terça-feira, 14 de março de 2006

Bons malandros


Mário Zambujal, alentejano de Moura e jornalista, sobretudo da imprensa escrita, foi, por exemplo, o primeiro director do jornal Se7e, mas também com passagens pela rádio e pela televisão; deu-nos em 1980 um romance em que, deliciosamente, nos apresentava uma quadrilha de "bons malandros", que tinham como objectivo de grande golpe, o roubo da colecção de jóias de René Lalique em exposição na Fundação Calouste Gulbenkian.
Romance que nos transmitia um submundo cruel mas, ao mesmo tempo, terno, em que os seus malandros, os bons malandros, nos prendiam o coração e nos faziam gostar das suas facetas, mesmo aquelas menos apresentáveis.
Este livro contagiante, foi também alvo de uma adaptação cinematográfica realizada por Fernado Lopes em 1984. Se bem que, na minha opinião, não resulte tão bem como o livro, como amiúde acontece, este filme ajuda-nos a dar forma a uma história bem imaginada e melhor contada, a um livro que merece figurar em todas as estantes de qualquer biblioteca e que deve ser lido e relido muitas, muitas vezes.

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