segunda-feira, 8 de junho de 2009

Dos direitos e dos deveres


- Ah eu não vou – disse ele
- Não estou para me chatear, aquilo não serve para nada, tenho outras coisas mais importantes para fazer – continuou.
- Tenho que ir ao centro comercial, preciso de uma bateria nova para o telemóvel e depois tenho um joguinho de futebol com os amigos, eles também não vão – acrescentou.
- E depois não te arrependes? Não achas que ficas com menos razão para discordar, para reclamar, para reivindicar? – perguntaram-lhe.
- O quê? Eu reclamo quando quiser, a mim ninguém me cala, isso é que era bom! – concluiu.


Pois é! Estão sempre prontos a gritar, a gesticular, a discordar, mas quando chega a hora, exacta, para melhor o exprimirem, não o fazem, preferem ficar na modorra amorfa daqueles que pensam que já conquistaram todos os direitos, mas que cospem nos mais elementares deveres.
É isto o eleitorado português, aquele de quem os políticos tanto falam, mas não conhecem, porque se conhecessem não lhes davam a importância que eles, de facto, não merecem.
Pobre país!

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