quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Litlle Nemo (ou sonhar é fácil)
Sonhos ou factos? Realidade ou simplesmente ilusão? Vivências, experiências ou demências? Fantasias ou vontades?
De que são feitos os sonhos?
De uma visão onírica que nos transporta para mundos desconhecidos, factualmente impossíveis, mas imensamente desejados, ou apenas a sublimação de desejos raramente alcançados?
Poderemos tornar os sonhos realidade? Ou poderemos somente desejar que o sonho nunca se materialize, evitando desse modo o perigo de se tornar desilusão?
Sonhamos acordados, ou mantemo-nos apenas naquele estado de vigília que nos deixa tão próximos da terra do nunca?
Serão os sonhos apenas materializações fátuas de desejos nunca desenvolvidos, ou simplesmente aspirações que não ousamos confessar?
Pois não sei, e creio não querer saber.
É essa, talvez, a maior virtude do sonho, a de conseguir ser sonhado e não dissecado, a capacidade de não ser destituído de algo que o torna maior que a vida, para além da realidade concreta e palpável, para além do humanamente possível, para além do reduzidamente tangível.
É humana essa capacidade, mas torna-nos assim, mais próximos da divindade, porque só desse modo conseguiremos avançar pelos caminhos que, idealmente, nos poderão tornar mais conseguidos, maiores e, porventura, mais felizes.
Como nos dizia Cálderon de La Barca, “ a vida é um sonho”, há que evitar, no entanto, as quedas da cama!
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