sexta-feira, 22 de agosto de 2008

A Arte do Fingimento (1)


Desde que tem consciência de si próprio, que o Homem se tenta compreender e compreender o mundo que o rodeia. Tarefa infindável, que continua o seu caminho de forma infinita.
Várias foram as formas que esse entendimento tomou. Muitas foram as vias pelas quais foi sendo explicado aos vindouros.
Os contadores de histórias devem ter sido dos primeiros elementos congregadores de comunidades. Com eles se compilaram as primeiras memórias, se transmitiram os primeiros saberes, se conseguiram os primeiros deslumbramentos.
Houve depois a necessidade de se ritualizarem essas histórias, de lhes dar consistência narrativa, de as mostrar para além da voz.
Téspis assim fez na antiga Grécia e depois dele a arte cénica não parou de crescer.
Esta arte do fingimento resulta assim na encarnação de outras personalidades, na assunção de outras caras, corpos e tonalidades. Criaram-se assim actores e actrizes, pessoas capazes de se auto transformarem, habilitadas a recriarem outras, aptas a contarem histórias com novas vozes.
Com o passar dos anos esta arte refinou-se. Com o cinema e a televisão chegou a mais pessoas, difundiu-se, tornou-se global. Estes artistas são, nos nossos dias, conhecidos em todo o mundo, idolatrados por multidões.
São, no fundo, pessoas que nos conseguem fazer sonhar, rir e chorar, que nos alegram as horas e nos desesperam também.
Abro aqui uma nova rubrica, onde darei conta daqueles e daquelas que, de alguma forma, marcaram a minha maneira de ver e apreciar esta nobre arte do fingimento.
Começo, agradavelmente, com CHARLIE CHAPLIN (Londres, 1889 - Vevey, 1977)!

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