sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Volto já


Agora vou fazer as malas.
Já por dentro de Setembro estarei de volta.
Até lá...

Henri Cartier-Bresson



Um dos génios maiores na arte de fotografar nasceu há 100 anos!


A Arte do Fingimento (1)


Desde que tem consciência de si próprio, que o Homem se tenta compreender e compreender o mundo que o rodeia. Tarefa infindável, que continua o seu caminho de forma infinita.
Várias foram as formas que esse entendimento tomou. Muitas foram as vias pelas quais foi sendo explicado aos vindouros.
Os contadores de histórias devem ter sido dos primeiros elementos congregadores de comunidades. Com eles se compilaram as primeiras memórias, se transmitiram os primeiros saberes, se conseguiram os primeiros deslumbramentos.
Houve depois a necessidade de se ritualizarem essas histórias, de lhes dar consistência narrativa, de as mostrar para além da voz.
Téspis assim fez na antiga Grécia e depois dele a arte cénica não parou de crescer.
Esta arte do fingimento resulta assim na encarnação de outras personalidades, na assunção de outras caras, corpos e tonalidades. Criaram-se assim actores e actrizes, pessoas capazes de se auto transformarem, habilitadas a recriarem outras, aptas a contarem histórias com novas vozes.
Com o passar dos anos esta arte refinou-se. Com o cinema e a televisão chegou a mais pessoas, difundiu-se, tornou-se global. Estes artistas são, nos nossos dias, conhecidos em todo o mundo, idolatrados por multidões.
São, no fundo, pessoas que nos conseguem fazer sonhar, rir e chorar, que nos alegram as horas e nos desesperam também.
Abro aqui uma nova rubrica, onde darei conta daqueles e daquelas que, de alguma forma, marcaram a minha maneira de ver e apreciar esta nobre arte do fingimento.
Começo, agradavelmente, com CHARLIE CHAPLIN (Londres, 1889 - Vevey, 1977)!

Cartaz TV (38)


Continuo a achar que o humor inglês é o melhor do mundo! Na verdade, a capacidade que os ingleses têm para se rir de si próprios, faz com que se vejam de uma forma única, com uma ironia rara. Esta capacidade faz igualmente que consigam pôr-nos rir com gosto e vontade, ao mesmo tempo que se despem perante as audiências, tornando-as cúmplices. Se bem que muitas vezes sejam tão desbragados que roçam o escatológico.
Foram assim os Monty Python. Provavelmente o primeiro grupo de humoristas ingleses a terem uma dimensão mundial. Eu lembro-me bem de, em meados de 70, assistir com um gozo indescritível aos seus monumentais gags de Flying Circus. Ainda hoje se mantêm como referência de humor. Ainda hoje os seus elementos continuam a ser vistos como mestres nesta arte. A rever sempre, com um sorriso e uma gargalhada garantidos.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Ao terceiro salto


Afinal também temos atletas voadores!!!
Brilhante Nélson!!!

Cavalo Louco


No Record on line:

«Cavalo alemão apanhado nas malhas do doping»

Já nem nos cavalos podemos confiar!!!

Alexandre O'Neill

Alexandre O'Neill deixou-nos há 22 anos:

«Ao rosto vulgar dos dias
Monstros e homens lado a lado,
Não à margem, mas na própria vida.
Absurdos monstros que circulam
Quase honestamente.
Homens atormentados, divididos, fracos.
Homens fortes, unidos, temperados.
*
Ao rosto vulgar dos dias,
A vida cada vez mais corrente,
As imagens regressam já experimentadas,
Quotidianas, razoáveis, surpreendentes.

*
Imaginar, primeiro, é ver.
Imaginar é conhecer, portanto agir.»

Cartaz TV (37)


Em 1989 começou a ser transmitida em Portugal a série infantil A Rua Sésamo. Com bonecos criados pelo génio dos Marretas, Jim Henson, esta série, creio eu, foi (e é) um manancial de informações úteis destinadas aos mais novos, transmitindo-lhes saberes de uma forma extremamente divertida e pedagógica. Ao mesmo tempo que diverte, vai insinuando conhecimentos que serão fundamentais para um melhor crescimento das crianças. O que, muito possivelmente, já não se lembram, é que nos anos 70, pós 25 de Abril creio, uma série semelhante passou igualmente na RTP. Com os mesmos personagens, com as mesmas características, com as mesmas, excelentes, intenções. É dessa que eu guardo mais e melhor memória, porque a acompanhava gostosamente. Chamava-se, na altura, Abre-te Sésamo. E, de facto, ajudou-nos a abrir as portas para muitos tesouros!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Le Roi


Das (más) notícias:

«(...)O saxofonista da Dave Matthews Band, LeRoi Moore, faleceu esta terça-feira em Los Angeles devido a complicações do acidente de viação sofrido em Junho passado, noticia a AP.(...)»

E a (boa) música, bem como os seus apreciadores, vão ficando mais pobres!

A insustentável leveza do ser


Há 40 anos acabava a Primavera de Praga! Os tanques e os autómatos destruíam mais uma utopia! Felizmente que ainda há muitas pessoas para o recordar e tentar (re)viver, com uma leveza persistente e firme, própria daqueles que acreditam!

A eterna Enid


O jornal inglês The Independent resolveu perguntar a cerca de dois mil dos seus leitores qual o escritor inglês de que mais gostavam. Os resultados, que podem ser vistos aqui, nem são muito surpreendentes. Ali estão alguns dos mais prestigiados autores de língua inglesa de todos os tempos. No entanto, é de salientar o primeiro lugar de Enid Blyton. Ainda hoje, a senhora que nos fez sonhar a todos com aventuras deslumbrantes e misteriosas, continua a ser imensamente popular. É caso para dizer que, lá no fundo, todos continuamos a querer ser crianças e a sonhar com as aventuras que só aí podemos viver. Ou então a sondagem foi feita apenas a 2 mil entradotes que teimam em fugir à crua realidade que vão enfrentando em cada novo dia.

Cartaz TV (36)


Ao falarmos do maneta da televisão às pessoas da minha idade, ou mais velhas, certamente se lembrarão, quase imediatamente, duma famosa série que por aqui se via nos anos 60/70. Chamava-se o Fugitivo e os mais novos, aqueles que não chegaram a ver essa série televisiva, devem conhecer a história graças ao excelente filme de 1993 protagonizado por Harrison Ford e Tommy Lee Jones, que retomava, na sua essência, as peripécias vividas pelo Dr. Richard Kimble, personagem criada na televisão por David Janssen, injustamente acusado de ter morto a sua esposa. De facto, o verdadeiro assassino foi, exactamente, o tal maneta a quem nos referimos no início destas linhas. E lembro-me perfeitamente da questão recorrente naqueles dias; onde estará o maneta?

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Moulinsart volta atacar!


«(…)Sans accord de votre part dans les huit jours de la présente, nous nous verrons contraints d'exiger la fermeture de votre site.(…)
(excerto da carta enviada pela Moulinsart ao site Objectiftintin)

Como, decerto, já notaram, eu sou um admirador confesso, entusiasta e abnegado da obra de Hergé, nomeadamente das Aventuras de Tintin. Percorro, quase numa base diária, vários sites dedicados a esta temática. Vejo e revejo centenas, milhares, de artigos de opinião, de estudos, de pastiches, de simples menções, a esta obra. De entre todos os sítios que visito; sendo que vários de entre eles são de excelente qualidade, quer gráfica, quer de texto; há um que mantenho como sendo de referência, aliás podem visitá-lo a partir dos contactos que mantenho aqui do lado direito deste blog (Vícios), chama-se Objectif Tintin e compendia tudo o que vem sendo publicado sobre o tema Tintin, sendo, por isso mesmo, um magnifico ponto de partida para todos aqueles que se interessam pelo nosso herói. Ao visitá-lo hoje, como faço todos os dias, deparo-me com uma carta que lhe foi enviada pela Moulinsart, companhia que pertence aos Studios Hergé e que, como deverão saber, é a detentora de todos os direitos sobre Tintin e demais obras de Hergé e que é comandada, com mão de ferro, pelo actual marido da viúva de Hergé, Nick Rodwell, que, segundo o que parece é um fuinha no que concerne à difusão de imagens e conteúdos não autorizados por ele. Neste caso, e este site já tem vários anos, parece que agora a Moulinsart decidiu virar os canhões contra estes nossos amigos, ameaçando mesmo mandar fechá-los se estes não obedecessem a umas quantas exigências, ao que me parece, algo exageradas. Quero dizer, acho muito bem que a obra de Hergé seja bem defendida, que haja alguém que tenha o poder para evitar desmandos e ultrajes, mas é, no mínimo desejável, que isso não se transforme numa despótica censura do tipo fascizante, que é o que me parece acontecer neste caso. Até porque, como me parece legitimo, para além daqueles que defendem legalmente a obra, temos que contar com todos os outros (que serão milhões) e que mesmo não tendo palavra efectiva no domínio legal, têm-na por tudo quanto fizeram por Tintin e Hergé, ou seja, aqueles que amam estas páginas de maravilhamento e lhe deram oportunidade, durante mais de 75 anos, de ser aquilo que são hoje! Todos aqueles que fizeram de Tintin aquilo que ele realmente é, um (o) verdadeiro ícone do século XX !
Esperemos pois pelos desenvolvimentos da notícia e sobretudo, esperemos que os Studios Hergé e a Moulinsart não destruam aquilo que Hergé soube, tão bem, construir!

Santa Nostalgia

Ao passar por aqui, deparei-me com esta imagem e recordei-me, imediatamente, destes cartões, do dinheiro que conseguia fazer com eles e sobretudo do gozo que me dava esta brincadeira. No blog atrás citado é, igualmente, feita uma descrição da forma como se fazia uso deste joguinho. Eu sei que o jogava junto dos familiares e amigos mais velhos, aqueles que tinham dinheiro e lá conseguia arrecadar uma importância choruda, aí à volta dos 5 escudos, que davam para me empanturrar de pevides, tremoços ou rebuçados. Até porque no final, quando descobríamos o jogador eleito, aquele que estava por detrás do ponto de interrogação, o felizardo que tinha ganho a aposta, não a cobrava e assim todo o lucro era meu. E, no fundo, o que mais importava nem era o dinheiro mas, sobretudo, o prazer da brincadeira e a incerteza do resultado final.

Cartaz TV (35)


Sabemos bem que, actualmente, as televisões portuguesas não são muito dadas às coisas da cultura. Com a honrosa excepção do Canal 2, raros são os momentos dedicados aos aspectos mais culturalmente marcantes, que vamos tendo oportunidade de ver no pequeno ecrã.
No passado, embora o panorama não fosse substancialmente diferente, sempre se podiam observar e admirar alguns programas que tinham essa preocupação. Não seriam programas de grande audiência, mas também não era isso que se procurava na altura. Procurava-se, claro, o entretenimento, mas tentava-se, de alguma forma, dar-lhe algum conteúdo de maior relevância cultural e até didáctica. Obviamente louvável, essa intenção. Com o amanhecer da mediatização globalizante, tudo o que as cabeças bem pensantes possam achar que é entediante, ou, simplesmente, obrigar a que se utilizem os neurónios, passa a ser remetido para horas impossíveis, ou simplesmente banido. Porque aquilo que necessitamos é de programas que brutalizem as mentes e as tornem mais facilmente moldáveis, tornando-nos meros autómatos ao serviço dos shares!
Vem isto a propósito duma prática televisiva antiga, a do teleteatro. Era usual, em tempos idos, passarem peças de teatro na televisão. Comédias, dramas, revistas, de tudo se podia ver. Era agradável, educativo, entretinha e ajudava-nos a perceber uma arte nobre. Se mais não fosse, permitia que os actores portugueses fossem considerados como tal, de corpo inteiro e não como meros acessórios dos actuais manequins que vamos vendo protagonizar telenovelas, cuja qualidade não pode deixar de ser considerada abaixo de cão!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Voando


Afinal sempre há homens com asas nos pés!!!

Grandes


Nós, na nossa pequenez evidente, temos uma necessidade gritante de encontrar ídolos, elevar alguém a um pedestal irrepreensível de grandeza e excelência. Houve e há, de facto, muita gente que se ultrapassou nos mais variados domínios da actividade humana. Muitas pessoas que mostraram, pelas mais variadas formas, que conseguiam e podiam ser mais distintos do que a maioria dos seus contemporâneos. Pessoas que contribuíram para a evolução do género humano, que trouxeram e confirmaram novas teorias, que obrigaram o mundo a saltar em frente, o tornaram maior. Nos nossos tempos, creio que os endeusamentos são mais fáceis e que, por via disso, estes novos deuses têm, na maior parte dos casos, pés de barro! A mediatização constante a que estamos condenados, faz com que a necessidade de estar sempre na linha da frente obrigue a que se elevem pessoas a estatutos que não têm capacidade para manter. São fogos fátuos, meras construções na areia, que não aguentam uma maré cheia.
A grandiosidade de alguém não se pode medir pela sua mediatização, por simples frases sem consistência, por feitos meramente ocasionais.
Grandes são aquelas pessoas que, na sua humildade, sabem reconhecer a sua pequenez, a sua finitude e o seu lugar no mundo. Grandes são aqueles que, anonimamente, conseguem oferecer felicidade sem esperar troco, conseguem transmitir humanidade sem esperarem as luzes da ribalta, conseguem adiantar o mundo sem ultrapassar ninguém.
Grandes são os que sabem sorrir e, sobretudo, colar sorrisos constantes nas caras de outras pessoas. Grandes são aqueles que não se põem em bicos dos pés para serem vistos, que nunca precisam de subir escadas para serem reconhecidos.
Grandes são aqueles a quem, embora aparentemente pequenos na sua passagem pela vida, ficaremos em dívida eterna, porque foi por eles que conseguimos aspirar a um mundo melhor!
Felizmente que essas pessoas não necessitam de se tornar (falsos) deuses. Felizmente a essas pessoas basta-lhes serem pessoas! Verdadeiras!

Cartaz TV (34)


Durante os primeiros 25 anos de televisão em Portugal, um dos momentos mais fortes do ano era, sem dúvida, o festival da canção! Havia uma expectativa enorme nessa noite, pelas canções que lá surgiriam, pela votação que se seguia e que era imitada quase em cada lar onde o festival ia sendo seguido atentamente. Geravam-se claques espontâneas e levava-se a sério a disputa!
Por esse evento passaram, durante esses anos, os maiores nomes da chamada música ligeira nacional, bem como se fizeram ouvir muitas das palavras mais belas escritas para canções portuguesas.
Era um momento ímpar, ponto mais alto de, praticamente, todo o ano televisivo. Hoje o festival passa despercebido. Hoje o mundo da canção tem muitos outros caminhos, o festival da canção passa por ser, aliás, um dos momentos mais deprimentes da actual programação televisiva. Restam-nos algumas memórias de canções e interpretações que fizeram história e que contribuíram muito para além da mera audição e fruição musicais.
Verão, Tourada, E Depois do Adeus, Desfolhada, Ele e Ela, são, apenas, alguns (poucos) dos brilhantes momentos que aí se viveram. Foram vistos a preto e branco, mas, certamente, que coloriram, de forma significativa, aqueles dias em que nos foram mostrados.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Porquê?


No Record on line:

«Ricardo fora da convocatória de Queiroz
Habitual titular com Scolari, Ricardo não está na primeira lista de convocados de Carlos Queiroz.(...)»

Uma dúvida inquietante assalta-me, PORQUE SERÁ???

Merci


Fica sempre bem saber agradecer. A quem nos dá uma alegria, um carinho, um simples aceno sorridente.
É importante saber agradecer a quem de nós cuida, a quem connosco se preocupa, ou simplesmente a quem nos cumprimenta com dedicação.
Agradecer não é sentirmo-nos obrigados a…, é, antes pelo contrário, termos de vontade de…!
Agradeço porque fui agradado, agradeço porque me senti maior, porque me senti gratificado, porque fiquei reconhecido.
Agradecer é premiar alguém que nos ajuda a melhorarmos aquilo que somos.
Agradecer é sentirmo-nos recompensados por alguém que nos faz bem, apenas pelo simples facto de existir!

Cartaz TV (33)


Quando o nariz daquela senhora se mexia, ficávamos suspensos a ver o que iria acontecer. Era certo que alguma magia que se seguiria e que, normalmente, só a utilizava para livrar o marido de alguma diabrura praticada pelos seus familiares feiticeiros. Era, mais ou menos assim, o dia-a-dia de Samantha, do seu marido Darrin e dos seus dois filhos, família americana de classe média tradicional, aparentemente normalíssima, mas com este pequeno segredo, a dedicada mãe e esposa era uma feiticeira.
Casei com uma Feiticeira foi uma série de culto, mesmo no nosso país, entre os anos 60 e inícios de 70. Desde o genérico em desenho animado, com bruxas simpáticas a voar em vassouras, às tramas divertidas de cada episódio, esta série, também já alvo de recriação no cinema, fez as delicias de muita gente que, lá no fundo, sempre desejou viver numa família semelhante a esta, sobretudo porque a cada abanadela de nariz se conseguia, no mínimo, arrumar uma casa inteira!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Jogos sem fronteiras?


No Expresso on line:

«Há uma nova polémica com a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos. Depois de se ter descoberto que as imagens aéreas do fogo de artifício transmitidas na televisão foram criadas por um programa de computador. Agora, soube-se que a criança que cantou a canção, Lin Miaoke, estava na realidade a fazer 'playback'. A menina da voz original, Yang Peiyi, não tinha uma cara suficientemente bonita para aparecer no evento transmitido para todo o mundo.(...)»

Vai-se a ver e ainda descobrimos que as medalhas são de ouro falso, ou que os Jogos Olímpicos só começam em Setembro, ou até que a China nunca existiu!!!

Reunião de família


Há lá alguma coisa melhor que uma reunião de família na nossa aldeia ancestral!!!

Nota: Se clicar na imagem, consegue ver até os primos mais afastados!

Lego it be (III)


Das notícias:

«Beatles: contrato com mais de 40 anos vai a leilão
O primeiro contrato assinado pelos Beatles com aquele que se tornaria o seu agente, Brian Epstein, para a gravação do seu primeiro disco, será leiloado a 4 de Setembro em Londres.(...)
O contrato está assinado por John Winston Lennon, George Harrison, James Paul McCartney e Richard Starkey (conhecido como Ringo Starr), e também pelos pais de Harrison e McCartney que deste modo expressam o seu consentimento, já que os respectivos filhos não tinham ainda 21 anos.
No documento, Epstein compromete-se a fazer a necessária publicidade do grupo e a aconselhar os músicos em questões de maquilhagem, acessórios e apresentação, em troca de 25 por cento dos lucros da banda sempre que ultrapassassem as 200 libras semanais.»

Parece assim não haver dúvida que, também Epstein, se encaixou muito bem, na História dos Beatles!

Litlle Nemo (ou sonhar é fácil)


Sonhos ou factos? Realidade ou simplesmente ilusão? Vivências, experiências ou demências? Fantasias ou vontades?
De que são feitos os sonhos?
De uma visão onírica que nos transporta para mundos desconhecidos, factualmente impossíveis, mas imensamente desejados, ou apenas a sublimação de desejos raramente alcançados?
Poderemos tornar os sonhos realidade? Ou poderemos somente desejar que o sonho nunca se materialize, evitando desse modo o perigo de se tornar desilusão?
Sonhamos acordados, ou mantemo-nos apenas naquele estado de vigília que nos deixa tão próximos da terra do nunca?
Serão os sonhos apenas materializações fátuas de desejos nunca desenvolvidos, ou simplesmente aspirações que não ousamos confessar?
Pois não sei, e creio não querer saber.
É essa, talvez, a maior virtude do sonho, a de conseguir ser sonhado e não dissecado, a capacidade de não ser destituído de algo que o torna maior que a vida, para além da realidade concreta e palpável, para além do humanamente possível, para além do reduzidamente tangível.
É humana essa capacidade, mas torna-nos assim, mais próximos da divindade, porque só desse modo conseguiremos avançar pelos caminhos que, idealmente, nos poderão tornar mais conseguidos, maiores e, porventura, mais felizes.
Como nos dizia Cálderon de La Barca, “ a vida é um sonho”, há que evitar, no entanto, as quedas da cama!

Se abastecer não conduza


Das notícias:

«Lotus e Jaguar desenvolvem motor para funcionar a álcool
A «Lotus Engineering» tem vindo a trabalhar no desenvolvimento de novas tecnologias que permitam a utilização de álcool como combustível.(...)»

Então e depois? Será que se vão inventar balões para medir a taxa de alcoolemia dos carros???

Cartaz TV (32)


Há poucos dias, no Cartaz TV (27), escrevi que na SIC tinha passado umas das primeiras séries made in Portugal que tinham feito, de alguma forma, com que se passasse a olhar para este tipo de programas com outros olhos, porque feitas com novos métodos, mais próximos daquilo que os actores, as histórias e o público merecem. Entretanto, lembrei-me de uma outra, creio que da mesma altura e que trouxe, também ela, uma nova lufada de um ar mais liberto de regras ultrapassadas e com cheiro a mofo! Chamava-se Médico de Família e juntava no seu elenco alguns dos actores mais apropriados a estas andanças. Na imagem junta, que não é da série, vemos dois deles, Fernando Luís e a enorme Rita Blanco, de quem iremos falar ainda durante estas deambulações pelos cartazes televisivos.

O segredo do amor


Há alguns atrás, creio que da última vez que treinou o Benfica, Mário Wilson revelava o segredo, que dizia possuir, para conseguir manter os jogadores motivados e com vontade de ganhar. Dizia ele então que o necessário era distribuir muito amor.
Neste inicio de nova época futebolística, quer-me parecer que Rui Costa vem dar nova razão a essa ideia de Wilson!
Esperemos agora que os jogadores correspondam, pois, como diz o velho ditado: amor com amor se paga!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

A máquina do tempo?


Pão com Tulicreme e livros do Astérix.
E é tão fácil viajar no tempo!!!

Lego it be! (II)


Mais uma vez nos deixamos encantar, ou encaixar, com esta versão da capa de Abbey Road! Neste dia, de verão acinzentado, apetece mesmo cantar Here Comes the Sun!

Verões (II)


Revisitando, uma vez mais, os verões da minha infância, deixo aqui uma foto da esplanada do Central (retirada do sitio do costume). O Central era também o nosso café, era mesmo ali o centro de Sesimbra. Era um prazer entrar naquela imensa, pelo menos assim me parecia, sala. Pedir um galão e uma torrada e observar a extrema azáfama que por lá se vivia.Era poiso certo todos os dias. Tal como a sua esplanada que ficava exactamente em frente, do outro lado da rua. Esta foto foi tirada muito perto da entrada duma papelaria/livraria de que já falei aqui; aquela onde o meu avô me comprou a minha primeira aventura do Tintin!

Cartaz TV (31)


A caricatura tem alguma tradição em Portugal. Desde o século XIX, quando em muitos jornais da época alguns caricaturistas se revelavam nesta arte, até aos dias de hoje, quando a caricatura parece ter tomado conta da realidade, basta estarmos atentos ao que nos vão dizendo muitos dos jornais, das revistas e das televisões do país. Neste nosso tempo, o ridículo de muitas notícias que nos enchem os dias, mais parecem (tristes) piadas sobre o estado a que chegamos e o pior é que não nos damos conta do seu caricato crescimento, de tal forma que quase nem nos conseguimos aperceber que a chamada silly season se vai estendendo por todo o ano.
No meio de todo esta colorida agitação caricatural, há um programa de televisão que se destaca, ele sim, tendo, objectivamente, essa finalidade. Chama-se Contra Informação e de tão bem feito e certeiro que está, já nos confunde! Será ali que estão as verdadeiras notícias?

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Verões


Tenho, nos últimos tempos, passado várias vezes por aqui. Recorda-me as minhas férias de Verão de há 30/40 anos, ao mesmo tempo que me vai permitindo ir sabendo novas de uma terra de que tanto gosto, mas que já, quase, não reconheço.
Hoje vi esta foto e lembrei-me exactamente da prancha (era assim que lhe chamávamos), da vontade de ir até lá. Ficava fundeada ainda longe da praia e nadar até ela não era tarefa fácil. Não me lembro se alguma vez de lá saltei, mas era uma presença constante a prancha ao longe, um verdadeiro ícone da praia de Sesimbra naqueles inícios de 70.

Cartaz TV (30)


Antes de ser conhecido como o agente 007, Roger Moore, andou pelas nossas televisões, ainda a preto e branco, disfarçado de Simon Templar, O Santo. Não me recordo exactamente das tramas em que se viu envolvido, mas tenho uma ideia, que passa quase por ser uma sensação, de o ver, no seu estilo inconfundivelmente britânico, a resolver os casos que lhes eram apresentados. Era uma série de televisão muito british que, creio, nos encantou por aqui em finais de 60 inícios de 70. Do que me lembro melhor era do seu carro, um Volvo branco com a figura do Santo desenhado no tejadilho, pelo menos era assim que estava na miniatura que eu tinha e que tanto gozo me dava nas brincadeiras que eu próprio imaginava e vivia com ele.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Rua da Beneficiência -anos 80


Há dois posts atrás falei do boom do rock português.
Agora mostro um dos grandes responsáveis por isso! Por isso e pela divulgação de muita da melhor música da década!

Olimpíadas


Que as chinesas sejam, pelo menos, tão divertidas como estas!

Cartaz TV(29)


Foi no início dos anos 80 que os tele-discos começaram a surgir, com maior frequência, na televisão portuguesa. Até aí eram apenas mostrados esporadicamente, entre programas. Foi só nessa altura que a chamada música moderna passou a ter espaço próprio na RTP. Um dos grandes responsáveis foi Jorge Pego, que apresentava o Viva Música, onde se dava destaque ao rock feito em Portugal (estávamos em pleno boom do dito) e onde também se podiam ver os vídeos de bandas estrangeiras, sobretudo daquelas que iam alcançando os lugares cimeiros dos tops de vendas, que na altura tiveram, igualmente, enorme projecção. Era nesse programa que passavam as músicas difundidas, em primeira audição, no TNT (Todos No Top), programa da Rádio Comercial, igualmente da autoria de Jorge Pego. Foi como que o lançar da vídeomania entre os jovens portugueses consumidores de música, quando a MTV era ainda apenas uma miragem por estas bandas.

Ódios de Estimação (50)


Encerro aqui os meus ódios de estimação.
A maior parte deles mostraram, sobretudo, meros desagrados. Alguns foram conjunturais, mas a maior parte são de longa data e irão, certamente, manter-se. É esse o caso deste que hoje vos apresento. Acabo quase como comecei.
Tenho para mim que as intenções deste senhor, nos seus primórdios, até fossem as melhores, pelo menos para aquilo que ele próprio julgaria justo e legítimo. O pior foram os métodos seguidos, as práticas utilizadas e a forma como as pôs a funcionar. As guerras que despoletou e os anti corpos que criou, fizeram que fosse idolatrado por alguns, odiado por muitos e temido por tantos outros. Lamentável é a vassalagem que lhe prestam muitos daqueles que deviam zelar pelos interesses do país e das suas instituições, levando a que suspeições e certezas de crimes e abusos nunca fossem (até agora, pelo menos) devidamente combatidas e exemplarmente punidas.
A impunidade nunca deve ser encorajada, muito menos permitida e neste caso, como nalguns outros, a mesma é total.
Espero que a justiça, legal, divina ou simplesmente moral, acabe por chegar, porque, creio, só assim poderemos continuar a acreditar que vale a pena ser justo e honesto.
E não estou a falar apenas de futebol!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Lego it be!


E a sua música também se encaixa tão bem!

O veneno dos cogumelos


Hiroxima foi há 63 anos!
Porque será que ainda continuamos a criar Hiroximas todos os dias????

Cartaz TV(28)


E agora, contrariando um pouco o post anterior, sempre digo que, afinal, do clero também se pode esperar e obter, coisas muito boas!
Especialmente se vierem de Inglaterra, forem gordinhas, viverem numa pequena aldeia e nos divirtam até à exaustão!

Ódios de Estimação (49)


Deus é amor! Assim o dizem todas as religiões, assim o proclamam padres e bispos, ayatollahs e imanes, rabis e outros iluminados teólogos das mais variadas religiões.
Deus criou-nos com base no amor que nos tinha, tendo como objectivo que esse amor fosse estendido pelo mundo, tornando-o um lugar onde os seus filhos pudessem viver em paz e harmonia.
No entanto, aqueles que o dizem seguir, aqueles que se dizem mais próximos dos seus ensinamentos e princípios, são os mesmos que fomentam a discórdia, a disputa, a intolerância, a guerra e a morte!
Genocídios, inquisições, atentados, guerras santas, tudo se faz em nome da santa religião, tudo se perpetra em nome de Deus e do seu amor pelos escolhidos.
Grande é o arbítrio de quem actua em nome de Deus, tão grande e terreno que penso, agora mais que nunca, que este Deus não pode ser o mesmo que nos criou, este, como lógico parece, foi o que nós criamos. O outro, o verdadeiro, deve andar ocupado com outras coisas, talvez em criar novos mundos onde o arbítrio não seja tão livre, mas onde as pessoas vivam em paz e felizes!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

A infância do Verão


Foi aqui que passei a infância dos meus verões.

Cartaz TV (27)


Nos primeiros tempos a SIC trouxe-nos algumas boas lufadas de ar fresco. Novas ideias, bem conseguidas, mexeram na modorra televisiva nacional. Também é verdade que duraram pouco estas boas novidades. Cedo se renderam à lei do mercado, do baixo mercado está bem de ver e lançaram-se numa corrida desenfreada pelo popularucho e, sobretudo, pelo escatológico que, para mal dos pecados televisivos, ainda continua a fazer escola nos dias de hoje, com maior visibilidade na vizinha TVI. No entanto, algumas coisas foram, efectivamente, boas. Uma das primeiras séries com origem portuguesa que a SIC nos ofereceu foi Jornalistas e aí, apesar de várias lacunas, já se pode observar um certo cuidado a nível dos actores, das histórias, da qualidade que se exige num programa com estas características. Foi, segundo me lembro, a primeira série portuguesa de que gostei realmente.

Ódios de Estimação (48)


Os governos nunca governam bem! Hão-de, sempre, surgir problemas que nos fazem crer que as soluções encontradas pelos governantes não são as melhores! É essa a sina de quem governa, é essa a desdita de quem é governado! E por isso temos a obrigação, óbvia, de reclamar. De afirmar a nossa contrariedade, de reivindicar a nossa vontade, de espalhar a nossa razão. Mas devemo-lo fazer, exactamente, quando estamos conscientes da certeza da nossa razão, quando é inabalável a nossa convicção de que os direitos que nos devem assistir estão postos em causa. Reclamar por reclamar não é, no mínimo, justo; nunca será sensato e muito menos adequado. Por isso me chateia à brava ver que certas greves e manifestações contra governamentais, mais não passam de fait divers que não almejam mais do que marcar posições políticas que, por mais legitimas que possam parecer, nunca serão legitimadas por uma decidida prossecução de novos caminhos e soluções e apenas servem para marcar posições antecipadamente conhecidas e que só servem interesses de politicas mesquinhas. Deixem-nos governar e quando forem chamados a votar, aí sim, ofereçam-lhes a vossa opinião e sobretudo a vossa decisão!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Put on your red shoes...


Ou muito me engano( e parece-me, mesmo, que não!), ou esta senhora será (ou até já é) o futuro da música independente portuguesa. Independente porque não sujeita a manobras de bastidores que tantas vezes a sujam de forma irremediável. Independente porque parece pensar pela sua própria cabeça. Independente porque se forma numa consistência que sublima a sua própria pureza. Ainda a estou a conhecer, mas o primeiro impacto é muito positivo, assim continuem a ser os seus próximos passos. Vermelhos vivos!

Cartaz TV (26)


Gosto muito de algumas séries que nos chegam dos Estados Unidos. Se bem que não tenha particular gosto por aquele país, percebo perfeitamente a pluralidade de ideias, de conceitos, de pessoas, de momentos, de tensões, de cidades, de línguas, de padrões, de culturas que por lá proliferam. Por isso quando digo, amiúde, que não gosto da América, não posso, não consigo, ser verdadeiramente objectivo, implacavelmente directo. No fundo há sempre alguma coisa que de lá vem e que me faz bem. Algumas das suas séries televisivas confirmam o que atrás disse. Anatomia de Grey, Irmãos e Irmãs, Dr. House são alguns exemplos recentes disso mesmo! Argumentos brilhantes, actores convincentes, envolvências excelentes! Na minha memória passa também uma das primeiras séries provenientes daquele país que me fez ficar parado em frente ao televisor; colado fixamente ao que me iam dizendo, fixando quase obsessivamente cada instante como se fosse vital para alimentar a minha consciência. Deixando que a ficção se fosse tornando a verdade mascarada de uma realidade passageira mas muito vivida!

Ódios de Estimação (47)


Ao que parece os impostos são necessários! Para podermos viver, para podermos ser de um país, temos que pagar impostos. O Estado tem que conseguir garantir-nos uma certa quantidade de regalias que, sem os fundos provenientes dos impostos, não conseguiria acautelar. Agora, pergunto eu, porque será que essas regalias nunca o chegam a ser? Porque será que alguns pagam tantos impostos e outros que, porventura, têm muito maior rendimento, pagam tão pouco? Porque será que não se consegue que os impostos sejam justamente cobrados e justamente distribuídos? Porque será que ficamos sempre com a sensação que o Estado nos cobra demasiado para aquilo que nos oferece em troca? Porque será que a palavra imposto nos surge sempre como uma imposição dura e injusta e nunca como uma contribuição que cremos necessária? Talvez porque aquilo que nos é imposto nunca seja, obviamente, dado de boa vontade!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Cartaz TV (25)


Parece que ser apresta para estrear mais um filme feito a partir do sucesso de um a série de televisão dos anos 60. Get Smart, Olho Vivo em português, foi das mais engraçadas sitcoms que vi quando ainda mal percebia o conceito. Maxwell Smart, o agente 86 da C.O.N.T.R.O.L. tentava a todo o custo deitar por terra todas as maléficas intenções da K.A.O.S. e, apesar da sua inabilidade natural, acabava sempre por consegui-lo, sobretudo graças às felizes e necessárias intervenções da Agente 99.
De antologia é o genérico final da série, quando Smart vai desaparecendo atrás da blindagem das portas!