sexta-feira, 6 de julho de 2007

Lisboa

Toda a gente fala da luz de Lisboa. De como é especial e única. De como a cidade se ilumina de mil cores quando desperta para esta luz singular, de como é particular o olhar sob esta luz, de como as suas ruas resplandecem, as suas memórias se reflectem naqueles velhos edifícios, tantas vezes muito maltratados, naqueles seus velhos habitantes, tantas vezes muito maltratados.
Lisboa também já foi branca na visão de Allan Tanner e Lisboa, apesar desta luz imensa, é muitas vezes cinzenta, sobretudo na forma, criminosamente desleixada, como é tratada. Não só pelos seus "governantes", mas também pelos seus próprios moradores.
Agora que mais umas eleições se aproximam, não escutemos as promessas, deixemos de lado todas as boas intenções, com que Lúcifer vai, prazenteiramente, enchendo o seu lar. Esperemos, contudo, que esta Lisboa se refaça em alegrias, se reconstrua em sorrisos, se eleve numa nova luz.
Assim, creio, será possível, no meio do cinzentismo, irmos vendo alguns momentos de cor, que nos acalentarão a esperança de ir vivendo numa cidade, finalmente, iluminada!

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