
Portugal surge (...), como 12º segundo país com um poder de compra por habitante mais baixo e foi este ano ultrapassado por Malta.»


Depois de ter falado em Sylvian e Sakamoto, lembrei-me de um disco, ainda em vinil, que comprei mais ou menos na altura em que saiu, 1986, de uma senhora chamada Virginia Astley. Confesso que comprei o disco apenas porque Sylvian aí participava e porque Sakamoto o produzia, mas depois de o ouvir gostei muito, passou a ser um dos discos referência daquela altura. Calmo, introspectivo, na onda própria de Sylvian e de alguns grupos que "reinavam" na altura, como This Mortal Coil e toda a trupe da 4AD.
Já aqui referi que não simpatizo muito com os japoneses. Nem sei bem porquê. Talvez devido à forma como encaram a vida, talvez devido ao que fizeram durante a II Guerra Mundial, talvez devido aos anime e aos mangas, talvez devido ao facto de andarem a vasculhar o mundo como formigas, sempre agarrados às máquinas fotográficas e de vídeo, sei lá, não simpatizo e não sei explicar porquê. Mas, no meio dessa antipatia toda, surge algo que me é simpático, ou melhor alguém, ou melhor ainda, a música de alguém. Concretamente de Ryuchi Sakamoto!
Ontem ao ouvir rádio, deparei-me com a voz deslumbrante, inconfundível, quase etérea de David Sylvian. E lembrei-me de que não o inclui na lista dos meus músicos preferidos que aqui postei há algum tempo atrás. Redimo-me agora dessa falha. Sim, também ele faz parte dessa lista restrita, daqueles que me adoçam os momentos de deleite auditivo. Sobretudo a partir do seu disco de estreia a solo, Brilliant Trees, mas também depois, esta voz única e os sons que a acompanham fizeram, e fazem, com que seja um prazer, sempre renovado, cada vez que os ouço.
Há pouco tempo tomei maior contacto, embora só pela televisão, com as realidades de Guantanamo e dos tão propalados vôos da CIA, com os quais, ao que parece, o "nosso" governo também compactuou. Nunca tive muitas dúvidas que a "Terra da Liberdade", o "Farol da Democracia", fosse, na verdade, uma falsidade, um monstro tão grande, senão maior, que todos os outros que dizem combater. Não lhes desejo mal, claro que não, não desejo a sua destruição, nem a aniquilação dos seus habitantes e dos seus valores. Mas gostava que ficassem por lá, que deixassem o resto do mundo em paz, que se preocupassem com os seus próprios, e enormes, demónios internos. E que acabassem com Guantanamo e com todos os guantanamos que vêm mantendo por esse mundo fora.
Ontem toquei, ao de leve, no nome dos Psychadelic Furs e hoje lembrei-me de uma das suas músicas de que sempre gostei muito, Pretty in Pink. Foi das músicas, naqueles princípios de 80, que mais me tocaram. Simples, bonita, com a voz semi-rouca e inconfundível de Richard Butler a pairar.


Estreou por estes dias em Londres, no Theatre Royal, a versão musical da obra monumental, sob vários aspectos, de J.R.R.Tolkien, O Senhor dos Anéis.
Falando de pranchas das Aventuras de Tintin, apetece-me deixar aqui esta, protagonizada pelo impagável Capitão Haddock no interior de um autocarro da Swiss Air, quando os nossos heróis se dirigiam para o avião em que iam deixar a Suíça rumo à Bordúria, naquela que é uma das obras-primas de toda a série, O Caso Girassol, aventura de espionagem bem ao estilo da guerra fria que se vivia na altura.

Paul McCartney ultrapassa hoje a "barreira" dos 64 e completa o seu 65º ano de vida. Publicou há poucos dias um novo álbum, continua, assim, a "dar-nos" música, mas, sem dúvida, que a sua obra maior, a realizou em conjunto com os outros fab!
Ontem, ao ver mais um episódio da, cada vez mais, excelente série portuguesa Conta-me Como Foi, assomou-se-me uma questão intrigante. Onde estará a cadeira que "fez" com que Salazar, finalmente, largasse a dita do poder?


Hoje descobri, por acaso, que este livro faz parte do Plano Nacional de Leitura Ler +. E fiquei contente por isso.


Há 132 anos o génio de Rafael Bordalo Pinheiro dava "vida" à figura do Zé Povinho, tornando, dessa forma, visível uma imagem de um povo sorridente mas submisso, que as classes dirigentes muito gostavam de albardar. Passados estes anos todos a albarda continua presente, se bem que o sorriso se tenha tornado algo amargo; quanto à submissão...



Um dos mais delirantes programas de televisão a que tive oportunidade de assistir e com o qual me divertia enormemente, foi o fabuloso The Muppet Show, Os Marretas na tradução portuguesa. Impagáveis figuras foram criadas e animadas pela perícia e o talento de Jim Henson. Num programa que começou em 1969 e que se estendeu por muitos anos e muitas latitudes, chegando, igualmente, ao grande ecrã; vários "bichos" nos deram razões para sorrisos enormes e gostosas gargalhadas.
Esta imagem anda a circular pela net com a referência de ser uma estação do metro Sul do Tejo.Teria uma certa piada, não fosse sinónimo do desnorte e , por consequência, completo deserto, a que a vida politica e, sobretudo, a(s) politica(s) governamental(ais) têm vindo a ser sujeitas!
As pessoas têm sido relegadas para segundo plano, perante as "ideias", programas e politicas que não as contemplam no seu quotidiano. Como parece sugerido nesta imagem, o governo e os politicos no geral, teimam em chamar camelos a todos nós, os que dependemos das suas acções. Se bem que, nesta travessia do deserto que vamos sendo obrigados a fazer, não fosse nada má ideia ter reservas extras de água, antes que algum governante iluminado a comece, também, a taxar!



