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Creio que em cada um de nós permanece, latente, a ideia de retorno. Um retorno à infância, a momentos bons, a odores que enternecem, a sorrisos que aquecem, a confortos que não se esquecem.
Há quem lhe chame saudades, há quem a viva como uma nostalgia doce, embora melancólica, há quem pouco a visite, há também quem a evite. Mas ela permanece. Às vezes evidente, outras espreitando oportunidades para se mostrar.
Eu reconheço-a. Num constante vaivém de emoções, nos dias que se sucedem imparáveis, lestos, que não deixam espaço para paragens. Consigo vê-la à minha volta, mostrando-me imagens, sons e gestos que vou reconhecendo, que vou relembrando, que vou acarinhando.
Creio que esta ideia de retorno, de eterno retorno, não é, afinal, mais que o caminho que nos vai conduzindo ao local a que chamamos casa, ou seja, a nós próprios!
1 comentário:
também pode ser isso... mas é Muito Mais que isso! ;)
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