quinta-feira, 8 de março de 2007

O grande nº 2


Ao lado, atrás e, por vezes, à frente de Hergé, na criação das Aventuras de Tintin, esteve um nome fundamental, Bob de Moor. Também ele um execelente desenhador, tem, no entanto, uma obra própria muito reduzida e tal deve-se, em larga escala, ao facto de trabalhar de forma muito intensiva nas obras do seu mestre.

Nasceu em Anvers em 1925 e em 1949 iniciou o seu trabalho na revista Kuifje, ou seja na Tintin flamenga. Nesse mesmo ano transfere-se para a sua congénere francófona e em Abril de 1950 entra nos Studios Hergé, que jamais abandonará, assumindo as funções que até aí tinham pertencido a E.P. Jacobs. É ele que irá supervisionar todos os desenhos, ditos secundários, relativos a Tintin, ou seja, aqueles que não eram incluidos nas páginas dos álbuns e serviam, por exemplo, campanhas publicitárias. É a ele que se deve, quase integralmente, o redesenho da 3ª versão da Ilha Negra, em finais dos anos 60. Depois da morte de Hergé, o seu grande sonho era finalizar o álbum inacabado da saga tintinesca, L'Alph Art, o que, por vontade expressa de Hergé, nunca veio a acontecer. No entanto, terminou o álbum inacabado de E.P.Jacobs, As 3 Fórmulas do Prof. Sato.

Bob de Moor foi como um segundo pai de Tintin, aquele que, na sombra, sempre se revelou como um atento e eficaz guardador das suas características, tanto assim que, a "olho nú", se tornava dificil distinguir o seu traço do de Hergé.

Faleceu em 1992. De certeza estará no paraíso dos grandes criadores de banda desenhada!

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