acontece nada de relevante importância!
Há anos atrás não era assim. Havia mais respeito pelo espectador e davam-se-lhe programas que não serviam, apenas, para encher o olho e a cabeça de tolices.
Carlos Pinto Coelho fazia o Acontece e, mesmo não gostando do estilo, peculiar, do senhor, aquele programa mostrava-nos, de facto, aquilo que de mais importante acontecia no campo das artes em Portugal. Livros, artes plásticas, rádio, televisão, dança, cinema, teatro e tantas outras coisas, eram ali mostrados com saber, com vontade, com gosto de nos informar e, ao mesmo tempo, formar. É pena não termos, hoje, um programa assim. Talvez porque hoje, na verdade, nada aconteça realmente!

Fragilidades


Há pessoas que têm um pedaço de vidro espetado no coração.
Um pedaço grande, de vidro temperado, aparentemente inquebrável, de uma transparência luminosa, quase brilhante.
Alguns sabem-no, outros não.
Ninguém sabe, contudo, como lá foi parar. Como se encaixou de forma tão certeira e suave, que parece lá ter estado desde sempre.
Há pessoas cujo coração bate ao ritmo de um vidro que lá está espetado! Cujo coração se torna, por vezes, frio, dorido, duro.
Em certas ocasiões o vidro aumenta de tamanho. Ocupa quase todo o espaço disponível e é então que se torna maior o perigo do coração se partir.
Cada movimento, cada pulsar, cada batida, torna-se quase insuportável e é nessa altura que surge a opção.
Ou se ganha um novo coração, aparentemente limpo, sem vidros, pronto para novas batidas, mas agora, talvez mais inviolável, insensível.
Ou se deixa o coração seguir o outro caminho e tornar-se num coração de cristal. Mais precioso, mas sempre à beira de se quebrar, definitivamente. Por isso são tão raros!

Ódios de Estimação (37)


Ele há cantores que não se enquadram bem em nenhum género musical específico. São assim uma espécie de vale tudo musical, onde, aparentemente, tudo cabe e, efectivamente, não cabe nada. Há quem lhes chame cantores ligeiros. Normalmente ficam de fora da chamada música pimba, mas nunca ficam dentro de mais nada. As músicas são, de forma geral, muito audíveis, muitos tra-lá-lá, oh yeah e por aí. As letras são, geralmente, sobre amores tentados, escondidos, impossíveis, com contornos poéticos de pacotilha, que, invariavelmente, agradam a quem não é muito exigente com estas coisas das palavras.
Tinha que eleger algum destes cantores para ilustrar mais este ódiozinho e optei pelo Sardet, não porque tenha pior fama que qualquer outro, mas, exactamente porque tem muita fama. Mas podia ter escolhido, por exemplo, o Gonzo, o João Pedro Pais, ou outro semelhante. De facto, todos eles, sem integrarem nenhuma corrente concreta, integram esta, a do nem carne, nem peixe, mas com ambições.
Desmedidas digo eu!

terça-feira, 8 de julho de 2008

Pelas Ruas...


Cena passada no passado dia 23 de Junho, na Assembleia Municipal de Viseu, retirada do CM do dia 24 de Junho :

«Helder Amaral(CDS), natural de Angola, referiu que ao ler a intervenção de Fernando Ruas(Presidente da Câmara-PSD) se lembrou de "alguns textos dos regimes ditatoriais", por exemplo da ex-URSS. O também presidente da Associação Nacional de Municípios não gostou, ripostou e perguntou: "Dos regimes ditatoriais, o senhor está mais perto do que eu. Ou estava a ver-se ao espelho? (…) Helder Amaral retorquiu e afirmou que apenas fez "uma apreciação política" e estava a referir-se a regimes ditatoriais "mais para Leste" e não de África. Fernando Ruas adiantou que se referiu a África por ser um continente onde há muitas ditaduras. "Se coincidiu com a sua cor, e se o senhor é muito orgulhoso dela, também eu sou de ser branco", disse o autarca.»

Há, de facto, pessoas que, apesar de apostarem em retocar a sua aparência (tarefa que, definitivamente, não foi alcançada neste caso)nunca o conseguem. Assim que o verniz estala, voltam, rapidamente, à sua mais baixa estatura, mostrando, verdadeiramente, aquilo que são!

Cartaz TV (16)


Peter Gabriel, no início dos anos 80, fez uma canção cujo título era Games Without Frontiers. Se bem que o tema lá espelhado não fosse, exactamente, o mesmo que os Jogos Sem Fronteiras tinham, não me custa imaginar que foi graças à sua popularidade que Peter decidiu nomeá-la assim.
De facto, estes jogos eram extremamente populares na Europa naqueles anos. Vários países neles participavam e eram, verdadeiramente, espectaculares. Aliando destreza física a uma certa dose de loucura sadia, os jogos repartiam-se numa série de aventuras que faziam as delícias daqueles que os viam e, sobretudo, creio eu, daqueles que neles participavam. Era, garantidamente, um par de horas bem passado. Raramente perdia uma edição, até porque, a partir de certa altura, Portugal também passou a fazer-se representar e bem!

Encontrámos a Sally !!!


Hoje no DN:

« O actor e encenador Diogo Infante será o novo director do Teatro Nacional D. Maria II, substituindo Carlos Fragateiro (…) »

O que vale é que as direcções dos teatros não são como os cigarros!
Há sempre mais uma!!!

Ódios de Estimação (36)


Não tenho nada contra esta senhora! Acho que tem uma excelente voz e até alguma individualização na imagem. Não gosto muito, no entanto, das coisas que canta. Com algumas, poucas, excepções, nada me atrai nas suas canções. Agora o que me irrita particularmente, é esta espécie de unanimidade à sua volta. Basta que alguns iluminados gritem aos quatro ventos alguma pseudo excelência, para que, todos os outros, a aclamem em uníssono. Até parece que os três F estão de volta e com mais força ainda. Só que, o futebol é o que se vê, Fátima o que se sabe e o Fado tem, certamente, outras vozes que lhe dão mais sentido!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Alguém roubou esta lápide !!!


Há pessoas que não vivem as suas vidas! Ou melhor, que vivem as suas vidas à mercê daquilo que outras vidas lhes trazem. Há pessoas que lêem livros, vêem filmes ou ouvem músicas que lhes trazem tudo o que podiam desejar! E ficam por aí! Tudo o que de mais virá tem de ser com base nessa perspectiva! Nada virá de outra latitude, nada fará sentido se não vier dessa direcção.
Há pessoas para quem a vida decorre num corredor estreito e é lá que se sentem bem. Não abrem as portas que o ladeiam, não olham as janelas que o circundam, não passam além dos seus limites.
Não valorizo, mal ou bem, essa atitude, essa vivência, esse querer! No fundo o que interessa é que tentam encontrar a felicidade, que tanto pode vir numa sala pequena, como no alto de uma montanha!
A música, tal como a palavra ou a imagem, têm aqui uma importância vital. São elas, apesar do que os tecnocratas deste mundo (sur)real possam pensar, que fazem o mundo avançar! Não são os cifrões, as taxas de juro ou o mercado!
Um dia acabamos todos por morrer e ninguém há-de ir roubar a lápide funerária do presidente do Banco Central Europeu!

Richard Starkey


É, aparentemente, o menos querido dos 4 Beatles. Aquele a quem os gritos seriam menos dirigidos. Mas é, certamente, o mais divertido. Porventura a cola que manteve, muitas vezes, unida a banda mais famosa da História. Sem muitos créditos a nível da autoria das canções e da participação vocal, Ringo Starr tem algumas interpretações notáveis e inultrapassáveis. Yellow Submarine e With A Little Help From My Friends, são disso exemplos marcantes!
Faz hoje 68 anos!!

Cartaz TV (15)


Era sueca, tinha umas tranças enormes e constantemente espetadas. Vivia sozinha, ou melhor, vivia com um macaquinho, o senhor Nilsson (se a memória não me falha) e com um cavalo. Tinha uma força enorme, por isso os ladrões nunca lhe levavam a melhor. O pai era marinheiro e até esteve prisioneiro duns piratas. Tinha uns amiguinhos, Annika e Tommy, que deliravam com as suas proezas, o seu modo de vida e o seu à vontade!
Nos primeiros anos da década de 70 via-a sempre que podia! Também eu delirava com as suas aventuras. Cheguei a completar uma colecção de cromos que lhe era dedicada.
Pipi das Meias Altas ficou, certamente, na memória de todos aqueles que tiveram a sorte de a conhecer!

Ódios de Estimação (35)


O futebol português continua sem saber jogar de cabeça! Melhor, com a cabeça! Melhor ainda, o futebol português não consegue deixar de andar às cabeçadas... contra a parede! Todos os anos há um novo caso, um novo imbróglio que vai deixando a imagem do nosso futebol muito pior do que aquilo que a Liga dos Últimos faria supor.
Este fim de semana, uma vez mais, ficou demonstrado que os dirigentes que temos pensam cada vez menos com a cabeça e vão fazendo gala em tornar o pontapé na bola nacional tristemente ridículo!
Sem pés, nem cabeça!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Cartaz TV (14)


Ontem, depois de ter falado em grandes comunicadores televisivos nacionais, lembrei-me de um outro grande comunicador, este de um nível mais universal. Refiro-me a Carl Sagan que, com as suas aventuras no Cosmos, nos mostrou onde estamos, como somos e, provavelmente, para onde vamos. Com uma linguagem perfeitamente acessível, deu-nos a conhecer toda uma dimensão cósmica que nos arrebatou. Descreveu a nossa verdadeira dimensão e colocou-nos no devido lugar. Aquele lugar que muitos, neste nosso planeta, deviam conhecer melhor para não ficarem mais inchados que a rã da fábula e assim evitarem os respectivos e consequentes rebentamentos!

Ódios de Estimação (34)


Este nem precisa de comentários!!!
Estar numa fila de trânsito tira-nos, completamente, a vontade de falar!!!

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Onde estará a Sally ?


No Expresso on line:

«Teatro Municipal sem direcção
Diogo Infante demite-se do Maria Matos
À frente da direcção do teatro desde 2005, o actor e encenador apresentou hoje a carta de demissão a António Costa. (...)»

E agora? Quem vai encontrar a Sally???

A propósito de Ingrid


As pessoas deviam ser livres! Deviam conseguir separar-se das grilhetas que os prendem quotidianamente, deviam poder voar quando lhes apetecesse, mergulhar quando lhes conviesse, andar quando, simplesmente, a brisa os convidasse a isso.
As pessoas não deviam estar sujeitas a grades, as de ferro e as outras que, sendo invisíveis, são ainda mais fortes.
Os carcereiros não deviam ser mais do que sonhos maus, sem existência táctil, sem rosto factual, apagados a cada abrir de olhos.
A reclusão só devia existir na medida em que fosse desejada por cada um.
A liberdade não devia ser condicionada, porque isso, obviamente a restringe. A liberdade não devia ser perseguida, porque isso, obviamente, a limita. A liberdade não devia ser conquistada, porque isso, obviamente, a diminui.
Mas esse mundo ideal, obviamente, não existe! Por isso parece restar-nos desejá-lo, sonhá-lo, idealizá-lo!
A utopia, obviamente, nunca é cumprida, porque é essa a sua natureza! Mas é, obviamente, para ser buscada, porque é esse o seu sentido!
Nessa busca, nesse comprometimento de vida, nesse vontade de alcançar o, supostamente, inalcançável, é que reside, provavelmente, a gestação dos heróis. Daqueles que nós próprios criamos e daqueles que, naturalmente, emergem das situações mais corriqueiras.
Não sei se Ingrid é uma heroína, não sei se as suas causas são as mais justas, não sei se quer ser um símbolo de alguma coisa. Mas sei que pode iluminar mais algumas utopias, pode emocionar mais uns quantos idealistas, pode, efectivamente, dar-nos, mesmo sem querer, alguma esperança na conquista de um mundo melhor!

Cartaz TV (13)


A história da televisão também é feita, em larga medida, dos grandes comunicadores. Daqueles que nos conseguem prender pelas suas capacidades oratórias, até mais do que pelos próprios temas sobre os quais se expressam.
Em Portugal tivemos, ainda temos, alguns. Não muitos é certo.
António Vitorino de Almeida é um deles.
Lembro-me dos seus programas, como a História da Música por exemplo. Em que, a propósito do seu tema de eleição, o maestro discorria sobre as músicas, os compositores, sobre as suas vivências, sobre a vida em geral. Mas o mais cativante, era a forma como o fazia, com uma fluência que prendia, com uma amplitude que agarrava, com uma intimidade que nos fazia crer que estava ali, mesmo ao nosso lado!
Saber falar, dizer coisas, prender as pessoas com conversas agradáveis, só está ao alcance de muito poucos e o Maestro é, sem dúvida, um dos escolhidos!

Quando a palavra foge


Quantas vezes não precisamos de falar para dizermos as coisas. Para exprimirmos tudo aquilo que corre cá dentro. Quantos são os momentos em que não conseguimos articular duas palavras seguidas, que queiram dizer, exactamente, tudo isso. A palavra imediata, objectiva, não é a única forma de dizermos as coisas. Em quantas ocasiões não o dizemos tão melhor com um olhar, uma mão, um sorriso, uma meia palavra, ou mesmo um silêncio?
O problema é se, a quem destinamos a mensagem não estiver, naquele preciso momento, na mesma sintonia. Mas como sou adepto da teoria de Lavoisier, creio que, mesmo assim, nada se perde e que a transformação terá lugar, porque os sentimentos são mais fortes que as meras palavras, simplesmente porque as tornam cheias, expressivas, lhes dão significado e é disso que as palavras vivem, mesmo quando não as conseguimos dizer em voz alta!