segunda-feira, 25 de junho de 2007

Explosão de lágrimas


No inicio dos anos 80 uma nova onda veio revolucionar a new wave que imperou na música em finais da década de 70.
Ao mesmo tempo que o chamado boom do rock português dava os seus primeiros passos, por terras britânicas várias bandas surgiam dos cacos do punk e da new wave com uma nova atitude e com um som mais trabalhado e revigorante. Uma característica comum a tantos grupos desta altura foi o cabelo em desalinho e com dimensões fora do comum, não no estilo dos "metaleiros", mas num estilo novo que, por um lado derivou numa linha a que chamaram neo-românticos(ou futuristas) e por outro, numa linha de uma maior maturidade musical, com outras intenções e com sons que se foram tornando muito importantes com o decorrer dos anos. Destes últimos, uns sobreviveram e transformaram-se noutras coisas, melhores ou piores, consoante o caminho que tomaram. Outros viveram pouco tempo, mas marcaram, de forma intensa, o pouco tempo que duraram.
Dos primeiros destacam-se, por exemplo, os U2, os Waterboys, os Smiths ou os Cure.
Dos segundos realçam os Echo and the Bunnymen, os Pshycadelic Furs ou os Teardrop Explodes.
Quero deixar aqui, hoje, uma palavra de alguma nostalgia por estes três grupos e sobretudo pelos Teardrop, que fizeram apenas dois discos, Killimanjaro em 1980 e Wilder em 1981. Este último foi, na minha opinião e na dos meus ouvidos, uma das "coisas" mais bonitas da primeira metade de 80.
Julian Cope foi um brilhante criador de canções. Em Wilder há um soberbo conjunto delas e, porventura, foi um dos grandes impulsionadores para uma década brilhante em termos de música.
Como curiosidade acrescento só que Ian McCulloch, alma dos Echo, foi nos Teardrop que se iniciou nestas andanças.

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