sexta-feira, 27 de junho de 2008

Hotel de Lágrimas


Fenómenos de histeria (quase) colectiva, provocados pela música, sobretudo com origem em mocinhas recém chegadas à adolescência (mas não só!), não são inéditos, nem sequer recentes. Elvis, os Beatles e até os Duran Duran, por exemplo, conhecem-nos bem! O que acontece, digo eu, é que qualquer dos nomes atrás citados, para além de terem sido, de alguma forma, uma pedrada no charco no panorama vigente da altura (quer dizer, os Duran Duran foram mais uma pedrada ao lado do charco, mas enfim...), eram compostos por senhores que já tinham ultrapassado, embora por pouco, as idades das suas fãs que assim se comportavam!
Agora e nos exactos dias que vamos vivendo, acontece isto:

« Fãs aguardam acampados os Tokio Hotel
Dezenas de jovens estão a dormir ao relento em Lisboa e assim vão continuar mais três noites - felizes da vida.
São fãs da banda musical Tokio Hotel, que vai dar um concerto no domingo.» (in RTP on line)

Os Tokyo Hotel são uma banda de imberbes pseudo tocadores e cantores, que mais não representam que um fenómeno geracional, de alguma forma, mal direccionado, embora muito bem trabalhado e que provoca cenas como a que vemos acima, que aconteceu quando a banda cancelou um concerto em Lisboa, há poucos meses atrás.
Por mim podem acampar onde quiserem, chorar pelas mais estapafúrdias razões, cantar o que bem lhes der na real gana, mas custa-me que as/os adolescentes se deixem, também eles, levar por histerias ocas. É que, por este andar, a carneirada vigente, não deixará espaço para as identidades marginais e de vanguarda que, obviamente, são as culpadas dos saltos em frente!

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