quarta-feira, 27 de junho de 2007

Guantanamo(s)

Há pouco tempo tomei maior contacto, embora só pela televisão, com as realidades de Guantanamo e dos tão propalados vôos da CIA, com os quais, ao que parece, o "nosso" governo também compactuou. Nunca tive muitas dúvidas que a "Terra da Liberdade", o "Farol da Democracia", fosse, na verdade, uma falsidade, um monstro tão grande, senão maior, que todos os outros que dizem combater. Não lhes desejo mal, claro que não, não desejo a sua destruição, nem a aniquilação dos seus habitantes e dos seus valores. Mas gostava que ficassem por lá, que deixassem o resto do mundo em paz, que se preocupassem com os seus próprios, e enormes, demónios internos. E que acabassem com Guantanamo e com todos os guantanamos que vêm mantendo por esse mundo fora.
Também Neil Hannon e os seus Divine Comedy, fizeram uma música sobre isto, eis um bocadinho:
«(…)The headphones and the blindfolds, the days and the weeks.
The overalls of orange, the manacled feet.
A Kafka-esqueme nightmare.
A legal black hole.
A corner of Cuba named Guantanamo.
The warmongers tell us they gave up their rights when they attacked us and our way of life.
Oh but our way of life depends on the law.
On liberty and freedom and justice for all.
(…)In 70's Ulster the government thought if they locked up the suspects the terror would stop. But all that internment actually did was provide the Provos with more angry kids.
Oh but sometimes I wonder if our leaders really care?
They rely on these demons to keep people scared.
And unwilling to question the fate of those poor souls who lie rotting in the cages of Guantanamo (…)»

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