No cinema temos várias e diversas perspectivas, tanto do autor, como do receptor. Há vários tipos de cinema, mas vou dividi-los, por comodidade, apenas em dois, o de entretenimento e o de arte. No primeiro cabem quase todos os filmes que se vão fazendo, tanto os que vêm de Hollywood, como os que nos chegam das mais diferentes paragens, Portugal incluído. O de arte já teve um tempo áureo, hoje nem tanto, e depois é um tipo de cinema direccionado, creio eu, muito mais para as elites, para quem se senta na sala escura como vai, por exemplo, a uma galeria, ou museu, ver uma exposição das chamadas belas-artes. Eu também, comum mortal, prefiro um bom filme que me entretenha, mas não renuncio a uma obra de arte cinematográfica, mesmo daquelas que não sejam perceptíveis numa primeira, ou segunda, ou terceira visão.
Vem isto a propósito de um cineasta que vai fazendo crescer a sua obra e a sua arte. Embora não sendo um verdadeiro admirador dos seus filmes, aliás vi poucos, considero-o, como o consideram os amantes desta arte, um dos maiores. Tem quase 98 anos, é premiadíssimo, continua a filmar e é português. Chama-se Manoel de Oliveira!
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